Apoio público ao estacionamento duma cidade semi-falida: Lisboa

Velho reflexo de querer ter sempre lugar à porta. Quanto mais lugares, mais carros. Entretanto, muitos parques do subsolo estão às moscas…
O importante é as bicicletas partilhadas avançarem.

mas porque é que têm de ser multiplias? Um único carro não ocupa espaço público? Sê menos sectário e lê esta publicação:

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Está-se a dar demasiada importância às pessoas, e neste caso a políticas e políticos, com medidas populistas e que em nada ou quase nada fazem para melhorar a qualidade de vida da população em geral mas apenas a certos umbigos defeituosos de civismo e educação.

No campo da mobilidade mais concretamente, temos que apoiar e destacar o outros que realmente querem mudar e que lutam para que essa qualidade não se baseie no comodismo individual. Que lutam por medidas mais sustentáveis e ecológicas de transportes, que pensam na comunidade. E não estou a falar de apoiar só os políticos mas toda gente.
A informação e educação são fundamentais para evitar hipocrisias e ignorâncias.

não sabe do que fala, e pior, não tem interesse em saber. Não passa de um troll deste fórum que numa comunidade normal já teria sido expulso.

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Pela parte do troll, obrigado. Se não consegue perceber que os cidadãos têm o direito de de adquirir os automóveis que quiserem e colocá-los em espaço privado como entenderem, independentemente do custo, então tem um problema grave. Não é da sua conta como os outros gastam o seu dinheiro, seja em automóveis, frigoríficos, ou ***as.

sobre carros em garagens um à parte, a minha mãe chegou a ser agente imobiliária, ela chegou a ver muitos prédios em que é praticamente impossível estacionar um carro mesmo que bastante pequeno. é muito giro dizer que o prédio tem estacionamento e vão ver e como está vazio parece bom, mas peçam para experimentar meter o carro e vão ter surpresas vão acabar por só o estacionar (se der) quando for para estar parado por um longo período de tempo

A discussão aqui nunca foi sobre colocar carros particulares em lugares privados de estacionamento.

É o espaço PÚBLICO alocado a preço irrisório a 12m2 x centenas de milhares de pessoas.

De qualquer forma, se também ainda não compreendeu que o automóvel é um “electrodoméstico” diferente dos outros - que quanto mais pessoas possuírem e utilizarem, menos eficiente e mais lesivo se torna - também tem um problema.

De casmurrice.

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Parece-me que o vosso problema é quererem restringir direitos de propriedade privada exclusivamente para automóveis como se faz em países comunistas! Diga-me, se fosse um automóvel a pedais o problema não se colocava de igual forma ? De que forma é que é diferente ? Um aquecimento central a gasóleo é idêntico nas emissões, senão pior.

Homem, tire a cabeça da areia e perceba o que lhe queremos dizer.

O automóvel tem um conjunto de problemas, que são exacerbados pelo seu uso massivo:

  1. poluição
  2. congestão de trânsito

3) espaço público ocupado

É o ponto 3 que temos discutido neste tópico, sem desmerecimento dos outro pontos que são importantes.

Um automóvel a pedais, que também ocupasse 12m2 em média, teria precisamente a mesma desvantagem nos pontos 2) e 3), embora não poluísse.

Não se pretende “restringir o seu direito à propriedade privada”, ou ingerências na sua liberdade individual.

Era, contudo, conveniente que se lembrasse que a sua liberdade termina onde começa a liberdade do próximo. E as “liberdades” de centenas de milhares de auto-mobilizados ingerem há anos sobre as “liberdades” dos que desejariam talvez espaços verdes, parques infantis, ou menos poluição nas cidades.

Pela velocidade com que sacou do exemplo “dos países comunistas”, já percebi mais ou menos por que cartilha se rege. Eu aplaudia que mais cidadãos considerados de “direita” aplicassem também critérios de rigor orçamental, e eficiência de gestão do espaço público, para além desse fervor religioso relativo à propriedade privada. Creio que era mais útil à sociedade.

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Ironicamente (e a título de curiosidade), li uma vez algures num livro que na antiga URSS o estado a certa altura subsidiava totalmente a aquisição de um automóvel por agregado familiar.

