Capacete e ciclista urbano: usar ou não usar?

Essa pergunta carece de sentido. Não se usam capacetes no automóvel porque já existe uma barreira entre a cabeça e o exterior (o automóvel) e o condutor e passageiros usam algo chamado cinto de segurança que os mantém no banco. Para além disto existem airbags, os quais podem tornar o capacete mortal.

Então porque a malta dos rallys, além de dois cintos de segurança, ainda usa capacete? Para enfeitar a carola?

A opção de não usar capacete nos carros é uma opção POLÍTICA! Não tem nada de técnico!

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@Three

minuto 1:04

Ai que falta o capacete não faria ao condutor que já trazia o cinto de segurança.

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Já viste algum carro de rali com airbags ? E é suposto conduzir-se da forma agressiva que se usa nos ralis nas estradas nacionais?
Sim, venham de lá as teorias da conspiração. É tudo política porque “eu é que sei”!

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Engraçado como no universo de causas de traumatismos cranianos se quer à viva força resolver pela regulamentação o 1% dos casos, e desconsiderar os 48%…

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Comentário infundado. Maioria das lesões do cânio em automóveis deve-se à não utilização do cinto de segurança.

Não sei até que ponto percursos de bicicleta não estão incluidos no “leisure”, mas skates e patins estão de certeza sem capacete.
Motor Bike já está regulado. Mas aqui até os motards defendem os capacetes.
Work já está regulado o uso do capacete.
Crime não existe muito a faze mas por alguma razão as forças de intervenção os utilizam.
Cycling - Pois, são só 1 %, dos que falta regular, mas se salvar uma vida que seja, já valeu a pena

Portanto são argumentos da tanga. “Eu não gosto de vermelho e portanto vou protestar a favor do azul”

Three, para rotulares um comentário que apresenta um gráfico e a respectiva fonte como “infundado”, convém logo a seguir não escreveres uma frase solta e avulsa.

Estás portanto a assumir que os valores dos traumatismos cranianos em condutores desceriam se o uso do cinto de segurança fosse sempre acautelado, como factor de segurança principal. O uso de capacete seria desnecessário, para o risco relativo.

É exactamente o que quem é contra a obrigatoriedade do uso do capacete em ciclistas defende: só que o factor de segurança principal é os condutores acautelarem constantemente a segurança dos ciclistas, como utilizadores frágeis da via. O uso do capacete também se torna desnecessário, para o risco relativo.

Se o teu argumento “se salvar uma vida que seja, já valeu a pena” é o mais importante para ti, aguardo pelas tuas campanhas veementes pela utilização constante do cinto de segurança. É que pelos números e por aquilo que defendes, parece uma reivindicação mais eficiente.

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Ai, capacetes, que giro xDD

Vou só largar mais uma info, há carros a circular legalmente sem cintos de segurança nos bancos de trás (e sem airbags certamete)

Se calhar não são muito menos do que o número de bicis usadas como meio de transporte ^^

Mais um argumento de cartola. Sim existem automoveis que por construção não possuem cinto de segurança dada a sua antiguidade, tal como muitos autocarros. A minha postura em relação a esses é simplesmente proibi-los de circular. Se montar uns cintos num automóvel fica caro, tal não se aplica a um capacete que não depende das características do velocípede. Em resumo, se não gostas não uses, mas não chateies os outros.

Acrescento: e se gostas, usa, mas etc. etc.

Mai’ nada, é isso mesmo. Se não gostas não uses, se gostas usa, mas não obrigues os outros a usar.

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Não é bem assim. O estado não se deve demitir da sua responsabilidade nem que seja por questões meramente económicas, ou seja:

O estado obriga alguns dispositivos de segurança como forma de prevenir acidentes mais graves.
O cinto de segurança é exemplo disso.
Do ponto de vista económico, a recuperação de traumatismo craneano custa dinheiro ao estado e por isso deve-se mitigar o risco de danos na saúde de forma a poupar recursos ao estado (e aos contribuintes)

Chegando ao capacete, a questão prende-se com o encontro de contas da probabilidade de acidentes graves se não houver a obrigação de usar capacete (e respectivos custos de assistência médica, social etc)
VS
os custos dos cuidados de saude respectivos às doenças provocadas pela inactividade física (diabetes, doenças cardiovasculares e alguns tipo de cancro)

De outra forma, será que o custo médico, social e económico (ao nível do PIB) de ciclistas que por não usarem tiveram traumatismos ou mesmo morreram é superior aos custos médicos, social e económico de uma população inactiva e com mais prevalência das respectivas doenças e consequente maior dependência (directa e indirecta) dos serviços públicos.

Aqui parece ser óbvio em termos dos numeros que se conhecem, e penso que ninguem discordará da (des) proporcionalidade dos montantes.

Onde as opiniões diferem é na relação causal entre a obrigatoriedade de uso de capacete e a percepção de insegurança que conduzirá naturalmente a menos uso da bicicleta (e consequentemente mais inactividade física)

Por isso mais uma vez:

Acho que aqui nunca ninguem esteve contra o uso de capacete.
Mas estão contra a obrigatoridade do seu uso pela relação que tentei descrever.

Não se trata de uma liberdade pessoal, mas sim de gestão de recursos (que são escassos como se sabe)

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Essa argumentação com base na comparação de alhos com bugalhos é alucinante. Tal como já tinha dito, desde quando a instalação de extintores provoca mais incêndios?

Three, essas tuas duas frases em sequência são dignas de um sketch de comédia. Os meus parabéns.

Comédia são os pseudo argumentos de um bando de radicais que julga poder impor os seus devaneios a terceiros sem respeitar a opinião dos mesmos!

Fundamentalistas, extremistas, lunáticos e radicais!

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Ah, Three. O comboio da ironia e da perspectiva não pára mesmo na tua estação.

O problema é a betada que vive nas grandes urbes só olhar para o umbigo e esquecer os que não têm recursos para lá viver mas que infelizmente têm que lá trabalhar para que a grande urbe continue a sê-lo!

Meu caro, se para não se ser betolas privilegiado é preciso andar a dizer mal de tudo o que não seja o paradigma do automóvel e recitar meia dúzia de frases feitas sobre a “falta de alternativas”…

Acho que descobri que sou Beto. Obrigado pela informação.

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Desconheço se a instalação de extintores aumenta a probabilidade de ocorrência de incêndios. Conhece algum estudo sobre isto? O que a experiência, enquanto investigador, me diz, é que frequentemente existem relações de causa-efeito que não são claras e muito menos óbvias… pelo que o espectro de questões mais ou menos “estranhas” surpreende-me cada vez menos.

Todavia, não consigo ver é grande relação entre essa questão e a questão dos capacetes… mas sou serei sempre uma mente aberta para ver e poder assimilar o raciocínio subjacente.
É que no caso dos capacetes, são já mais do que conhecidos estudos de que leis que obrigam o uso do capacete têm um efeito perverso sobre o número de bicicletas em circulação, e uma baixa do número de bicicletas em circulação tem por si só um impacto negativo nas contas públicas. Em economia e finanças públicas as coisas não funcionam através de mecanismos simples e lineares.

Um Feliz Natal!

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