Teste à B'Twin hoptown 500 (pedelec)

Testei finalmente a bicicleta dobrável B’Twin hoptown 500, com assistência eléctrica, à venda exclusivamente nas lojas Decathlon.


A viagem foi curta, mas o suficiente para testar o que queria.
para um lado, a descer, na volta, obviamente… sempre a subir.
Apesar da inclinação, o que notei mesmo foi o sacana do vento. (a coisa estava agreste por estes lados)
A posição é bastante confortável, e só uma vez me precisei de levantar do selim para pedalar.
Ainda assim, senti falta de mais variações nas mudanças, 6 engrenagens pareceu-me pouco, tanto nas zonas em plano, como a subir.
Não é uma bicicleta que dê para grandes velocidades, apesar de (a descer) ter travado até aos 44km/h
A assistência é suficiente para 80% do percurso, o restante sai do corpo… só que preciso da assistência precisamente para esses 20%, que são a parte que dói mais… MAS sim, mesmo nos tais 80% que não preciso obrigatoriamente de assistência eléctrica, quando o vento está de frente, esse apoio extra dá muito gozo e conforto.
Imagino que quando fizer isto diariamente, seja menos penoso e as percentagens possam melhorar.
Tenho de testar os outros modelos, para comparar, mas claramente, esta é um pouco curta para o que preciso. Apesar de não ter ido para as zonas mais criticas em termos de segurança, no percurso que fiz, não receei o transito, mas sentir-me-ia mais seguro com um bicicleta mais alta, mesmo sem as surpresas desagradáveis na viagem. Apenas uns miúdos que na volta correram para junto da bicicleta por a acharem «muita gira»… felizmente pararam antes de eu os atropelar…
O facto de ser sábado e a malta estar menos stressada do que o costume, também deve ter ajudado.
A bicicleta em si, é confortável, o banco era em gel, e não o que equipa de série o modelo, mas cumpria bem o propósito.
Tive de me levantar nas lombas, e apesar da falta de amortecedores, absorveu bem o impacto destas, buracos, tampas de esgoto, etc.
A qualidade de construção da bicicleta parece-me suficiente, os sistemas de dobragem devem aguentar a utilização diária, pelo menos durante o período da a garantia hehehehe
Entre o volante e o banco, foi muito fácil, encontrar rapidamente a posição ideal para pedalar.
Os punhos almofadados e ergonómicos, os pedais dobráveis dão ideia de uma qualidade mais que razoável.
O sensor de movimento demora um pouco a entrar em acção. Não sei se é defeito ou feitio, mas quando se pára numa subida mais ingreme, aquele primeiro metro podia ser um pouco mais curto hehehe
O motor é silencioso, mas, como já referi, um pouco curto, para um destreinado como eu, a fazer 3,5km a subir, com vento de frente.
No geral, o que mais gostei, foi mesmo o facto de ser uma bicicleta mesmo muito divertida para usar. Andei depois mais um pouco, só porque sim. hehehe
Para utilizadores não exigentes, num passeio de fim de semana, entre o Guincho e a Expo, esta bicicleta garante alguns olhares, e muita diversão na condução sem ficar com os bofes de fora.
A única coisa que me aborreceu, foi mesmo a falta de cuidado com o serviço de preparação da bicicleta para os testes. Faltava uma tampa no punho direito, o que até me deu jeito para meter um espelho… (mais vale um do lado direito, que nenhum). As luzes não funcionavam, e eu até de automóvel uso os médios para ser visto.
Mas para ser rigoroso, o grave foi o o travão de trás… simplesmente não travava. Não basta parar a roda quando está pendurada no apoio. É preciso garantir, que quando se dá uma bicicleta ao cliente, que ela está segura. Esta não estava. A dinâmica de uma bicicleta com uma pessoa em cima dela é diferente de quando está no apoio. Por acaso eu até sei afinar travões, mas não deveria ter essa chatice.
Reclamei quando a devolvi, mas creio que a boa-vontade de quem recebeu a critica, não seja suficiente para deixar qualquer pessoa descansada quando for levantar uma bicicleta. As próximas, garantidamente vou testa-las ainda no parque de estacionamento antes de as levar para casa. Esta situação deixou-me menos confiante, e por isso menos capaz de desfrutar da experiência.
No que toca à informação técnica sobre a bicicleta, falta o binário. Coisa muito importante no que toca à comparação entre modelos, e de todos os modelos da B’Twin, este é dos poucos, senão o único que não tem essa informação.

A minha classificação, de 0 a 5 é a seguinte.

Construção 3,8
Diversão 5
Apoio eléctrico 2,5
Utilização 4

Qualidade geral da bicicleta 3,8

(se quiserem alguma classificação sobre um aspecto não mencionado, digam de vossa justiça)
Espero que possa ajudar alguém …

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Muito obrigado!!

