O assunto é sério e os dados são do INE:
No Portugal continental (de Viana a VRStoAntónio), 40% das famílias possui bicla(s)!
Admirado?
Pois então tome nota: na região Centro, essa percentagem sobe para mais de 50%.
E, last but not least, algo que nos enche o ego: nas famílias com crianças, os velocípedes estão presentes em mais de 63% dos lares! (note que alguns têm rodinhas de lado)
Então porque Portugal não é uma mega-Amsterdão?
Como dizia o meu primo: falta de esquecimento!
É que de manhã enfiamo-nos no carrito e só quando ficamos mais de cinco minutos logo no primeiro semáforo é que damos pela coisa: bolas! Lá me esqueci outra vez de vir de bicicleta…
Ficou com dúvidas? Siga o link e veja a ‘nota’ estatística no final da notícia:
Permitam-me acrescentar: de acordo com o site da Pordata, em 2016 o número total de agregados domésticos era de 4 080 230, o que quer dizer que no total haverá mais de 1 milhão e 600 mil bicicletas algures por aí.
Ainda que menos de metade esteja em condições de circular na via pública, é muito velocípede!
Há de facto que continuar a insistir para criar condições que levem uma boa parte dessas máquinas para a rua. No nosso país, na maioria dos dias do ano, as condições meteorológicas não são desencorajantes…
Como sempre tenho dito (é essa a minha convicção), o segundo passo é tirar automóveis das ruas, pelo que o primeiro é oferecer cada vez mais e melhores transportes públicos que estimulem o seu uso. As pessoas só vão largar o carro, quando o conforto, a rapidez, a economia e a ausência de stress proporcionada pelos transportes públicos for óbvia.
