Moradores pedem “revisão completa” da circulação automóvel nas Avenidas Novas

Você ou não percebe ou não quer perceber. Refiro-me à avença mensal que se paga num nó de transportes públicos como a Gare Oriente por exemplo para evitar levar o carro para dentro da cidade :stuck_out_tongue:

Elucide-me lá então acerca do valor de uma avença mensal de estacionamento na Gare do Oriente, sff.

Ouça, toda a gente, no seu lugar, faria provavelmente o mesmo.

Antes de descobrir a bicicleta eu ia de casa para a faculdade DE CARRO, a uns miseros 5km, porque se fosse de transportes nunca demorava menos de 50 min. De carro demorava 10-20 consoante o trânsito, e gastava o “mesmo” que o passe em gasóleo, e tinha parque gratuito de aluno.

(Sim, era um fedelho parvo. Os meus pais pagavam o carro, o seguro, as revisões, e eu todo contente porque pagava o combustível)

Concordo que o carro é uma opção sensata nalguns casos. Mas 400 000 carros é uma insensatez. E se só pensa no problema da mobilidade pelo seu prisma pessoal, pelas circunstâncias que se lhe aplicam A SI, estamos tramados.

Porque podem haver mais pessoas que não podem ou não querem prescindir do carro, tudo bem.

Mas também há pessoas que pegam no carro para fazer 5 míseros km dentro da cidade. De cada vez que desvaloriza ou despreza uma alternativa para eles, continua a dar tiros no pé e a gramar também com os carros deles.

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Bem, eu só posso fazer duas observações.

Eu já trabalhei em perto de 10 sítios diferentes… e apenas 1 foi fora do concelho de Lisboa.
De todos os meus amigos… assim por alto (e sem contar com os que emigraram e continuam emigrados), apenas 1 trabalha fora do concelho de Lisboa. E são pouquíssimos os que moram no concelho de Lisboa. Vêm essencialmente da Margem Sul, Oeiras, Cascais e Amadora. E apenas 1 desses meus amigos é funcionário público… A sua conclusão de que em Lisboa só trabalham funcionários públicos é totalmente disparatada. Chega a essa conclusão por o trânsito diminuir drasticamente quando existe uma grave geral da função pública? Pois vou-lhe dar uma novidade: o Estado é o maior empregador em Portugal! É normal que se uma grande parte dessa gente não vai trabalhar vai-se ressentir bastante. O que acha que aconteceria se metade das pessoas que trabalham no sector privado não fossem trabalhar? Era a mesma coisa! Ia sentir uma redução abrupta do trânsito. O trânsito provocado por 100 carros não é 2x o trânsito provocado por 50 carros, é muito mais que isso! A função é exponencial. Lá diz a máxima, “o todo é mais do que a soma das partes”. Só isso. De tanta gente que conheço que trabalha em Lisboa (em contraste com apenas 1 que não trabalha lá), apenas 1 é funcionário público…

Diz que vê a linha férrea como solução para tudo, mas posiciona-se contra um transporte ferroviário que ligue a Linha de Cascais com a Linha de Sintra, passando por dois importantes centros empresariais fora de Lisboa. Afinal como é?

No que estou enganado? Não foi claro para mim.

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Globalmente aparece algum consenso quanto ao que será um bom futuro.
-'Menos carros no centro
-'Mais parques de estacionamento a entrada da urbe
-Mais e melhores transportes colectivos, nomeadamente sobre carris
-Mais bicicleta e ciclovias

Aquilo que já foi feito em muitas cidades europeias. E que faz falta cá.

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Esse último parágrafo não está correcto, sou totalmente a favor desse eixo ferroviário. A filosofia das ligações ferroviárias tem de mudar, Têm de chegar aos centros empresariais e não apenas aos habitacionais. Neste momento apenas a Expo como centro de empresas tem Metro e comboio, mais nenhum local o tem

Falta ai metro de superficie, os conhecidos TRAMs que existem em tudo o que é cidade europeia

Tal como vós, sou um defensor da bicicleta como meio de transporte. No meu grupo de amigos volta e meia vem o assunto e tento sempre sensibilizar para a “causa”.
Para não parecer muito “fundamentalista” aos olhos deles muitas vezes abordo a questão da seguinte forma: tudo bem, é impossível usar a bicicleta como meio de transporte, então porque não usas uma scooter??

