OILGARVE - uma luta que deve continuar

Acho que são precisos métodos mais radicais de luta para os “senhores do poder” deixarem de fazer o que lhes bem apetece…

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O nosso país não precisa disto…

É agora que viramos a Noruega do sul. Vamos ser produtores de petróleo e
assim vender os combustíveis mais caros da Europa, reduzindo drasticamente
o número de veículos nas estradas porque o tuga começa a não poder gastar
tanto dinheiro em gasóleo. Vocês é que não têm visão, pah! :smiley:

Pedro Sanches

Como economista de formação, depreendo que em matéria económica estas “riquezas” nem são assim tão relevantes quanto isso.
A Noruega, entre outros, é um país rico mas não por ter petróleo. A cultura é o que mais pesa no potencial de crescimento.
Este tipo de “riquezas” são como uma bebedeira… no momento sabem muito bem, mas depois quando acaba vem a ressaca, porque as economias tendem a encostar-se a estes bens e a descuidar o resto. Tendem a viciar nisso. Temos bons exemplos em países africanos e árabes (e até mesmo a Rússia, que entrou em recessão com a queda do preço do petróleo). Seria um tremendo erro entrar por aqui.
Além de que, tecnicamente, nós já temos petróleo… qual é a diferença entre a GALP explorar poços de petróleo no Norte de África, ou no Algarve? A diferença é muuuuito residual… falamos de alguns postos de trabalho, mais nada, porque essa riqueza já é explorada por portugueses lá fora que contribuem para a economia nacional. Muitos desses postos seriam até direccionados para cidadãos estrangeiros, que viriam preencher lacunas que temos em termos de especialização (em matéria de perfuração e não só). Em termos económicos, não vai ajudar a resolver os nossos problemas… até podia agravar, se precisamente pensarmos que encontrámos a galinha dos ovos de ouro e descurarmos do resto.

Em termos sociais, não há muito a dizer. É uma aposta no passado.

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Ola a todos,
na minha opinião é que não há necessidade de haver exploração de" crude" em nosso solo pela a razão que já explicada em parte pelo José Modesto e muito bem explicada pois se olhar-mos para os exemplos dos paises detentores de tal riqueza vai bater certo ao que José escreveu com muita pobreza em todos aspectos na população em geral e explorados por paises que tem o conhecimento e poder para explorar e vender com lucros gigantesco e o pais que detem o petroleo nem por isso.

“É uma aposta no passado.”

E no caso do petróleo, um passado composto de grandes erros sociais e principalmente ambientais, inapagáveis e influenciadores no estado grave em que se encontra o nosso planeta.

Depois de várias provas que o petróleo não é uma energia futura nem do futuro, que se irá esgotar, e que cada vez mais a aposta (inclusive na indústria automóvel) é nas fontes de energia alternativas, renováveis e ecológicas, a procura de mais petróleo, e por todos os problemas que causou e causa, é quase como voltar aos tempos da inquisição.

Por isso quando a PGR diz que não há nada de ilegal na exploração do petróleo deverá ser só a nível de contractos e/ou a outros interesses político/económicos, mas há uma enorme “ilegalidade” a nível ambiental e social à escala mundial.

Não sei se já tiveram essa experiência mas o ano passado quando estive no Peru, nas praias a norte quase junto na fronteira com o Equador, numa delas muito bonita, ao longe em pleno Oceano Pacífico, vê-se uma plataforma petrolífera, aliás, duas, uma desactivada e a outra em plena actividade com a chama no alto da sua chaminé.
Desolador…

O risco é elevado não só porque os lençóis estão a grandes profundidades e a zona é sísmica mas também porque aqui não moram noruegueses.