Aqui é preciso sempre ir com atenção redobrada. Pessoalmente olho sempre por cima do ombro antes de me fazer ao cruzamento. Até agora só conheço um condutor que se certifica que não vem lá nenhum velocípede: a minha pessoa (mas devem haver por aí mais)…
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Há-de existir. Até lá alguns vão ser a carne para o canhão dessa educação. E mesmo depois, continuarão a ver erros, ignorância e distracções… A única forma de aliviar os riscos acrescidos causados pela segregação de modos é a separação temporal do tráfego, por semáforos.
Pela lei, se estiveres de carro deves ocupar a ciclovia para virares à direita. Peões e ciclistas são elementos muito diferentes, a começar pela velocidade. Um condutor pode espreitar as imediações da estrada à procura de peões. Os peões andam a 5 Km/h. Os ciclistas, mesmo numa ciclovia fraquinha facilmente andam a 15 ou 20 km/h. As pessoas procuram aquilo que estão à espera de encontrar, nos locais e tempos que estão habituados a encontrar. Por isso é que aparecer num cruzamento à direita dos carros, seja pela berma ou pela ciclovia, é sempre má ideia. E, no contexto actual, a culpa não é mais dos condutores de automóvel do que dos condutores de bicicleta.
Se calhar a solução era simplesmente deixarem de obrigar as bicicletas a irem nas ciclovias. Assim, se quiséssemos ir a mais de 30km/h podia-mos optar pela segurança da estrada.
Agora estou baralhado…
Se estiver de carro e quero virar à direita, há uma ciclovia também à direita que continua em frente, não deverei olhar 1º para o espelho do lado direito e ver se vem alguma bicicleta, just in case, e caso venha ceder a passagem antes de “ocupar” a ciclovia?
Mas o que acontece muitas vezes são os automobilistas a ultrapassar-nos ainda um pouco antes da viragem e “jogam” com o carro para a direita, obrigando o ciclista, se tiver tempo e reflexos, a uma travagem brusca. https://www.youtube.com/watch?v=__Q3r38I48g
Quando já vão um pouco mais à frente, com uma relativa segurança e distância, e com o pisca aberto, o melhor mesmo é abrandarmos e esperar que o carro vire.
Penso que há 3 hipóteses:
1- Para o automobilista, colocar-se um sinal bem evidente da passagem de ciclovia e que tem que ceder passagem;
2- Esse sinal estar na ciclovia e ser para o ciclista ceder passagem aos carros que viram à direita
3- No caso de não haver nenhum sinal, o automobilista deverá ceder automaticamente passagem porque vai mudar de direcção
Será que pode ou deverá ser assim?
Se calhar a solução era simplesmente deixarem de obrigar as bicicletas a irem nas ciclovias. Assim, se quiséssemos ir a mais de 30km/h podia-mos optar pela segurança da estrada`
mas já nao são obrigadas a ir pela ciclovia…
mas se formos por ai, entao também nao podes ir no BUS pelo que terias de ir na faixa do meio da avenida
antes da ciclovia até era coisa que se fazia bem… agora cheria me que se alguem for no meio da rua leva umas quantas razias propositadas mais umas bocas a mandar para a ciclovia.
ao longo da Av Republica, todos os cruzamentos onde os carros podem virar à direita foram colocados semaforos que ficam amarelos tanto para os carros como para as bicicletas, o que reforça a ideia que ambos devem ter cuidado
o que acontece é como a ana disse, os condutores procuram aquilo que estão habituados, e eles nao estao habituados a ciclistas a 20kmh a aparecerem de um angulo morto.
A descer até na via do meio se vai bem. Mas tens razão, o mais certo era levar umas razias propositadas.
Também pensava que já não éramos obrigados a ir pela ciclovia, mas ao que parece elas são sempre assinaladas com um sinal que obriga a sua utilização. (http://asminhasbicicletas.blogspot.pt/2017/03/obrigatoriedades-das-mas-infraestruturas.html)
Não vejo como essa separação por semáforos pode ocorrer… uma vez que a ciclovia e a estrada seguem no mesmo sentido. Dada a nossa cultura automobilística, haverão acidentes que podiam ser evitados se os automobilistas fossem menos nervosos e tivessem mais consciência do que têm nas mãos quando estão ao volante…
Eu creio que aquilo que podia ser perfeitamente feito pela câmara, é colocar sinalização vertical a alertar os automobilistas para averiguarem a presença de bicicletas antes de virarem, e podiam também pintar as passagens de velocípedes (em vez de somente as ditas “pegadas de elefante”) à semelhança do que é prática habitual noutros países.