E assim surge a questão que vos gostaria de colocar e que para mim continua a ser um mistério: como é possível que o uso de mota (sobretudo scooter) não esteja massificado como meio de transporte na AML???
Relembro que uma scooter 125cc não paga IUC, nao paga estacionamento, tem consumos estupidamente baixos comparativamente ao carro, em Lisboa raramente chove…etc etc

Sou motoqueiro (tambem) e vivo em Lisboa desde há 20 anos com mota. Agora ela só serve quando está muito calor ou se estou com pressa.
há 20 anos, via se a mota como muito perigoso e as scooters eram poucas e “cheirava” a pobre. Estupidez.
Com a crise, a noção de gastos e tempo fez que explodiu o numero de scooters.
Agora, andar 10 ou 15km todos os dias, chuva e frio e calor, não é para todos. É também sempre mais arriscado em caso de acidente. Sempre achei que convem ser muito bom em bicicleta antes de arriscar mota.

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Tb tenho scooter 125 e antes de começar a usar a bicicleta mais amiúde era o meu meio de transporte do dia a dia nos subúrbios para o centro de Lisboa. Neste momento sou capaz de usar tanto bicicleta como scooter, chegando a haver semanas que só uso mesmo bicicleta. Infelizmente ainda há algumas vezes que o uso da bicicleta como meio de transporte não me serve e lá tenho de recorrer à scooter, mas são cada vez menos as situações.

O problema maior que me indicam do uso de scooters é quase o mesmo que o uso das bicicletas: o perigo rodoviário… As pessoas tem medo, por causa dos outros, em que os outros são quase sempre os automobilistas distraídos.

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Pronto… mas o projecto do SATU é isso! Não foi é levado até ao fim. Deixaram-no apenas chegar ao Oeiras Parque… o que é ridículo. Obviamente que ia dar enormes prejuízos, porque não tem interesse para quase ninguém a possibilidade de poder ir de transportes até ao centro comercial… mas para o TagusPark e para o LagoasPark, certamente haveria muita gente a aderir! Ainda por cima quer a partir dos comboios de Cascais, quer a partir dos comboios de Sintra.

O eixo central de Lisboa (Entrecampos - Saldanha - Marquês de Pombal - Avenida da Liberdade) que é outro local de elevadíssima concentração de empresas tem comboios muito perto. Em Entrecampos há uma, no Rossio outra, outra no Cais do Sodré e mais uma em Santa Apolónia. E ainda há em Sete Rios também. A partir de qualquer uma destas estações se chega muito rápido a sítios como o Marquês de Pombal ou o Saldanha por causa do metro. Eu percebo o que quer dizer, e há zonas em que se deve investir mais nos transportes públicos… mas esta em particular (que podemos classificar como um centro empresarial - é o centro financeiro de Lisboa - e é também onde se insere as Avenidas Novas de que aqui falamos) está muito bem servida.

e para a Quinta da Fonte ali ao lado…

E por acaso concordo que se tivessem ligado os pólos empresariais provavelmente teria tido mais sucesso, mas nunca saberemos.

E melhor Nuro! Só o facto de ligar as duas “Linhas”, ia beneficiar imenso os subúrbios a ocidente em termos de mobilidade. Alguém que quisesse ir da Zona de Sintra/Amadora para a zona de Oeiras/Cascais (ou vice-versa) passaria a fazê-lo com muito mais facilidade! Passaria a poder ir de uma linha para a outra, sem que para isso tenha de ir a Lisboa, o que acho que seria fantástico.

Seria, mas pelos vistos já não será… foi uma boa ideia mas mal concretizada.

O Isaltino afirma em entrevista que quer recuperar o projecto e concluí-lo, e dá bastante ênfase a isso.

A resposta é simples. Os automobilistas não sabem conviver com veículos com menos de 4 rodas nem entre eles próprios e por isso é extremamente perigoso circular de 2 rodas em Lisboa e arredores não pelo veículo em si mas por causa dos "outros " que circulam em 4 rodas. De facto as scooters continuam a ser vistas como irmãs pobres das duas rodas pelos adeptos de grandes cilindradas

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Pela primeira vez concordo em absoluto com o @Three.

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Nao impede que o numero de scooters aumentou exponencialmente nos ultimos anos.
Muitos automobilistas transformam se em animais selvagens quando pegam no carro, o que pode complicar a vida dos ciclistas e motoqueiros.

Bom, o nº de scooters aumentou mas longe de ser um aumento exponencial. No primeiro ano após a lei das 125 as vendas aumentaram 313 %, mas depois caiu e nivelou-se em valores baixos. Não se pode falar em crescimento exponencial e neste ponto as expectativas sairam goradas. A lei das 125 pouca diferença fez nas generalidade dos hábitos dos portugueses. Fonte: Auto Informa.
2009 -45%
2010 313%
2011 -3,50%
2012 1,10%
2013 -19,10%
2014 2,70%
2015 -2,40%
2016 -0,40%
2017 10,30%

A percepção que tenho em Lisboa e arredores é que o número de scooters a circular e estacionadas aumentou muito. E todas as pessoas que conheço que tem os ditos motões dizem o mesmo pois afirmam não ter onde estacionar dada a peste que invadiu as cidades… Mas pode ser apenas percepção.