Porque faz sentido andar de bicicleta sem capacete

@Freire, já toda a gente percebeu que quando você cai é propício a bater com a cabeça no chão. Isso não é um defeito nem uma virtude. É o que é. E para o seu caso, dado que é assim tão frequente e evidente, é muito bom que use o capacete. Continue a fazê-lo.

Mas ao mesmo tempo, tente aprender a cair e a ter uma condução mais defensiva. Vai poupar dinheiro em capacetes. Já agora, já escolheu o modelo que vai substituir o actual que levou a pancada?

4 Curtiram

Como estava de capacete não bati com a cabeça…

Já há muitos anos que não caía sem ser em ciclovia por alguém se meter à frente…

Na ultima vez que cai em estrada estava a descer a Afonso III no meio da via a mais de 40 km/h sem ninguém à frente e com um carro estacionado em 2ª fila.

Esse carro resolveu fazer inversão de sentido de marcha sem qualquer aviso, numa zona com traço contínuo.

Só tive tempo de escolher o local onde bater, resolvi escolher o capot, saí disparado e só aterrei do outro lado do carro.

Tive a presença de espírito de me enrolar e cair de costas no chão…

Fiquei com as duas rodas da bicicleta empenadas…

Unsurprisingly, compulsory helmets have also discouraged cycling.
When the laws were introduced in the early 1990s, cycling trips declined by 30-40 per cent overall, and up to 80 per cent in some demographic groups, such as secondary school-aged females.

"Today mandatory helmets are still a major factor deterring people from riding. A recent survey from University of Sydney Professor Chris Rissel found 23 per cent of Sydney adults would ride more if helmets were optional-a significant proportion given that only about 15-20 per cent of people ride regularly at present-and that amending helmet laws to allow adult cyclists free choice would lead to an approximate doubling of cycling numbers in Sydney.

MHLs are the main reason for the failure of Australia’s two public bike hire schemes. Brisbane and Melbourne are the only two cities in the world with helmet laws to have attempted public bike hire. While schemes in places like Paris, London, Montreal, Dublin and Washington DC have flourished, Brisbane and Melbourne have amongst the lowest usage rates in the world."
http://ipa.org.au/publications/2019/australia’s-helmet-law-disaster

"The helmet law saw a large downturn in cycling. Total bicycle use by children aged 5-17 decreased by 36 per cent from May/June 1990 to May/June 1991 (Cameron, Heiman and Neiger, 1992). There were further decreases to May/June 1992 in Melbourne, with teenage cycling showing by then a 46 per cent decrease from pre-law levels (Finch, Heiman and Neiger, 1993).

Total numbers of child and adults cyclists counted are shown in the table below, as well as numbers wearing helmets. Notably, the decrease in numbers of child cyclists counted is much greater than the increase in numbers wearing helmets."
http://www.cyclehelmets.org/1194.html

"A helmet once saved my life
_Helmets does indeed offer some level of protection during a fall or collision under certain conditions. _
_There are some that dispute the level of effectiveness, but more importantly the objection is not to helmet wearing, but the law. People can still wear helmets if they feel it is the safest thing to do under the conditions and changing the law doesn’t mean people should be discouraged from wearing a helmet. _
_Most helmet freedom advocates recognizes that people cycling at high speeds or less than ideal conditions should wear helmets and they possibly offer some protection when falling. _
Also note the fact that if your helmet cracked or broke into pieces doesn’t necessarily meant it saved your life. Helmets do their job by absorbing the pressure through the compression of polystyrene. A cracked helmet means the helmet wasn’t able to absorb those forces."
http://cycle.org.au/articles/index.php?page=200

1 Curtiu

Com o documento apenas se pode constatar que houve um decréscimo do número de ciclistas.

Sem haver um inquérito aos utilizadores de bicicleta sobre as causas de terem deixado de pedalar tudo o que se consegue são conjecturas

Algumas estatísticas

http://www.helmets.org/stats.htm

Eu quando corro, vou por vezes a mais de 10km/h, se calhar era melhor usar
capacete.

