Ciclistas no passeio. Desconhecimento ou não?

eu nunca toco a campainha aos peões nas ciclovias, mas quando vão 3 lado a lado, ou só um a caminhar mesmo no centro, depois de passar a baixa velocidade costumo resmungar qualquer coisa como “se querem andar na ciclovia ao menos deixem um espacinho para os ciclistas” ^^

Eu também deixei de tocar a campainha mas por falta de feitio. Agora faço uma curva pronunciada e às vezes invadidndo o passeio de forma a manter uma distância para os peões de uns 2 metro tais foram os sustos que já apanhei. Tudo feito a baixa velocidade. Normalmente apercebem-se que não estão no sítio certo. No outro dia um polícia viu-me a fazer isto e mandou o peão sair da ciclovia.

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Ah, eu por buzina imagino sempre uma sonoridade mais estridente. Estas até são engraçadas :slight_smile:

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Está a sobre-estimar o efeito da buzina.

A maior parte das pessoas até acha graça ao som.

Nunca ninguém até agora questionou o uso da buzina em vez da campainha

Ainda há quem não se aperceba que alguém está a buzinar para saírem da frente sendo necessário dar uma palavrinha.

A situação mais complexa geralmente ocorre ao fim do dia no Arco do Cego em que o maralhal teima em beber a cerveja em plena ciclovia, não arredo um milímetro, demoro muito tempo a passar mas não desvio um milímetro da minha via e o pessoal acaba por sair da frente…

Praticamente nunca pedalo em passeio, só quando há o símbolo de ciclovia no passeio como acontece por exemplo na praça de Espanha em frente à embaixada de Espanha…

Há mais de 10 anos anos quando comecei a pedalar com mais frequência fiz a marginal no sentido Oeiras Cascais pelo passeio e fiquei morto de cansaço pelo subir e descer passeio, ter cuidado com os buracos e as ondulações do terreno que conseguem ser mais traiçoeiras que os buracos, tive de voltar de comboio pois não tinha força para mais…

A partir daí só voltei a pedalar em passeio a acompanhar o meu filho e agora nem isso, vamos os dois pela estrada…

Já agora, é proibido a pessoas com mais de 10 anos pedalarem nos passeios.

Eu comprei uma buzina igual à apresentada pelo Nuro por causa dos peões porque simplesmente ignoravam a campainha…

(imagem tirada da net)

Nas docas há este sinal que parece ser um sinal homologado.
Por causa deste sinal, de outras sinaléticas (oficiais ou não), por causa do movimento de peões em certas horas em certos dias da semana, costumo ir com a bicicleta à mão.
Senso comum e não custa nada. Pronto, perde-se 1 minuto ou 2!

De manhã, com restaurantes fechados ou durante a semana em horas em que é notório pouco fluxo de peões, não desmonto mas circulo sempre a uma velocidade de “peão”.
Mais uma vez, senso comum.

Agora a verdade é esta, a ciclocoisa nunca deveria passar naquela parte.

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Por falar nas DOCAS.

Por causa desses desvios uma senhora de bicicleta que ia desviando de pessoas a circular na ciclovia, não me viu e por pouco não me foi para cima…

Se é uma coisa dessas, então está bem. Estava a imaginar um dispositivo mais agressivo.

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Eu uso uma destas:

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Este video apareceu nos related do video do Herculano:

e mostra bem um caso em que era muito fácil haver um acidente…

os peões vão mal… a passar distraidos com o sinal vermelho, e o ciclista, como não quer ceder nem um milimetro, aparentemente nem abranda, embora apite umas vezes.

a questão é que se no ultimo apito o peão não tivesse parado, ou se tivesse o instinto de se desviar para a frente, o ciclista não tinha hipótese de evitar o embate

Desculpem lá, mas na minha opinião, este tipo não tem razão nenhuma. Ok que o peão está a passar com o vermelho, ok que o peão vai distraído, mas este tipo de comportamento não abona nada a favor da nossa causa. Isto é exactamente o oposto de condução defensiva e preventiva.

Se ele vai a ver o peão distraído à sua frente, não lhe custa nada abrandar e deixar passar ou então passar apenas quando tiver a certeza que o peão já se apercebeu da sua presença. Era muito fácil haver ali uma colisão desnecessária com consequências para ambos.

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Concordo, quem anda de bicla todos os dias pode tambem começar a querer ser “dono disto tudo” e o civismo e a segurança ficam para trás. Vao acabar estressados como um automobilista nas filas.

Hoje passei num vermelho porque me enervei : quando esta verde para mim, tinha os carros a taparem a passagem. Quando estava verde para os carros, apesar da fila ia outra vez ficar preso. Passei obrigando um carro que circulava lentamente a parar…ficou fulo. Civismo e educação, é o que falta nesta cidade.

