A eficiência da bicicleta como meio de transporte

15 km de bicicleta já não é acessível a todos.

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@Aonio_Lourenco o Blogue Menos Um Carro partilhou hoje a tua imagem. Atualiza lá isso por favor na Wikipedia com o autocarro eléctrico. Acho que dá 437 Joules por metro passageiro.

“The study focuses on a pilot project for California’s Foothill Transit, in which 12 Proterra e-buses logged nearly 400,000 miles of on-road testing. The NREL team found that the battery-electric buses (or BEBs, in bureaucrat-speak) demonstrated average efficiency of 2.15 kWh per mile, which translates to about 17.48 miles per diesel gallon equivalent (DGE). The NABI CNG buses used for comparison had an average fuel economy of just 4.51 DGE.”

https://chargedevs.com/newswire/nrel-report-battery-electric-buses-are-four-times-more-fuel-efficient-than-cng/

Entretanto fiz um comparativo para o caso de Lisboa, caso queiras ver

sim, precisa de ser atualizado, e não apenas nesse ponto mas o boeing 747 é um avião muito antigo e julgo que já nem é usado. Quando tiver tempo encomendo isso. Mas se conheceres algum designer que o faça melhor ainda. A imagem é livre de ser editada e tive de pagar a um designer para a produzir.

abraços

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O cálculo é simples, primeiro calcula-se quantas calorias por Km consome um ser humano de bicicleta. Depois calcula-se quantas calorias contém um litro de combustível. A partir destes dados consegue-se calcular quantos litros equivalentes de combustível um ciclista consome aos 100 Km.

Ainda é usado :

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Interesting graph.

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Muito interessante esta discussão. Há pouco vi este artigo: Por mais que quase não mencione as bicicletas e fale mais sobre Uber & Co., é notável que um jornal ultra liberal (e “capitalista”) fale contundentemente sobre o fato de que os carros ocupam espaço público e que este facto deveria ser visto com um custo para a sociedade (além dos custos conhecidos para o meio ambiente) … que até agora ninguém considera nos debates públicos. Achei sinal de uma grande mudança de paradigma no discurso público, vindo de uma fonte bem inesperada. Pode ser útil naquelas situações onde alguns de nós tiverem de se confrontar com argumentos sobre quem teria direito de usar o espaço nas estradas e ruas.
Este artigo dá um ângulo interessante: que todo uso do carro individual está sendo subvencionado indevidamente pela sociedade.

Espero que o anexo abra bem.
riding-alone-in-a-car-is-a-luxury-an-increasingly-unaffordable-one.pdf (20.7 KB)

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Dado a indústria automóvel constituir o meio de sobrevivência para 20% da população activa, tentar eliminá-los assim sem alternativas não constitui um custo maior para a sociedade ?

Acho que a questão não é eliminar o carro, mas que na narrativa popular o uso do espaço seja considerado como um custo para a sociedade, … e que seja respetivamente taxado. Se eu uso x m2 de espaço (veja os gráficos em cima) em movimento, devo pagar por este espaço à comunidade. Esta é a ideia económica do artigo. Se lembro bem, em algumas cidades japonesas (ou foi Cingapura?) você não pode sequer registar um carro se não consegue comprovar que tem garagem. Isto contrasta com a percepção popular entre muitos Portugueses: “eu moro neste bairro: por isto tenho direito (e preferência) para estacionar aqui”.

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Singapura, mas também na Alemanha e na Suiça. Mas gostaria de ter os transportes públicos que eles têm e abdicaria alegremente do carro. Infelizmente vocês só vêm metade da questão, básicamente o que dá nas vistas esquecendo-se dos detalhes, o que deita por terra qualquer argumento.

E sabe porquê? Porque nesses países antes de autorizar a construção de qualquer parque empresarial ou residencial, é feito um planeamento da rede de transporte públicos e estes precedem os edifícios. Portanto não compare com o esterco que por cá se faz!