3 Curtiram

"Effect of helmet law: decline in cycling among school children
However there does seem to be another effect of helmet laws, namely a decline in cycling among school children. In 1983 57% of children aged 7-9 had permission from their parents to bike to school without adult companion, and for the age group 10-12, 94% had such permission. By the year 2007 this had decreased to 25% and 79% respectively. Bearing in mind, the helmet law was introduced in 2005, we can’t be sure of a correlation, because the data consists of surveys from 1983 and then 2007. But we do also have data recording that the share of school journeys by bicycle fell from 33% in 2006 one year after the legislation to 29% in year 2012. The evidence does suggest that the effect of the helmet law primarily is that fewer children bike to school."
https://ecf.com/news-and-events/news/what-happens-when-you-mandate-helmet-wearing-among-young-swedish-cyclists

1 Curtiu

Como disse, conjecturas

Alguns factos:

Em Portugal, tal como na Europa, as quedas (em geral) constituem
o principal tipo de acidente entre as crianças e jovens - APSI (2011)
 3 em cada 4 mortes envolvendo crianças ciclistas são causadas por
traumatismos cranianos - Organização Mundial de Saúde.
 75% das mortes de crianças por acidentes de bicicletas podem ser
prevenidas com a utilização do capacete - Organização Mundial de
Saúde.
 4 vítimas mortais por cada 100 acidentes rodoviários envolvendo
bicicletas, no Distrito de Coimbra, Portugal, em 2012 (maior do que
em qualquer outra categoria de veículo) - Autoridade Nacional de Segurança
Rodoviária.

Claro, o @Freire acha que os motivos referidos por 85% das pessoas que não referem o capacete, não sofre de nenhum tipo de endogeneidade com este :rolling_eyes:. Ainda não percebeu que grande parte das pessoas não anda de bicicleta porque “é perigoso”, e que essas leis aumentam a força da mensagem de que “é perigoso”. É óbvio que grande parte das pessoas não vão indicar o uso do capacete, ainda que ele seja uma forte condicionante do comportamento humano.

Lol e sim, há evidências. Desde todos os estudos que foram feitos até hoje, nunca um concluiu o contrário. Desde estudos mais antigos até mais recentes.
Sim, há evidências científicas. São muito fortes, estão mais que documentadas, em muitos países já se aplicou a lei e já se voltou atrás, por se aperceberem disso.

Por falar em contrariar evidências: http://www.dn.pt/sociedade/interior/afinal-a-terra-e-plana-para-este-rapper-e-ninguem-o-convence-do-contrario-5000107.html

Fez-me lembrar isto lol. Se calhar somos todos malucos.

1 Curtiu

É claro que você sabe o que anda na cabeça de cada um, é para rir, certo?..

Conjecturas não são ciência.

Se alguém quisesse fazer ciência não se ficava por analisar tendências, quereria ir mais longe, estaria interessado em analisar as razões do comportamento das pessoas para que não houvesse dúvidas.

Ninguém deixa de andar de carro por ser obrigatório o cinto de segurança ou de bicicleta eléctrica ou de mota por o uso do capacete ser obrigatório.

Pensar que alguém deixaria de usar a bicicleta por o capacete ser obrigatório cai nas malhas do ridículo…

@Freire, você é estatístico. Sabe muito bem (ou presumo que saiba) que se quiser analisar o impacto do uso do capacete no número de utilizadores, é desenhar um modelo de séries temporais, garantir que ele é dinamicamente completo, acrescentar uma variável dummy corresponde ao antes e depois da lei entrar em vigor, e analisar se essa variável é estatisticamente significativa. É um procedimento muito simples.
Se mesmo depois disso, continua com tanto cepticismo… pah, cai nas malhas do ridículo.

1 Curtiu

Caso não tenha um modo fiável de proceder à contagem de utilizadores de bicicleta prefiro inquéritos telefónicos à utilização de bicicleta, tipo sondagem…

Num desses inquéritos realizados na Austrália chegou-se à conclusão que apenas 15% não andava de bicicleta por causa da obrigatoriedade do uso do capacete.