Este assunto que estamos aqui a discutir é um problema global, das grandes cidades. Não tem cor política!
O problema não é possuir 20 carros! Não há nada de errado nisso…
O problema é se para armazenarmos os carros que possuímos (entre outras coisas… a lógica não se aplica só a carros, mas é uma realidade que só a ele assiste) consumimos recursos públicos.

Claro que não! Mas posso comprar e estacionar o meu camião TIR com atrelado à sua porta?

Compre os carros que quiser, o dinheiro é seu e são sua propriedade privada como bem referiu, logo, estacione-os em propriedade privada, na sua garagem ou no seu quintal, etc. e não em propriedade pública. Eu não deixo o meu frigorífico na rua à espera que ele esteja lá intacto e de borla. Se não consegue compreender esta simples e elementar diferença, é porque não passa de um troll deste fórum.

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Foi exactamente o que eu escrevi. Mas também deveria questionar as autarquias sobre a razão pela qual quem tem garagem privada paga mais IMI. Ou seja, liberta espaço público e ainda paga para isso!

O IMI é um imposto cuja lógica tem pouco ou nada a ver com estas questões… parece-me. É apenas mais um imposto que serve para financiar organismos públicos, e no caso concreto, incide sobre o património. Não é um imposto pigouviano como o imposto sobre combustíveis ou o imposto sobre o tabaco.

E se uma habitação paga IMI, porque a garagem deveria estar isenta? O que é mais elementar: direito à habitação ou direito ao estacionamento?

No sentido em que quando se constrói uma infraestrutura que tem como impacto libertar espaço público não se deveria ser penalizado por isso. Em termos elementares nenhum dos dois deveria pagar IMI.

Da mesma forma quando instalo um painel solar para uso privado não deveria ter de pagar uma taxa ao monopolista da energia, a EDP

Eu acho que não faz sentido regimes fiscais especiais por não se ocupar o espaço público… o espaço público é que devia ser adequadamente cobrado a quem o ocupa. É a mesma coisa quando se vendem empresas públicas ao desbarato… preços tão baixos para estacionar na via pública equivale a uma privatização do espaço público a preços irrisórios.

e quando se constrói um quarto não se tem como impacto colocar pessoas a dormir? E paga IMI certo?

Um contrasenso, sendo público não deveria ser cobrado, ao sê-lo está a ser privatizado a favor de uma empresa específica, seja com preços altos ou baixos. É a mesma situação com os hospitais construídos em terrenos cedidos gratuitamente pelas autarquias mas cujos estacionamentos geram lucros a favor de empresas privadas

Para além de já ter dito que o IMI viola o direito à propriedade privada consagrado na constituição e por isso não deveria existir, não é razoável comparar habitação e estacionamento a menos que se queira referir aos sem-abrigo. A meu ver faz sentido isentar determinadas infraestruturas privadas quando as mesmas permitem desonerar espaços públicos beneficiando assim toda a comunidade.

O espaço público está a ser privatizado não desde o momento que é cobrado, mas desde logo quando é ocupado por alguém e deixa de estar disponível para o público. É a diferença entre ser um passeio, um jardim, um parque, etc… e um lugar de estacionamento, que são vários metros quadrados alocados por tempo indeterminado a uma só pessoa.
Eu prefiro que hajam espaços e equipamentos públicos de qualidade para todos que têm um impacto muito forte na qualidade de vida - como parques ou jardins onde podemos passar momentos em família, com os outros, ou com amigos, cá fora, a realizar diversos tipos de actividade - mas se for para haver lugares de estacionamento, que sejam cobrados ao seu devido custo, porque não o serem representa custos económicos para as entidades que os gerem. Não é por acaso que os parques de estacionamento da EMEL são significativamente mais baratos que os de entidades privadas, mesmo quando estas não visam lucrar com o estacionamento (exemplo: superfícies comerciais, ou edifícios de escritórios) - estas não se podem dar ao luxo de subsidiar estacionamento porque não são financiados por organismos públicos suportados por todos nós.

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