Antes de a CML começar a fazer - novamente - borrada da grossa, ou seja, mais 150km de ciclovias nos passeios, faço um repto à MUBi para que faça um repto à CML para que não volte a repetir a mesma trampa.
Boa noite,
Na semana passada, no post ‘CONVITE Lisboa horizontal’, perguntei: “O Lisboa Horizontal … tem alguma ligação com o projecto dos 150 km de novas ciclovias/ciclofaixas em Lisboa ontem publicitado nos jornais? A MUBi sugeriu, subscreve ou tem comentários a fazer acerca dos percursos previstos nesse projecto?..”.
Pelos vistos somos vários com a mesma dúvida.
Será que a MUBi vai esclarecer?
Não existe essa informação, o que existe é a prática recente em que quase
todas as ciclovias têm sido construídas em cima do passeio como por
exemplo: Duque d’ Avila, Frei Miguel Contreiras, Eixo Central…
Essa fotografia é um dos poucos maus exemplos da ciclovia da Av. da República. É uma pena ser interrompida, mas isso não será um local de passagem de muitos peões, será apenas um acesso a uma paragem da CARRIS.
Mas parece-me, e volto a insistir neste aspecto, que a CML tem melhorado na concepção das ciclovias. Os novos troços do Eixo Central já não vão ser uma mancha de retalhos (tipo Av. do Brasil). Na maioria dos cruzamentos com peões a ciclovia terá continuidade e serão pintadas passadeiras:
Em relação às ciclovias da FPM, já estive a observar o comportamento dos peões, e praticamente todos seguiram caminho pelo passeio, tanto a subir como a descer. Penso que ajuda o facto de este ser agora ligeiramente mais largo e de a ciclovia estar numa cota que é, mesmo que por pouco, ligeiramente inferior à do passeio (e está mais exposta ao trânsito), como pode ver-se aqui:
Mas para que a presença dos peões nas ciclovias deixe de ser uma realidade constante, é preciso que sejam criadas as condições para que o número de utilizadores de bicicleta cresça consideravelmente. Parqueamento seguro e em quantidade, assim como uma rede de ciclovias que ofereçam segurança a todos os tipos de utilizadores, são passos de gigante (e acho que começam agora a ser dados). Quando formos muitos, quem hoje utiliza as ciclovias enquanto “passadeiras vermelhas”, vai deixar de o fazer.
@Nuro_Carvalho repara que, nessa situação, os peões são encaminhados para a ciclovia (lá ao fundo), porque a totalidade do passeio está vedada (em obras).
As observações que fiz, podem até não ser representativas porque não as fiz durante um período prolongado de tempo, mas tiveram em consideração circunstâncias normais (em que as pessoas não eram encaminhadas para a ciclovia em consequência dos trabalhos que decorrem).
Quando mostrei aquela carta a um amigo meu, ele riu-se e disse-me que a forma mais primária de inteligência é a imitação. Mas as bestas da câmara de Lisboa nem esse nível primário conseguem alcançar! Não é preciso inventar nada, basta copiar os outros que já fizeram e que têm experiência no assunto.
#Opção 1 AS CICLOVIAS TÊM DE ESTAR preferencialmente À QUOTA DA RODOVIA
#Opção 2
haver uma delimitação física bem assinalada e com quota diferente, entre ciclovia e zona pedonal para não acentuar conflitos entre os dois modos, e para implicitamente avisar o peão “que ali não é passeio”
@frslb92, mas depois de passarem pela zona em obr não usam o passeio ao lado já disponível. Mas aceito o argumento que enquanto estão a decorrer obras seja difícil p passo em passeio, veremos depois como fica…
Quero acreditar que, se está no vídeo (e com tanto detalhe), é porque está no projecto. E eu não sou uma pessoa nada optimista.
Mas o vídeo também mostra erros crassos, como pontes partilhadas entre ciclistas e peões, sem aparente delimitação, e o troço da Av. de Ceuta, em que não se vislumbra continuidade da ciclovia.
Espero que tudo o que venha a ser construído no âmbito da expansão da rede ciclável (e possíveis remendos dos troços desastrosos já existentes) tenha subjacente um conjunto de requisitos que apresentem consistência em todos os troços (bom piso, cor do piso, sinalização horizontal, delimitação preferencialmente física e continuidade em cruzamentos automóveis e passagens de peões).