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Acho que não faz sentido usarem-se buzinas como a que o Herculano mostrou no vídeo. O ciclista do vídeo então foi um perfeito anormal…
Mas se a mesma buzina for usada da maneira como foi usada no vídeo que o Pedro partilhou (pequenos toques sem grande estrilho, sem se pronunciar demasiado), já não vejo grande mal, embora o ciclista pudesse ter passado com mais prudência pelo peão (ainda que tenha razão), mas essa é outra questão.
Achei piada no mesmo vídeo a atenção dada aos peões que seguem pelo passeio olhando para o telemóvel. Vão mal?

Estas buzinas, se usadas como foi usada no primeiro vídeo, é um som muito intimidatório, como os que os carros por vezes usam contra nós! Essa é uma das coisas que eu mais desejo ver alteradas no nosso ambiente urbano… menos barulho, menos estrilho, e mais tranquilidade.

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Eu só uso no trânsito, nunca com peões.
Com peões uso a campainha às vezes, quando a minha passagem pode provocar
um susto, ou para avisar que vou ali.
Acho um disparate intimidar peões com buzinas ou razias a 20Km/h.

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Ontem tive uma reclamação relativamente à buzina:

Que se ouvia “bueda mal”…

Imagine-se se fosse uma campainha…

Pedro, eu acho que isso acontece porque o trânsito que vem na Duque de Ávila (sentido Gulbenkian -Arco do Cego) pode virar à esquerda na Avenida da República. talvez para os ciclistas estarem atentos a este movimento do trânsito colocam o semáforo intermitente. No entanto, em bom rigor, talvez devesse o sinal ficar verde para os velocípedes e amarelo intermitente para o tal trânsito que pretende virar à esquerda. É um palpite que disto não percebo muito.

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Também interpreto as coisas assim mas nada disto é evidente e intuitivo. Quando entramos na ciclovia da Duque de Ávila há um sinal que indica que aquela é uma via obrigatória para velocípedes (como isto se compatibiliza com a regra do CE que permite aos ciclistas optarem ir pela estrada não sei) mas quando começa o empedrado não há sinais a dizer que a ciclovia acabou. Atravessamos o empedrado e, por exemplo, atravessamos a Defensores de Chaves e aparece-nos de novo o sinal da ciclovia. Parece que a ciclovia foi, portanto, interrompida. Será que a polícia me pode um dia chatear porque não desmontei quando cheguei à parte empedrada? O bom senso diz-me que um polícia não faria isso mas sabe-se lá.

Enfim, na realidade isto para mim são pormenores legais. O mais importante seria estabelecer sinais intuitivos para peões e ciclistas para ambos saberem quem tem prioridade. Devia ser claro e intuitivo para mim enquanto peão que as bicicletas naquela via têm prioridade e, por isso, eu devo ceder passagem. Várias pinturas no pavimento dizendo “prioridade aos velocípedes”, “via exclusiva :bike” parece-me ser o alerta ideal.

Repara no seguinte… isto morre logo tudo à nascença quando percebemos que o grande problema é a ciclovia estar onde está: em cima do passeio!

Obviamente que haverão conflitos nas intersecções. Como está, só há uma forma legal de circulares que é desmontar quando chegasses ao passeio. Claro que por bom senso, nenhum polícia te vai chamar à atenção por causa disso se circulares com cuidado. Mas é surreal uma infra-estrutura ciclável terminar abruptamente em cima de uma zona pedonal. Não abona a favor de ninguém.

A solução para isto era fácil: construir uma ciclovia contínua, sem interrupções, ao nível da estrada. Eu iria ainda mais longe: a Duque d’Ávila não precisa de duas vias de trânsito! Uma chegava e ainda sobrava espaço para cargas e descargas, tomadas e largadas de passageiros, paragens de autocarros.

Como está, é só um desperdício de espaço público com carros estacionados na via (https://media-cdn.tripadvisor.com/media/photo-s/07/6d/0f/e2/hotel-principe-lisboa.jpg), ciclovia a roubar espaço pedonal, espaço pedonal inundado com mobiliário urbano e intersecções dúbias.

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Não posso concordar mais!
Mas já que está assim, pelo menos ajudem as pessoas a tornar a circulação clara, intuitiva e , por conseguinte, mais segura. Em Paris, onde experimentei pedalar a semana passada, as ciclovias são, em boa parte, feitas retirando espaço aos arruamentos e não aos passeios. Quando são feitas excecionalmente nos passeios há uma série de símbolos de bicicletas pintados de x em x metros. Fiquei com a sensação de que isso ajudava os peões a perceber que aquilo são vias cicláveis e que não é seguro circular por ali.

Ontem passei na Avenida da República e reparei que onde está amarelo para as bicicletas, é em cruzamentos onde de facto os carros têm sinal aberto para virar para onde cruzam a ciclovia. Digo aberto para os carros… porque por acaso não me recordo se os carros tinham verde para virar ou se era também amarelo intermitente. Acredito que fosse também amarelo intermitente e, nesse caso, a prioridade é sempre nossa porque estamos numa passagem para velocípedes. O que não nos tranquiliza no que toca a avançarmos com alguma precaução… já sabemos como os automobilistas são ansiosos em se despacharem de qualquer forma, e naquela zona são piores ainda.

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