Propostas muito tímidas…
Porque não em sede de IRS concretamente E-Fatura haver campo para despesas com manutenção de velocipedes, à semelhança do que existe com motociclos e automóveis? É que nem se trata de discriminação positiva das bicicletas mas tão só igualdade em relação aos automóveis.
A medida também pode trazer efeitos perversos na medida em que pode incentivar de forma desproporcionada a instalação de sistemas de bike sharing em cidades que claramente não precisariam do mesmo. Pior ainda quando ainda nem sequer têm rede ciclável nem de parqueamento para bicicletas ou havendo, de qualidade duvidosa.
bem, o bike sharing em geral tem valores simbolicos, pelo que a medida tem um efeito prático nulo.
basta ver em lisboa o sistema 35 euros/ano + 8 euros mês (valor máximo, que até pode ser menos dependendo da utilização…)
ou seja no maximo um ano custa 131 euros, dos quais cerca 25 euros são IVA, se o retorno for de 15% do IVA como é nas restantes coisas do e-fatura, então ganha-se 4 euros … yay!
já o desconto nos sistemas de carro bem mais interessante (para quem usar.) já que ao contrário das bicicletas, os carros partilhados têm tarifas até mais altas
gostava de saber entao se as motas (e-cooltra e afins…) tambem estao incluidas… faz mais sentido as motas que são eletricas e não contribuem para o transito do que os sistemas de car sharing que usam na maioria carros ainda a gasolina
mas enquanto isso, manuntenção de bicicletas particulares continua sem benificio nenhum, ao contrário dos carros
25€ o anual em vez de 35€, ou seja ainda mais nulo
concordo com a parte dos carros e motas partilhadas, é uma forma de as pessoas que usam pouco o carro não precisarem de ter um pessoal.
este novo sistema da bmw e mini que há agora em lisboa tem carros eléctricos (não sei se são todos) e usam os postos de carregamentos que já existiam pela cidade, este ponto acho que não é bom.
há cerca de 1 ou 2 anos estive em Paris e tinham um sistema de carros partilhados com docas próprias e reservavas um lugar para poder estacionar o carro e deixar a carregar
nas lojas de bicicletas a mão de obra não tem iva reduzido? sinceramente não sei como é nas oficinas automóveis e o que pode ou não entrar no irs
A dedução das despesas de oficinas teve apenas como objectivo reduzir a fuga fiscal. Oficinas têm 23% de IVA em material e mão de obra e “tradicionalmente” a mão de obra não é registada em lado nenhum e mesmo as peças por vezes são adquiridas de formas menos claras. Parece-me que a dedução na manutenção de bicicletas nem foi considerada por não trazer qualquer acréscimo fiscal significativo até porque são muitos os ciclistas que fazem a sua própria manutenção.
No final a a atitude é sempre a mesma, onera-se o sector automóvel não por ser poluente mas porque a receita fiscal é garantida. O mesmo sucede com a história do açúcar e do sal. A criação ou aumento de impostos tem sempre como objectivo o aumento da receita fiscal e por isso artigos ou sectores com pouco volume de vendas ou potencial fiscal são simplesmente ignorados. Tudo o resto são desculpas.
O que se dizia na notícia citada, é que seria possível "deduzir no IRS a totalidade do IVA " e não 15% como refere. Aliás é a frase com que começa a notícia do Público.
Claro que isto não torna relevante o que é irrelevante, mas se queremos comentar ou criticar uma opinião, devemos ser cuidadosos não só na escrita como também na leitura.