Capacete e ciclista urbano: usar ou não usar?

Curioso que o primeiro diagnóstico é sobre se a vítima estava num carro…

«Diagnóstico
Todas as lesões cranianas devem ser avaliadas, de imediato, por um médico em contexto de serviço de urgência. Assim que chegar ao serviço de urgência, o médico vai querer saber:
• Como é que magoou a cabeça, incluindo a altura da queda ou a sua posição (sentado à frente, sentado atrás, condutor) num acidente de carro»

«A 2006 study showed that “280,000 people in the U.S. receive a motor vehicle induced traumatic brain injury every year” so you would think that wearing a helmet while driving would be commonplace. Race car drivers wear helmets. But since almost no one wears a helmet while driving a regular car, you probably fear that if you wore one you would look silly, attract the notice of the police for driving while weird, or the attention of another driver who took your safety attire as a challenge. (Car drivers are more likely to hit bicyclists who wear helmets.) »

«Wearing a helmet puts cyclists at risk, suggests research
Bicyclists who wear protective helmets are more likely to be struck by passing vehicles, new research suggests.
Drivers pass closer when overtaking cyclists wearing helmets than when overtaking bare-headed cyclists, increasing the risk of a collision, the research has found.»
http://www.bath.ac.uk/news/2006/9/11/overtaking110906.html

Malta,
Precisamos de focar energia em algumas outras threads mais urgentes, como o Encontro e o tema da ANSR.
Deixemos o sr. do Capacete a maturar nas suas ideias por ora… não vamos retirar muito desta conversa, como já deu para perceber…

Mas deviam!!!

2 Curtiram

qual video??

Este. https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=10154016342906479&id=7746841478

Mas vamos lá a concentrar-nos sobre o tema do capacete e preparar estratégias e acções sobre o que a aparente maioria dos ciclistas defende que é a não obrigatoriedade do uso do capacete. Que continue a ser livre a escolha. Usá-lo ou não, nós é que decidimos e não nenhuma lei.

Lanço mais uma irónica comparação, a construção de mais autoestradas veio reduzir o número de acidentes? Supostamente são mais seguras que as estradas normais…
Quero acreditar que a base fundamental para estradas/ruas mais seguras passa pela educação e formação das pessoas e que deverá começar logo desde muito cedo.
Acho que isto é o pilar da prevenção e do bom senso.

1 Curtiu

Ah bom :slight_smile:

Sim sou como o Herculano. Cada uma anda como lhe apetece. Ninguém deve ser obrigado a nada!

3 Curtiram

E este papelinho tem autor? pessoa… entidade… qualquer coisa…

Millions of Americans ride bicycles, but less than half wear bicycle helmets. For example, a national survey conducted in 2001-2003 found that only 48% of children ages 5-14 years wore bicycle helmets when riding (1). Further, older children were less likely to wear helmets than younger children.

In 2010 in the U.S., 800 bicyclists were killed and an estimated 515,000 sustained bicycle-related injuries that required emergency department care. Roughly half of these cyclists were children and adolescents under the age of 20 (2). Annually, 26,000 of these bicycle-related injuries to children and adolescents are traumatic brain injuries treated in emergency departments (3).

https://www.cdc.gov/healthcommunication/toolstemplates/entertainmented/tips/headinjuries.html

Results

In 2003, an estimated 10 700 children were hospitalized for a bicycle‐related injury in the USA. Inpatient charges totaled nearly $200 million with a mean charge of $18 654 per hospitalization. The national rate was 12.7 hospitalizations per 100 000 children. Young adolescents aged 10–13 years accounted for the highest percentage of cases (36.6%) followed by children aged 6–9 years (25.1%). Most patients were male (76.7%) and resided in an urban area (94.4%). A head injury was diagnosed in one out of three hospitalized bicyclists; 30% were due to a motor vehicle collision.

Conclusions

Pediatric bicycle‐related hospitalizations are a significant public health problem. The morbidity and mortality among children and the economic costs to society are large. The patient characteristics and injury types identified by this study should be used to develop targeted prevention strategies.

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2610610/

‘Voice of boxing’ Harry Carpenter died after falling down the stairs and suffering 'catastrophic head injury’
By Daily Mail Reporter

Read more: http://www.dailymail.co.uk/news/article-1314589/Harry-Carpenter-died-falling-stairs-suffering-catastrophic-head-injury.html#ixzz4UJzjf5Oa

INTRODUCTION
Falls are the second leading cause of unintentional injury death for people of all ages and the leading cause
for people 60 years and older in the United States. One in three adults aged 65 years and older falls annually.
Also, children and youth (<1 to 14 years) are at high risk for falls and accounted for 27% of non-fatal falls in
the home. Falls are the most costly injury among older persons in the United States.
In Oklahoma, there were 12,173 hospitalized or fatal traumatic brain injuries that resulted from a fall from
1992 to 2003. This report describes the occurrence of falls on or from stairs/steps and the demographic and
epidemiologic factors associated with these injuries. Falls on or from stairs/steps were defined as those
resulting from going up or down any stairs/steps. Children who fell from their caregiver’s arms as they went
up or down stairs/steps and elderly who fell from their wheelchair onto stairs/steps were excluded. Specific
recommendations of prevention are made based on the data, case briefs, and consideration of effective ways
to reduce falls on stairs and their long-term consequences.

RESULTS: An estimated 931 886 children aged <5 years were treated for stair-related injuries from 1999 through 2008, averaging 93 189 injuries per year and 46.5 injuries per 10 000 population annually. The number of injuries per year decreased significantly by 11.6% from 1999 to 2008. The rate of stair-related injuries also decreased significantly from 53.0 to 42.4 per 10 000 population from 1999 to 2008. Soft tissue injuries accounted for 34.6% of cases. Approximately three-fourths (76.3%) of children had injuries to the head and neck region, and 2.7% of patients were hospitalized. Children who were being carried at the time of injury accounted for 24.5% of injuries among children <1 year and were more than 3 times more likely to be hospitalized than children injured by other mechanisms.