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Tenho visto muitas destas a venda em 2a mão no OLX, que interpreto como descontentamento por parte dos compradores.
Também me parece que a bateria é pequena, logo compromete um pouco a autonomia.

Já agora, uma dúvida: a Decathlon empresta biclas eléctricas para fazer test drives? O que é preciso fazer?

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Gostei muito da descrição. Obrigada. Já experimentei uma e realmente achei boa no preço/qualidade. Comprei uma Nooke na biclas.com. Tem algumas coisas interessantes, como suspensão à frente, 7 mudanças e 5 assistência. Tudo mto bem, mas como a distancia guiador banco é maior, para mim sinto um certo desconforto e dor nas costas, ao fim de algum tempo, coisa que na Hoptown não senti.

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Exactamente o mesmo que precisa de fazer para testar qualquer outra bicicleta, no meu caso fui lá, vi nas eléctricas que uma tinha aquele plástico a dizer “Test Drive”, com algum esforço tirei-a do meio das outras e fui até aos funcionários indicar que queria testar aquela bicicleta! Agora quem acha que fica com uma “mota elétrica” que se desengane, elas são muito jeitosas para quem quer andar a pastar em subidas, de resto pelo menos a que eu ensaiei com os seus mais de 23kg era uma autentica pasteleira, inclusive fiz ferida naqueles manipulos de mudança de rodar de tanto precisar da mudança certa, isto sem falar da paranóia de “vou pedalar mas será que vou ter bateria ?”.

Acho que as pessoas comprar bicicletas eléctricas com uma ideia pouco realista do que estão a fazer. (Mas eu que tenho mau feitio).
Por acaso não reparei que havia à venda, quando andei a pesquisar dobráveis, mas sim, a bateria é fraquinha bem como o motor. Para subidas mais acentuadas e longas (como o meu caso) é curto.
São boas para trazer no comboio/metro/autocarro/carro e depois arrancar para o destino e coisas assim.
Diria, que mais de 10km de cada vez com isto é um abuso, a menos que seja plano e em ritmo de passeio.
Eu moro e trabalho na Amadora, um dos concelhos mais pequenos do pais. As distâncias que tenho são curtas, mas inclinadas. Se não fosse o querer almoçar em casa, e por isso ter horas para chegar e sair, chegava e sobrava. Se calhar só durava dois anos, mas fazia os mínimos olímpicos.
Conclusão (NMO) são boas como um extensor de mobilidade, e não como meio primário de deslocação.
para testar, tens de lá ir ao balcão e dizer que queres testar uma bicicleta, e se estiver disponível, assinas um termo de responsabilidade, dás o dados (tens de ter/fazer cartão da decathlon) e CC et voillá

Obrigado pela dica da distância.
Eu nasci nos dias pequenos, mas parece-me sempre que fico muito perto do volante. Nesta como era mesmo muito fácil configurar, encontrei rapidamente a posição que gostava nesta bicicleta. Ainda me sentei ontem na eloops 900 e achei a posição estranha, mas não a configurei para mim…
Há equipamento (não me lembro do nome) que permite corrigir a distância entre assento e volante, se puder passe numa oficina que isso é +/- rápido e barato (o preço depende da qualidade do material e do tipo de volante/assento…

editado
Procure por espigão de selim com recuo. eventualmente, colocando o espigão ao contrario, dê para aproximar.

o site de onde a foto vem é
ESCOLA DE BTT SFA 1º DEZEMBRO

ou um avanço de volante, colocado ao contrário. Terá de ter em atenção a questão da dobra do volante, se bate em alguma peça
http://www.bikezone.pt/pt/292--avancos

(Mas imagino que a loja onde comprou possa ter alguma solução adequada à sua bicicleta)

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Eles ajustaram, mas já com a Dahon tenho mesmo problema. Acho q estes quadros alongados das dobraveis, são bonitos, mas o defeito para mim é este… obrigada, vou estudar uma solução melhor…

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queres dizer do guiador?

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Obrigado pelas dicas. Sei perfeitamente que uma bicicleta eléctrica não é uma moto. E sim, é isso que procuro.

Em relação ao que foi dito de avançar o selim ou montar o avanço do guiador ao contrário, só vos posso aconselhar a não se meterem nisso. Experimentem guiar uma bicicleta com um avanço ao contrário e depois falamos. Quando a avançar o selim, podem correr o risco de colocar o eixo pedaleiro muito para trás o que também não é confortável.
O melhor é mesmo escolher uma bicicleta com o quadro adaptado ao vosso tamanho.

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Experimentei a hoptown, mas achei muito dura para andar em paralelo. A nooke é mais confortável?

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Em paralelo acho tudo terrível. Teóricamente a Nooke tem pneus mais largos e suspensão, talvez se torne mais comoda, mas não me lembro da Hoptown em paralelo. Se contactar o representante deixam-no experimentar. Veja no site deles