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Calma….
Sou Alemão e vivo a metade da semana na Suiça.

não é bem assim não… Claro que - a Suiça - tem excelentes transportes públicos, mas na Alemanha só algumas poucas cidades vanguardistas, que são muito publicitadas.

Também não precisa se autoflagelar como Português. A maior diferença que vejo com estes países é só a atitude: lá vejo menos essa convicção de que o espaço público é de ninguém onde posso deixar o meu carro (ou o meu lixo) e menos a percepção social que é só pobre ou excêntrico quem vai de transporte público ou em bicicleta. Ainda bem que a nova geração e os tantos estrangeiros que vivem agora em Lisboa estão mudando isto.

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Olá, eu acho que tocou aí num ponto interessantíssimo e pouco discutido aqui: a associação de que quem anda de transporte público ou bicicleta o faz porque não pode ter carro, não pode comprá-lo.
Aqui ter carro ainda é muito um sinal de status. E esta barreira não é facilmente derrubada. Muitas pessoas, em Portugal, vêm como sinal de reconhecimento quando a empresa onde trabalham lhes disponibiliza um carro, independentemente de necessitarem, em trabalho, de se deslocarem para vários sítios/reuniões.
Portugal ainda tem o síndrome da “pobreza”, talvez devido à pobreza e ditadura recente na história, daí, ainda valorize o mostrar riqueza => sucesso na vida, por esses sinais exteriores de riqueza.

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É mais do que uma síndrome, em parte devido à grande desigualdade entre as zonas metropolitanas e o resto do país. Quantos são os que deixam o interior para se instalarem nas zonas metropolitanas para serem “bem sucedidos”.

Eu considero que as pessoas vão morar para onde têm trabalho. Se encontrarem trabalho melhor ou mais bem remunerado na cidade, é muito provável que para lá que se mudem. A questão não será entre viver na cidade/aldeia, é considerarem que andar de TP ou bicicleta “é de pobre”. Nada tenho contra quem tem carro, e que compre o que mais gostar e puder comprar. Mas a forma como se deslocam em zonas urbanas, em percursos curtos diários, que façam sozinhos, possa incluir modos suaves. Eu levo os meus 2 filhos à escola de carro, depois, quando não chove (pois, ainda não ultrapassei a fronteira da chuva), regresso a casa e vou de trotinete para o trabalho. Existirão muitas pessoas como eu que poderiam ir de bicicleta ou TP para o trabalho. Não todas, mas muitas. E já faria diferença.

Nem por isso, a especulação imobiliária inflaccionou os preços e por isso quase todos ficam na periferia tendo de recorrer ao automovel porque:

  • O serviço de TPs é miserável
  • A distãncia ao trabalho é demasiado grande para ir de bicicleta
  • O trabalho fica num ermo sem TPs

Lisboa e Oeiras canibalizam as empresas e os empregos que poderiam estar distribuídos pelo pais. Depois o resultado é o que se vê.

Mas de facto existe gente que pega no carro para fazer 1 Km até à estação de metro ou comboio. Outros fazem 1 km para ir ao ginásio. Só falta mesmo estacionarem ao pé da cama, abrir a porta e deitarem-se.

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E também em Tóquio. São 20 milhões de pessoas a habitar a capital japonesa. O que seria se cada uma se achasse no direito de possuir 12 metros quadrados de espaço público para estacionamento.

Se esses 12 m2 produzirem riqueza no lugar de uns quantos vadios andarem a vadiar por lá, será certamente vantajoso. Seria um bom exercício tentar perceber porque razão esse cidadão em particular teve de ocupar os 12 m2. Provavelmente porque a capital do império canibaliza todos os empregos do país, e graças aos estrangeiros ricos que inflaccionaram os preços da habitação ele não consegue viver na capital. Em paralelo o governo dá descontos nos TPs aos residentes e esquece-se dos que residem longe e que mais precisam desses descontos.