Tentativa de homicídio!?!

Viva amigos.

Hoje aconteceu algo grave e preciso da vossa ajuda.

Hoje ao fim do dia pelas 18h20 na curva do Mónaco (Lisboa-Cascais) estava a regressar a casa de bicicleta e fui ultrapassado por um carro cujo passageiro pôs a mão de fora da janela e empurrou-me intencionalmente contra o passeio.

Felizmente não caí, mas fiquei chocado aquele acto voluntário e criminoso daquela miúda inconsciente, cujo único argumento (que fez questão de me gritar) era que “aquele não era o meu lugar!”.

Tive sorte, podia ter acabado muito mal. Infelizmente, fiquei tão perplexo com o que me tinha acabado de acontecer que não consegui registar a matricula do veículo.

Já estive na polícia para apresentar queixa mas naturalmente sem a matricula não o consigo fazer nem responsabilizar a pessoa pelo seu crime. O agente da PSP ajudou-me a tentar obter uma imagem das câmaras de vigilância do momento, mas as imagens daquele local são apenas para consulta em tempo real, pelo que não ficam em arquiva.

Sei que estavam vários carros e pessoas que presenciaram esta situação, por isso peço-vos por favor que se conhecerem alguém que tenha presenciado esta situação, peço-vos que entrem em contacto comigo.

Há mais de um ano que decidi utilizar a bicicleta como meio de transporte principal. Todos os dias me deparo com condutores que consciente ou inconscientemente cometem atrocidades que colocam em risco a vida de ciclistas. Todos os dias vejo bestas dentro de caixas com motor e quatro rodas que se esquecem que são tão humanos como aqueles que circulam apenas em duas rodas. Todos os dias pergunto-me o que é que será preciso acontecer para que os condutores de carros ganhem respeito pelo próximo. Mas hoje foi demais. Ser empurrado intencionalmente para fora da estrada, contra o passeio simplesmente por achar que aquele não é o meu lugar, não é nem nunca pode ser uma justificação.

Neste momento apenas quero encontrar a pessoa responsável. Mas aproveito para partilhar com todos esta pequena mensagem. Nunca se esqueçam que a tua urgência não se pode sobrepor à vida do próximo.

Peço-vos por fim que partilhem esta mensagem com os vossos contacto.

Um abraço e um muito obrigado a todos.

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Ainda bem que estás [fisicamente] bem. Obrigada por teres feito queixa, mesmo que de desconhecidos. Sem estatísticas nunca poderemos exigir nada. Também me aconteceu isso quando recomecei a andar de bicicleta, há uns 11 anos atrás, uns miúdos num carro deram-me uma palmadinha nas costas (vá lá não me empurraram). E já vi um vídeo da situação que descreveste, em que o ciclista caiu para a valeta / silvas, no UK. Por favor não deixes isso levar-te a privares-te de tudo o que a bicicleta te oferece. Há gente estúpida em todo o lado, não é por andares de outro modo que te livras disso. Eu já tive um tipo a usar o carro para albaroar propositadamente aquele em que eu seguia - não nos despistámos porque não calhou.

Temos que mudar o meio e a cultura rodoviária para benefício de todos os intervenientes.

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Obrigado Ana,

Não será este triste episódio que me fará mudar :slight_smile: Enquanto a bicicleta me trouxer mais experiências positivas que negativas por cá estarei. É interessante que na marginal nos últimos 8 meses em que a utilizo, diria que sem exagero 90% dos condutores são respeitadores mesmo sendo a via que é. É claro que nunca facilito e na maioria das vezes vou mais no centro da via do que no 1/3 e de facto essa atitude reduz drasticamente a probabilidade de os condutores fazerem asneirada. Nesta situação foi mesmo o azar de apanhar uma criminosa, não havia ali nada por onde minimizar a probabilidade :frowning:

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Não há muitos comentários a fazer, como é que alguém é capaz de deliberadamente colocar a vida de outro em perigo, apenas porque acha que tem prioridade ou exclusividade na via.

Ainda bem que não foi mais grave.

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Caro Vitor, boa noite!

Fiz durante quase um ano, quase diariamente de bicicleta, o percurso Lagoas Park - Algés.
Apesar do código da estrada ser claro e a bicicleta ter acesso à estrada em questão, sempre me recusei a andar na mesma por questões de segurança.
Descia por Cruz Quebrada, passava por baixo da “Marginal” e seguia pelo passeio até ao passeio marítimo (não sei se é esse o nome).

Já bem depois da mudança do código da estrada fui num DOMINGO até Cascais. Fui com um amigo, bastante devagar, pelo passeio.
Na volta, como estávamos com pressa, viemos pela estrada.
Pensei que não chegava a casa vivo, com o apitar de tantos carros e ameaças de agressões. Para não falar sequer nas “tangentes” que algumas bestas nos passaram (uma foi particularmente grave, mas não conseguimos ver a matrícula).

A partir desse dia, percebi que não vale a pena por a minha vida em risco ao pedalar na “Marginal”.
A minha bicicleta na altura era uma de cicloturismo (não sei se o seu caso é uma bicicleta de estrada, o que pode inviabilizar o pedalar pelo passeio).

Tenho pena de defender o andar pelo passeio, mas este é pouco utilizado e se o percurso for curto (como era o meu entre caxias e o passeio marítimo), acho melhor proteger a sua integridade física.

Mudando um pouco de assunto, pois o assunto bicicleta aproxima-nos:
Deixei a minha vida “estável” em Portugal e decidi ir explorar o mundo. Estou neste momento no Brasil, de bicicleta, tendo já percorrido 3.300km entre São Paulo e Salvador.
Seguiremos pedalando para o Paraguai de seguida.
Caso as histórias lhe interessem, a nossa página no facebook é:

Saudações ciclísticas,
Pedro Cordeiro

Brutal… Desejovos uma excelente viagem!

Tambem ja tenho saudades de viver na "estrada"
http://0emissoes.blogspot.pt/

@Peter_Lamb

Até percebo, mas os passeios não são para andar de bicicleta, e assim nunca teremos estradas e ruas seguras pois quem tem direito a elas não circula e refugia-se nos passeios… como disse, percebo mas não deveria ser esse o comportamento.

Abraço e boas pedaladas nessa aventura.

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A minha “alma” está parva…
(Sem comentários…)

Mais um caso infeliz…

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Conheço uma história dessas em que o passageiro do automóvel ficou com o braço partido