Gestão de trânsito: melhores ou menos semáforos?

“A substituição das lâmpadas incandescentes nos semáforos por ópticas LED, hoje aprovada pela Câmara de Lisboa, permitirá poupar 800 mil euros por ano após os dois primeiros anos da implementação, avançou hoje fonte do município.”

Os semáforos são bons para regular o trânsito ou estariamos melhores sem tanta limitação luminosa?
O transito não circularia mais devagar e com cautelas sem estes “sinaleiros”?

Ainda hoje com colegas de trabalho esperámos e desesperamos como peões à espera do verde na passadeira e os veículos esperavam e desesperavam à espera do verde, semáforos mal geridos e que empatam tudo e todos.

Opiniões?

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Etiópia:

Poynton, Grã-Bretanha (muito bom!):

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Os semáforos são prescindíveis se as velocidades forem moderadas e existem apenas porque existem automóveis.

Numa cidade hipotética sem automóveis, os semáforos são totalmente desnecessários pois os riscos são baixos, mesmo com tráfego intenso.

Quando incluis tráfego motorizado, o perigo aumenta (mais velocidade, mais massa, mais metal) logo, surge a necessidade de semáforos para regrar o trânsito e por conseguinte melhorar a segurança.

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Parece-me que os semáforos existem apenas para permitir que determinados veículos (carros) possam circular a velocidades acima das velocidades humanas naturais - aquelas às quais é possível negociar eficazmente os cruzamentos. Só precisamos de sinais onde continuarmos a aceitar que se possa andar acima de 30 Km/h.

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Para percorrer a cidade a 50Km/h ou mais, sem ter que abrandar e ter cuidado nos cruzamentos? Sim, para isso precisamos. :stuck_out_tongue:

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Que devem ser tipo uns 30% a 40% (contas de merceeiro) dos semáforos em Lisboa… né?
O resto quiça fossem dispensáveis… né?

Mas lembrei-me agora que há ainda o outro extremo, ou seja, prescindir de semáforos porque se converte a via, numa via rápida urbana. Em Lisboa temos muitas, como a CRIL, segunda circular ou Eixo Norte-sul. Li em tempos que a segunda circular chegou a ter semáforos, e que os mesmos foram removidos para dar mais segurança aos peões, tendo-se convertido as passadeiras de então em pontes pedonais, sendo o paradigma de uma cidade a pensar no automóvel, ignorando-se que essas vias rápidas são autênticas barreiras urbanas e comunitárias. Se repararem, pela segunda circular consegue-se cruzar a cidade toda, sem atravessar por nenhum semáforo, e neste caso, tal não é positivo.

Mas nesse caso, não existem cruzamentos. :wink: O que causa o abrandamento das velocidades praticadas é o estreitamento da via, a falta de visibilidade nos cruzamentos e a existência de obstáculos. :wink:

Se não tiveres nada disso, é sempre a andar! …excepto quando te aparece um imprevisto… :stuck_out_tongue:

A CRIL, o eixo norte-sul e a 2ª circular são diferentes. Respectivamente:

  • Auto-estrada
  • Via reservada a automóveis
  • avenida urbana
    Nesta última, é permitido circular de bicicleta.

Ainda há o caso daqueles semáforos que servem para forçar velocidades mais baixas, como na marginal, em vários pontos.

conheço muito poucos que circulem na segunda circular de bicicleta, e na minha opinião (debate fraturante e antigo) deveria ser proibido por questões de segurança, sendo que no meu entender neste ponto a segurança pelos números não se aplica.

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Também preferia uma cidade sem sinais em que os condutores fossem REALMENTE responsabilizados pelos ditos ACIDENTES.

No entanto noto uma situação muito grave na regulação do ritmos dos sinais.
Em Lisboa de bicicleta e principalmente de carro, os sinais incentivam o excesso de velocidade.
Se de carro cumprires a velocidade máxima ou circulares a uma velocidade a baixo, apanhas muito mais sinais vermelhos.
Se pelo contrário aceleras consegues aproveitar mais sinais verdes.
Isto é uma situação que devia ser corrigida e gostava de reclamar para a entidade que define estes parâmetros.

Mais alguém com esta experiência!?

é o chamado corredor verde que por exemplo na av. da República está desenhado para velocidades em torno dos 60km/h, li em tempos; velocidade ilegal em meios urbanos.

Alem de ilegal é criminoso. Mais uma forma de passar a mensagem errada.

Quando dei isso na cadeira de Vias de Comunicação chamavam-lhe a “Onda
Verde” e tinha esse propósito: permitir uma circulação sem interrupções.

No dia 10 de fevereiro de 2015 às 12:51, João Pimentel Ferreira <
[email protected]> escreveu:

Mas essa “Onda Verde” é positiva quando feita dentro do limite de velocidade, pois permite que todos circulem à mesma velocidade sem para nos semáforos.

Claro. As temporizações dos semáforos são (ou pelos menos, deveriam ser)
dimensionadas com isso em mente.

No dia 10 de fevereiro de 2015 às 14:12, Tiago Santos [email protected]
escreveu:

Mas há ondas verdes e há green waves…

Mas foi exatamente esse ponto, a má temporização dos nossos semáforos, que me levou a abrir esta conversa… Peões e carros desesperam com a má temporização em muitos locais, que eventualmente nem precisariam de sinalização luminosa, pois são pequenas ruas internas e de bairro…

É verdade. É das coisas que mais me irrita e é uma das razões pela qual
passo por muitos vermelhos quando vou de bike. Já cheguei a estar parado em
semáforos que existem sem grande sentido.

Quantas vezes não nos deparamos com um vermelho onde 90% do seu tempo não
existe ninguém a circular? Estou a lembrar-me, por exemplo, deste semáforo:

Existe por causa de uma passadeira. Teoricamente deveria fazer os carros
abrandar por causa dos peões que saem nessa paragem da Carris e que vêm da
passagem pedonal. Na prática, faz com que a malta pise o acelerador para
queimar o amarelo numa via altura em que a via estreita.

De certeza que se encontrariam soluções mais seguras. Até porque essa ilha
onde os peões têm de esperar para passar é uma anedota. Quando saem do
autocarro é ver as pessoas a amontoarem-se no passeio com um pé no lancil e
outro no alcatrão.

No dia 10 de fevereiro de 2015 às 14:45, Nuro Carvalho [email protected]
escreveu: