Nova rede PRIVADA de bicicletas partilhadas esteve na rua menos de um mês

Ainda a propósito

A CML não quer concorrência ao projeto de bicicletas partilhadas levado a cabo pela EMEL, projeto esse que além de caro, baseia-se no paradigma dos anos 1960, pois faz uso de docas fixas, reduzindo drasticamente a flexibilidade. Os porcos burocratas da edilidade de Lisboa a agirem como uma matilha de comunistas raivosos, por verem que o seu fiasco de bicicletas partilhadas da EMEL, que nos custou a todos 20 milhões de euros, teria concorrência dos “estrangeiros”, num serviço mais barato para o utilizador e de borla para o contribuinte. Assim, a matilha vermelha da CML agiu em conformidade, fazendo a necessária purga à iniciativa privada, com argumentos de bradar aos céus. Não limpam o lixo da ruas, não multam os carros nos passeios, mas “ai nosso senhor” que a bicicleta chinesa não pode andar aí à solta, que é um perigo para o bem comum.

A mediocridade vermelha não tem limites. Esta estória de mediocridade governativa, também releva a velha máxima para corja de burocratas algures sentados numa secretária nos Paços do Concelho, de que mais vale haver massas fecais na via pública bem reguladas e autorizadas em conformidade pela administração, do que rosas, tulipas ou malmequeres anárquicos e neoliberais que brotam na via pública sem pedir autorização à entidade correspondente. O espaço público em Lisboa, grosso modo, mete nojo tal a quantidade colossal de carros e respetiva poluição e ruído. Mas como estão “regulados”, nada a salientar por parte da corja verde-vermelha. Já a bicicleta, que ocupa incomensuravelmente menos espaço, não polui, não faz ruído e não provoca um rombo na balança comercial, merece ser expurgada da república vermelha lisbonesa, porque o projeto ousou nascer sem requerer a devida autorização, a quem de direito, ao grande líder Medina.

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Explica lá esta parte, sff

deve ser “utilizador” no final, e faz sentido estas serem mais baratas, não há docas e parece que são todas single speed

bom, também acho ridiculo, especialmente com esses motivos… já as razões não vou tão longe (tb n é dificil eheh), já é tradicional ver os problemas das bicis e esquecer tudo o resto, o que não faltam é pessoas a queixarem-se de ciclistas no passeio, mas não dizem nada dos verdadeiros perigos como excesso de velocidade até aos carros a tapar passadeiras

enfim, foi a oportunidade para eu partilhar esta história/foto:

no IST deixei a bici presa num poste porque o parque que bicicletas estava cheio. Quando regressei tinha um aviso (aquilo branco no selim) a dizer que não podia deixar ali a bici porque prejudicava a circulação dos peões.
também na foto veem-se 2 pessoas a subir pelo alcatrão… porque aqueles carros todos estão estacionados em cima do passeio, com marcas e tudo!
raio da bicicleta pah, sempre a atrapahar

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então não disseram no outro tópico que a viagem custava 0,50€ por 30 minutos com apenas 5€ de caução?

Boas notícias

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Espera lá… Se as minhas contas à merceeiro não me falham, quem as usar para ir para o trabalho gasta no mínimo 1€/dia x 22 dias dá 22€/mês ou 264€/ano. Parece me mais caro que as Gira.

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E são mais caras que as Gira.

Eu interpreto como serviços distintos. As OBike/Ofo são para utilização pontual, ao contrário de uma utilização diária como as Gira. Na indisponibilidade desta última, há a possibilidade dos serviços alternativos.

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Mas quem é que precisa de alugar uma bicicleta todos dias para ir para o
trabalho? Este serviço é para viagens esporádicas.

Muita gente: quem não tem espaço em casa pra ter bicicleta, quem não se quer chatear com roubos e manutenção, quem lhe dá jeito uma eléctrica mas acha cara demais para comprar, etc.
Quem faz a subscrição anual das Gira não é pra andar só quando calha.

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Se é para andar todos os dias, não compreendo - o defeito é meu - porque motivo o estado precisa de alugar bicicletas aos cidadãos, quando uma bicicleta é barata de obter.

Porque há quem não tem espaço em casa pra ter bicicleta, porque há quem não se quer chatear com roubos e manutenção, porque há quem lhe dê jeito uma eléctrica mas acha cara demais para comprar, porque custa muito menos comprar um passe de 25€ para ver se é algo que consiga encaixar na rotina quotidiana que dar 200€ por uma bicicleta barata, etc…

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Exato, no caso de uma bicicleta electrica é um passe de 25€ versus uma bicicleta de mais de 1000€. E como disse bem o @mrbaptista é a paz de mente de não te teres que preocupar com roubos e manutenção.

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Ou seja, estamos a obrigar TODOS os contribuintes a pagar, para que possais ter “paz de mente”. E a ecooltra também não tem essas mesmas vantagens todas e custou ZERO ao erário público? Entrámos em matéria ideológica :slight_smile:
I’m out!

Estamos todos a pagar muita coisa para os mais diversos fins. As bicicletas partilhadas são um transporte público com as vantagens dos outros transportes públicos, mas sem os inconvenientes dos horários e trajectos fixos. Para além disso não poluem e promovem exercício físico e saúde pública.
Há de certeza muito mais coisas que estamos todos a pagar que me fazem muito mais comichão que isto. Mas admito que hajam opiniões divergentes :wink:

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E porque é que não me pagas a minha refeição agora no restaurante? Queres ver que a bicicleta é mais vital que a comida? Também não me queres ajudar a pagar a renda de casa? O direito à habitação é um direito constitucional. Ter todos os contribuintes a pagar para que certas pessoas, a maioria das quais já tem bicicleta e até usava transportes públicos e estão longe de ser pobres, possam ter “versatilidade e a mente tranquila” é enveredar por uma retórica profundamente demagógica.

No dia em que todos pagarem tudo por todos, independentemente de critérios objetivos e rigorosos, será o dia em que não haverá ninguém a querer pagar o que quer que seja a alguém.

PS: eu uso a Gira, o dinheiro está gasto, faço uso do serviço, embora ache que esse dinheiro daria mais jeito noutros projectos e seja meramente greenwashing da EMEL.

Comparar refeições e bicicletas? Há que comprehender a evolução das coisas: queremos agora mais usufruir que “ter” e “possuir”, pois acareta algumas obrigações.
Precisamos de Giras, de bicicletas dockless , de bicicletas particulares privadas e de ciclovias.
O custo das Giras serve tambem para promover e facilitar o uso da bicicleta.

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se nas bicis nos financiam, na comida ainda pagamos iva por cima :stuck_out_tongue: é assim

mas se o problema fosse este estavamos safos