Eu acho que o ideal, mesmo, já que a ciclovia foi feito a uma cota superior à da estrada, seria os carros terem de subir à cota da ciclovia quando viram à direita em vez de serem as bicicletas a descerem à cota da estrada. Mas parece-me que esta seria uma intervenção muito profunda para se esperar que fosse feita após a obra concluída.
Dando resposta à sua pergunta, e recuperando algo que foi dito noutro “post”, copio este comentário:
acho que falta a estrada ali ser elevada ao nivel da ciclovia, para chamar a atenção de que se passa qualquer coisa, agora já não deve dar, mas pelo menos quando for pintada a cheio vai ficar melhor
no outro dia levei a famosa ultrapassagem seguida de curva à direita. quando fui chamar a atenção da senhora que o sinal de virar estava amarelo (a piscar) ela respondeu “pois, mas ele aqui nunca fica verde” =/ fiquei parvo com a teoria ^^
Olá a todos,
Eu vi aqui algumas coisas escritas das quais queria dar uma opinião.
Eu já circulei em algumas destas ciclo faixas e pareceram-me agradáveis. Os semáforos quando forem instalados apenas abrirão verde para os ciclistas depois de algum tempo aberto para os carros. Assim evita as viragens logo à direita dos automobilistas. Eu sei que é chato porque continua a ser o privilégio do automóvel em relação à bicicleta mas para já, a nível de segurança, creio resolver.
Em relação às árvores, segundo a CML, iriam aumentar as cotas. Muitas vezes são retiradas árvores em determinadas zonas mas aumentadas em outras. Eu concordo. Porque nem sempre se colocou árvores em locais corretamente e hoje podem afetar a nova estrutura. Desde que a cota aumente, por mim está bom.
Boas viagens,
RMF
Em relação aos automóveis estacionados em cima da ciclo faixa: inicialmente fiquei chateado por ver isso acontecer na Av. da República, mas das últimas (poucas) vezes que lá passei, não vi isso acontecer e pelo contrário, vi Polícia Municipal a verificar isso.
o facto de ter um sinal redondo de fundo azul nao significa automaticamente que é via “obrigatoria”,tal como o sinal redondo azul com um autocarro nao significa via obrigatoria para autocarros mas sim reservada a TP’s… interessa é o que o CE diz do sinal
já reparei isso na republica… novamente as prioridades trocadas
Em vez de abrirem primeiro o BUS e bicicletas (para deixar as bicicletas passarem o cruzamento) e depois entao os carros fazem o contrario, o que nem resolve o problema ja que mesmo com o semaforo aberto há 5 segundos vao continuar a haver carros a querer virar já que o tempo de avanço que dão nunca é suficiente para escoar os carros.
Já se fosse ao contrario, em 3 ou 4 segundos escoam todas as bicicletas que eventualmente estejam paradas no semaforo.
alem disso o que acontece na pratica é à aos poucos os ciclistas começam a guiar-se pelos semaforos dos carros em vez das bicicletas. eu na Republica já prefiro guiar me pelos semaforos dos carros do que os dos ciclistas que estao sempre fechados, mesmo quando os semaforos para os carros na faixa lateral e central estao abertos
isto dos semáforos abrirem 1º para os carros e só depois ara as bicicletas deve ser uma coisa lisboeta ^^ nunca vi tal coisa, o contrário sim, várias vezes, mas sempre fora de Portugal
eu na republica vou pelos semáforos dos carros e dos peões… mas com cuidado 
Os semáforos abrirem primeiro para os carros nunca vai produzir o efeito desejado pelo motivo que o Pedro Costa referiu… enquanto estiver verde para os carros, haverão sempre carros a passar, porque o trânsito ali não tem quebras, é constante e contínuo. Se abrissem primeiro para as bicicletas elas despachavam-se logo… além de que parece muito “contra-corrente” estar-se a dar este tipo de prioridade aos carros… Eu já acho a quantidade de semáforos em que devo parar quando estou numa bicicleta tão improdutiva, sinto mesmo que estou a levar com a ineficiência que é gerada do “outro lado”.
Sim. Concordo. Como disse, não acho que faça sentido dar prioridade ao tráfego motorizado em relação às bicicletas.
facepalm
hoje no Publico
hoje vim a Lisboa, estou farto de ver malta a andar em sentido contrário nestas ciclovias unidirecionais… 