acarvalho
(António Miguel Martins de Carvalho)
#22
Parece estar num nível intermédio entre rodovia e passeio.
Serei repetitivo com o que já tem sido dito por aqui no fórum mas é uma evidência: as pessoas deixarão de andar nas ciclovias quando o número de ciclistas aumentar de tal modo que deixe de ser cómodo/ seguro passear pela ciclovia.
Quer queiramos quer não, o pavimento da ciclovia é muito mais confortável do que a calçada portuguesa (do modo como é feita, no seu modelo mais barato - informação sobre tipo de calçada portuguesa que me foi dada em tempos por um arquitecto.
Até chegarmos a esse ponto de preenchimento das ciclovias, teremos de ter uma paciência cortês com os peões. Eles/ nós só estão/ estamos inconscientemente a zelar pela sua saúde e bem estar.
Não posso concordar, mais uma vez. É verdade que o desnível em relação ao passeio é pequeno, mas há uma separação física entre passeio e ciclovia - e entre ciclovia e estrada.
E parece-me que este troço, em boa parte dos casos, segue os melhores exemplos. Há poucas, ou nenhumas, diferenças de desenho entre a ciclovia da FPM e as ciclovias do centro de Copenhaga (para além da largura, que é insuficiente na FPM).
Tenho que concordar com o @acarvalho. Faça-se a infra-estrutura primeiro; o número de utilizadores de bicicleta vai aumentar e os peões vão perceber que aquele espaço não lhes pertence. Por aqui, ainda é uma questão cultural, de senso-comum.
Mas esses passeios em Copenhaga são parcialmente lisos, só ai esta uma grande diferença em termos de conforto e para os trolleys e carrinhos de bebê e cadeiras de rodas.
E depois, as ciclofaixas então no meio de pedras de calçada, olha ali uma fileira de pedrinhas, logo em cima do passeio, á cota do mesmo.
@acarvalho; o que tenho dito reiteradamente é que não creio que isso seja o fator mais importante, bem mais importante é a noção de “separação”, e o facto de uma ciclovia estar à quota da rodovia, dá uma noção psicológica ao peão, de que aquele espaço “não é seu”, pois passam a encará-lo como uma continuação da estrada.
Mesmo que aquele passeio aí na foto fosse calçada à portuguesa esburacada, dificilmente um peão circularia nessa ciclovia, mesmo que houvesse poucas bicicletas na mesma.
mas porque não está essa ciclovia - se tal era perfeitamente possível e exequível - à quota da rodovia?
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acarvalho
(António Miguel Martins de Carvalho)
#28
Sou sensível a esse argumento (não podia ter arranjado melhor exemplo do que essa foto).
No entanto, lembro-me de varios exemplos onde me parece que a única solução segura é a de uma ciclovia como parte do passeio: quando há estacionamentos, ou os ciclistas arriscam-se a ter confrontos de 3o grau com viaturas em manobras. Aí é mesmo uma questão de conquista pelos ciclistas, do espaço que lhe pertence. Concorda?
acarvalho
(António Miguel Martins de Carvalho)
#31
São dois exemplos extremos, até porque poderíamos argumentar que, no primeiro, do outro lado da estrada há passeio e essa ciclovia permite os dois sentidos, algo que seria impossível se nao existisse. A estrada, na rua Frei Miguel Contreras, é de sentido único.
O segundo exemplo é o da estética que não respeita a função. Estamos de acordo que são pedrinhas que poderiam ser colocadas noutros passeios esburacados.
Muito conflito vai haver nessa ciclovia da FPM… é que nas outras, genericamente, o ciclista muitas vezes desvia-se ele pelo passeio dentro para contornar peões (pelo menos falo por mim). Nesta, muitos já não se disponibilizarão para essa manobra precisamente por causa do desnível.
Mas no fim se calhar não haverá desnível nenhum, se calhar ainda vão colocar uma camada de asfalto colorido por cima. Ou aquilo vai ficar assim (daquela cor)?
Pessoal, @Nuro_Carvalho em particular, são ciclovias, não confundir via com faixa, mas claro vai sempre depender da configuração! Eu prefiro as ciclovias, ou seja, vias à cota do alcatrão, no sentido que via tem no CE; mas a CML prefere faixas, ou seja, no passeio. Mas julgo que o termo certo é ciclovia. Mas não tenho a certeza!
Da mesma forma que a malta diz “faixa BUS” mas está incorreto, é uma via reservada de acordo com o CE
Essa é a pergunta que fiz há dias e para a qual ainda não vi resposta.
Ou seja: caso o projecto seja concretizado com bom senso e segundo recomendações ou exemplos já comprovados, a MUBi aprova ou não os percursos? Serão ou não um factor positivo para a mobilidade em Lisboa? Obrigado.
Eu não falo em nome da MUBi mas infraestruturas que são feitas de forma a contemplar todos os utentes da via serão sempre de louvar. Nem sempre a segregação é a melhor opção, sendo que em muitas artérias o ideal seria a redução de limite de velocidade, noutras artérias não sendo tal viável a segregação será a opção mas sempre num registo de continuidade, conforto e segurança e não de marginalização em detrimento do trânsito automóvel.
É evidente que em topografia se diz cota para referir a diferença de nível relativamente a um plano de referência. Já quota (como parte de um todo) é por vezes escrita ‘cota’, em particular no Brasil e em ‘português-pós-acordo-ortopédico’.
Mas note que o autor das ‘regras de ouro’ não vive cá, mas sim num país com quota negativa em relação ao nível do mar…