A maior parte das pessoas disse que era por causa do sentimento de segurança.

Num outro inquérito chegou-se há conclusão que numa dada província o uso de bicicleta era substancialmente superior ao das restantes (aproximadamente 4x mais) porque o governo local tinha investido muito dinheiro em infraestruturas para a utilização da bicicleta o que fez aumentar o sentimento de segurança por parte das pessoas.

Se vai tentar construir um modelo com base nesse tipo de inquéritos, vai ter um modelo com muitos problemas de especificação…

Eu não vou fazer nada, já está feito…

Tenho que voltar ao trabalho…

O freire não é estatístico nem acredito que tenha algum tipo de formação.

Prende-se com argumentos inválidos.

É ridículo andar a discutir se são 15% ou 40% de pessoas que deixam de andar de bicicleta por 2 motivos:

  • 1º -
    Basta que a redução seja superior a 2% para que o efeito benéfico da obrigatoriedade seja contraproducente. Portanto mesmo que seja 15% não justifica que seja obrigatório.
  • 2º -
    Existem vários artigos que apontam para os 40% na realidade e esses dados abrangentes devem ter maior peso que algum estudo dúbio que tenha apontado para os 15%.

Não tendo o Freire qualquer formação parece-me estranho estar a comentar sobre a metodologia dos estudos. Inquéritos telefónicos não serão mais representativos de quem pedala do que contagens de ciclistas.
São apenas argumentos sem qualquer base que utiliza só porque dão jeito para as posições que defende.

Parece-me mais um discurso político do que científico. Os estudos são escolhidos pelo que dizem e não pela metodologia utilizada.

Quando confrontado não apresenta nada que apoie as suas conclusões.

Indica apenas estudos sem referir a fonte. Por exemplo, o estudo dos 75% parece-me ser um único estudo que entretanto já foi retirado de tudo o que é site oficial dos estados unidos por não se conseguir comprovar essa percentagem.
Esse estudo é usado como base de quem é a favor do capacete.
Nesse caso compararam pessoas que pertenciam a uma associação que promovia o uso do capacete e que habitualmente só andava em parques com utilizadores gerais que andavam na estrada.

Penso que apenas está a ampliar estas abordagens desonestas que colocam como comparável realidades distintas.

6 Curtiram

@Freire, o que interessa é: Já mandou o seu capacete fora e comprou outro ou não?

4 Curtiram

@Freire parece o Trump ou os republicanos em geral a falar das alterações climatéricas :smiley:

ou mesmo os fanáticos da terra plana que ninguém consegue convencer como o ZeM mostrou.

eu já desisti, parabéns, venceu pelo menos um por cansaço, mas vou continuar a sinalizar para ficarem escondidos todos os “conselhos” que acho que sejam perigosos para ciclistas menos experientes.

no meio disto tudo tenho pena que mesmo com consequências graves não haja mudança de mentalidade, do Trump a lixar a economia e dizer que a culpa é do obama e da china, ao freire a levar com 1 porta e vir agradecer ao capacete em vez de rever a posição na via ^^

ps: reforço a ideia do Pedro, usar 1 capacete estragado (e qq 1 deles diz que deve ser substituido em caso de ir ao chão) é o pior dos 2 mundos, não protege e tem as outras desvantagens todas que já aqui falamos

2 Curtiram

Está a esquecer-se que de entre as pessoas que andam de bicicleta algumas delas deixaram de ter traumatismos cranianos em virtude de usar capacete quando caíram, ou seja, a obrigatoriedade para elas foi benéfica :wink:

Já muitos estudos que chegaram a conclusões similares…

Tenho capacete extra…

Gosto de estar prevenido.

Embora não tenha batido com as costas no chão doem-me um pouco…

Mas mande o outro fora. Não vá enganar-se e pegar nele outra vez. Se já sofreu uma pancada, deve ir para a reciclagem.

1 Curtiu

Para o Freire devíamos andar de bicicleta assim:


(Minuto 1:30)

1 Curtiu