According to the mortality statistics classified by the International Classification of Diseases recommended by the WHO-World Health Organization, 1,917 deaths due to falls on/from stairs and steps in the United States in 20071), 693 deaths in England and Wales in 20112), and 679 deaths in Japan in 20123).

Desculpem lá.
Já tinha pedido e reforço o pedido para não estarem a postar apenas copy-pastes de artigos.
Devem dar a vossa opinião e complementarem se quiserem mas assim não está correcto.
Não acho que o forum ganhe com este tipo de conteúdos.

Estou a escrever isto enquanto um dos moderadores do forum. Apelo a vossa compreensão

6 Curtiram

Oh João, lol, se ainda não percebeu, não sei que raio ainda anda cá a fazer.

Só para rematar:
For 2010 (the most recent full year for which data is provided), the fatailty rate for cyclists was 22 per billion kilometers travelled compared to 23 per billion for pedestrians. The average from 2001 to 2010 showed the cyclist fatailty rate at 28 compared to 35 for pedestrians.

Peço desculpa aos moderadores, que já tinham previamente apelado para que não fizéssemos isto. Fi-lo na tentativa de mostrar ao João como exaustivo pode ser andar aqui a spammar artigos e que, além disso, haver artigos que descrevem os números de lesões cranianas em ciclistas vale zero, já que se conseguem arranjar artigos que descrevem os números de lesões cranianas ocorridas em todo o tipo de contexto (neste caso em particular, quedas de escadas), com números tão ou mais significativos.

João, depois daqueles artigos, e deste que demonstra que o risco de morte por milha caminhada é superior ao risco de morte por milha pedalada, consegue retirar a moral da histórias?
Vamos obrigar o uso de capacete durante a subida ou descida de escadas para que se salvem vidas? Capacetes nos peões para que se salvem vidas?

1 Curtiu

O artigo publicado da responsabilidade da Safe Kids demonstra sem sobra de dúvidas que:

  1. As crianças são muito susceptíveis a lesões na cabeça ao andar de bicicleta;
  2. Os custos com tratamentos são muito elevados;
  3. O capacete é uma forma eficaz de evitar tais lesões;
  4. Há maior probabilidade de usarem capacete se virem os adultos a fazê-lo;
  5. Legislação a obrigar o uso do capacete é eficaz na alteração de comportamentos.

O João não sei se alguma vez se apercebeu, mas… as crianças são muito mais susceptíveis a lesões na cabeça em qualquer actividade! É óbvio que andar de bicicleta não é uma excepção. Contudo, ao serem crianças, creio que qualquer pai tem o bom senso de lhes pôr um capacete quando vão andar de bicicleta. Não é comum verem-se crianças a andarem sem capacete.

Estas discussão faz-me lembrar aquele filme do Jim Carrey, em que salvo erro trabalhava como analista de riscos para uma seguradora ou algo do género, e andava sempre de capacete, caneleiras e joelheiras, e evitava ao máximo sair de casa.
Seguindo a linha do João, não se pode ignorar o facto deste comportamento ser muito eficaz para evitar lesões!

Pelos vistos não se apercebeu no documento que há muitas crianças e jovens que não usam o capacete.

A realidade dos EUA e a portuguesa não é muito diferente…

A obrigatoriedade é até aos 7 anos e refere-se apenas ao caso das cadeirinhas

Não sei se em Portugal há muitas crianças a andar de bicicleta sem capacete… tenho sérias dúvidas sobre isso. Veja lá que, enquanto nos EUA até há estados em que o uso de capacete nas motas não é obrigatório, cá até há ciclistas que querem que o uso de capacete seja obrigatório até nas bicicletas. Não temos assim tanta coisa em comum com os americanos, nós temos uma cultura muito mais conservadora.
Se por cá houvesse uma associação de peões (certamente há), certamente teria associados favoráveis à obrigatoriedade de capacete para os peões, dado o flagelo que os números denunciam e as vidas que se salvariam. Ou então ninguém defende isso… porque existe um preconceito em relação ao acto de andar de bicicleta. É tido como uma actividade de risco, quando não o é. Os números não enganam.

O risco de ser peão ou de subir e descer escadas tem tudo a ver com este tópico do fórum da MUBi. Mostrar artigos científicos que apenas estudam a incidência de lesões cerebrais em ciclistas não acrescenta nada. Eu mostrei-lhe que consigo também com muita facilidade dar-lhe artigos científicos que estudam a incidência de lesões cerebrais quando se sobem ou descem escadas, e com números até bastante expressivos (veja só!). O que é que isto significa?

1 Curtiu

Os números em Portugal não são diferentes aos dos EUA

Em Portugal, tal como na Europa, as quedas (em geral) constituem
o principal tipo de acidente entre as crianças e jovens - APSI (2011)
 3 em cada 4 mortes envolvendo crianças ciclistas são causadas por
traumatismos cranianos - Organização Mundial de Saúde.
 75% das mortes de crianças por acidentes de bicicletas podem ser
prevenidas com a utilização do capacete - Organização Mundial de
Saúde.
 4 vítimas mortais por cada 100 acidentes rodoviários envolvendo
bicicletas, no Distrito de Coimbra, Portugal, em 2012 (maior do que
em qualquer outra categoria de veículo) - Autoridade Nacional de Segurança
Rodoviária.

http://www.esjcff.pt/profs/clubproj/peses15/prevencao.pdf

Mais uma vez, números completamente descontextualizados.
Leu o meu post anterior? Não me respondeu.

1 Curtiu