“As importações de bens subiram 18,1% em Junho face ao período homólogo, impulsionadas pela compra de combustíveis…”. (Fonte INE - Público 12 Agosto 2018).
Possivelmente parte do combustível foi para “esses tais” de Setúbal irem à praia… Mas, do mal o menos; se vão para o Portinho sempre poluem menos do que o avião que leva a burguesia (que não é porca) para as Maldivas.
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Eu uso sempre o adjetivo “porca” no sentido metafórico pois acho que a psicologia evolutiva não está adaptada à civilização. Perderia muito tempo a alongar, pois teríamos de abordar psicologia evolutiva e sociologia comportamental ou mesmo evolução de grupo (group evolution & group selection).
Mas de uma forma extremamente simples e sucinta dou um pequeno exemplo. Se virmos alguém escarrar na rua, daquelas “verdes”, a nossa reação é de nojo e imediatamente catalogamo-lo de “porco”. Mas aceitamos com total naturalidade alguém que faça uso diário de um carro poluidor. E a racionalidade diz-nos que o segundo é muito mais poluidor (porco) que o primeiro.
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Fui hoje pela primeira vez este ano visitar as praias da Arrábida. Tenho a dizer que o programa é um sucesso!
Deixámos o carro em Setúbal (os parques de estacionamento da Secil ou da Figueirinha enchem muuuuuito cedo).
Do parque da Secil até à Figueirinha há um autocarro a cada 20 minutos cujo bilhete de ida e volta custa 1€ (fora os restantes autocarros que vêm de Setúbal).
De Setúbal à Figueirinha há 3 carreiras: duas são de hora em hora, e uma é de 30 em 30 minutos, o que conjugadas dá uma oferta razoável. Nestas o bilhete de ida e volta é de 4,10€ (mas repare-se que a viagem é bastante maior do que desde o parque da Secil) mas é possível adquirir pré-comprados por 1,77€!
Entre a Figueirinha e as restantes praias onde o trânsito está interdito circula um autocarro gratuito a cada 20 minutos. A coisa até está bem feita e o tempo de espera entre os dois autocarros (para lá e depois de volta para cá) foi aceitável.
Contas feitas ao tempo, e às 19.23h estava a sair da praia da Galapinhos, e às 20.00h estava a entrar no carro que tinha ficado nas imediações da Avenida Luísa Todi. Ou seja, pouco mais de 30 minutos num percurso que o Google Maps diz ser de 9 Km. Fazendo as contas dá uma média de aproximadamente 15 Km/h entre os dois pontos, o que francamente me parece muito bom!
Antes a demora era muito maior… desde o trânsito no pára-arranca, o andar à procura de lugares, o caminhar desde o lugar encontrado até à praia (que fica sempre muito mais longe por comparação à paragem de autocarro).
Eu, francamente, gostei da solução encontrada, acho que funciona, poupa tempo, paciência e encontramos todo um ambiente muito mais relaxante e tranquilo!
Acho que o que existe a melhorar é a oferta de autocarros entre Setúbal e a Figueirinha, que não é má mas podia ser melhor. Fazia sentido também bilhetes de grupos para grupos de 4 ou mais pessoas, e uma rede de vendas (onde se possam adquirir os pré-comprados) de maior proximidade, por exemplo nas imediações das paragens da Luísa Todi (se calhar até as há ali e estou a falar à toa, mas honestamente desconheço, mas acho que é algo que mais difundido ou divulgado servisse melhor as pessoas).
Tendo em conta que este foi um primeiro ano deste modelo, e que a adesão das pessoas foi boa (acho que tirando alguns grunhos que se lêem pela internet, na verdade a generalidade das pessoas até compreende o motivo e a urgência destas medidas), acho que é expectável que hajam melhorias nos próximos anos.
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Essa diferença é brutal! Fará sentido?
Ainda assim 1,77€ x 4 pessoas ainda é um rombo no orçamento a famílias que queiram ir a praia regularmente…
O pré-comprado de 1,77€ é só de 1 sentido (só ida, por exemplo). Os 4.10€ comprados a bordo são de ida e volta.
Sim, também considero o preço um pouco exagerado… eu acho que a câmara apenas olhou para os percursos entre o parque da Secil e as restantes praias, e descurou o percurso desde Setúbal.
Tenho muitas dúvidas se esta obra estará bem projectada.
http://www.terranova.pt/noticia/sociedade/ciclavel-de-ligacao-ponte-da-barra-esta-em-construcao
Não saberei responder a isso, mas sei que a Gafanha dá 20 a 0 ao resto do país no que toca ao uso da bicicleta como meio de transporte. 
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Mesmo assim aquilo é um caos de tráfego e de organização do espaço público. Mas também há que ter em conta que o munícipio de Ílhavo é uma zona densamente povoada e com muita atividade económica.
“In the area of the experimentation, the city of Ílhavo will have a special role, since it is the densest populated municipality in its NUT III region. Ílhavo offers a complex case for emission analysis since (i) it is located in the crossing of 3 major motorways in Portugal, (ii) it is near to a railway corridor (one of the main train stations in Portugal – Aveiro Train Station is 10km away), (iii) the Oporto Airport is only at a distance of 75 km and is accessible easily by car or by train, (iv) the Aveiro port harbour, the 5th largest in Portugal, is also located in the Ílhavo Municipality and is considered the largest general cargo handling infrastructure in the centre and north of Portugal with 5 million tonnes of goods in 2017. The Municipality of Ílhavo generates an average of 14,000 car trips in and out of its territory every day and is also worth mentioning the high circulation of heavy vehicles generated by the logistics Platform of the Aveiro harbour. Additionally, Ílhavo has two of the most important and visited touristic beaches in the Centro NUT II Region (Barra and Costa Nova), generating additional dozens of thousands car trips during the summer period.”
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E com a forte possibilidade que os ciclistas se esbarrem contra os caixotes da reciclagem, até parece que querem queimá-los numa incineradora!
hoje quem vai passear e vai banhos na Figueirinha e Galapinhos o transito é calmo com as proibições feitas pela camara e policia o que é maravilhoso quando se pensa no bem comum e não num só grupo.
Não sou frequentador das praias do “Sado” e considero um exemplo para todo portugal.
Abraço
Não sou um utilizador frequente (porque é longe), mas ocasional. Fui o ano passado com o novo sistema, e tenho a dizer que é um sucesso. Toda a gente que estava a experimentar falava bem, e os autocarros são muitos. A única crítica que faço, é que os que partem do centro da cidade deviam ser em maior número.
Mas dito isto, há umas coisas que posso dizer:
- Cheguei muuuuuuuito mais rápido ao areal, comparando com os anos anteriores em que passava horas parados no trânsito e à procura de lugar;
- O ambiente no meio da natureza, é agora muito mais tranquilo;
- É um passo de gigante na preservação da Serra, assim como da fauna e da flora que ali habitam;
- Evitou-se uma catástrofe que, numa estrada de Serra congestionada e caótica onde ninguém anda, seria para acontecer.
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