A propósito das ciclovias sem ciclistas

feito agora mesmo em Photoshop

2 Curtiram

O cartoon aplica-se a qualquer obra pública :slight_smile:

2 Curtiram

Qual é o problema com a A8 agora? Ocupa alguma coisa em Lisboa ?

O país não é só Lisboa.

Parece-me que a ideia do vídeo é fazer um paralelismo com “as ciclovias que não têm utilizadores”, supostamente.

Depois do paralelismo feito, era bom pensar quanto custa 1km de A8 e quanto custa 1km de ciclovia e tirar ilações relativamente à utilização de cada uma delas.

2 Curtiram

Sim, e também comparar a quantidade de passageiros e carga que se consegue transportar por cada uma delas. E já agora comparar com o preço de 1 km de ferrovia

Certo. Tudo questões muito pertinentes.

O desinvestimento na ferrovia é um verdadeiro caso de estudo. I wonder why…

1km de A8 custa aproximadamente 3 milhões de euros; praticamente o que custaram 210 km de ciclovias em Lisboa; mas esqueça, debater com autoólicos é como falar para uma porta.

1 Curtiu

Portanto deixava-se de fazer a A8 para construir ciclovias? Mas passaram-se da cabeça ou quê? Antes da A8 e desde há muitas décadas que se circula da região Oeste de bicicleta, muito antes dos Lisboetas a terem “descoberto” . A A8 veio melhorar a acessibilidade a uma região montanhosa com estradas nacionais sinuosas que essencialmente abastece Lisboa de produtos alimentares e não só. Portanto nem vale a pena argumentar com esta gente.

Caro amigo,

Alguém disse que estava contra a construção da A1, A8 e afins?

Apenas que se o investimento fosse mais equilibrado, sairíamos todos
beneficiados e teríamos um país melhor…

Exemplo: Em vez de 300km de autoestradas, se retirassemos apenas uns 50,
para investir o equivalente de 10 em medidas pro bicicleta, e por exemplo o
equivalente a 40 em ferrovia, certamente os automobilistas ainda ficariam a
ganhar 250km, e os restantes utilizadores de bicicleta, e os de comboio
também.

Outro modo de pensar errado, é, que aqui os ciclistas, são todos anti-carro
e apenas andam de bicicleta.

Eu pelo menos, ando de carro, de bicicleta, de comboio, etc. Gostaria de
sentir que o que pago de impostos seria investido em todos os modos em que
me desloco, e não apenas no de carro. E que quando quer andar de bicicleta,
me sinta um marginal, e quando vá de comboio, não seja eficiente.

3 Curtiram

Há auto-estradas e auto-estradas. Se há as que são importantes, como é o caso da A8, que dizer daquelas que estão às moscas pelo interior norte e centro?

Nos últimos anos houve um investimento desenfreado em auto-estradas inúteis. Dizer isto não é dizer que não é preciso nenhuma! Mas há sem dúvida um desequilíbrio enorme nas opções de investimento público que ocorreram…

1 Curtiu

Portugal tinha à data de novembro de 2008 uma rede de 2860 km de autoestradas. Com o plano de novas concessões iniciado pelo governo de Sócrates, a rede iria crescer cerca de 50%, o correspondente a mais 1400 quilómetros de vias com perfil de autoestrada. Este número incluía cerca de 100 km das concessões lançadas pelo anterior Governo e adjudicadas nessa legislatura (Grande Lisboa e Douro Litoral), mas o grosso da expansão foi uma decisão do Executivo Sócrates. Totalizando o que já havia em 2008 com o que o governo Sócrates se proporia fazer, Portugal ficaria com uma rede 4290 km de autoestradas.

Todos os estudos e comparações o mostram: Portugal tem uma das maiores redes de autoestradas da União Europeia a 15, ao nível de quilómetros por habitante e por área. Esta realidade, foi apresentada num estudo de tráfego feito pela TIS a pedido da Brisa no final de 2008.

Quando comparamos Portugal com os outros países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico) ou da Europa a 25, a conclusão é similar. Já em 2006, os dados mostravam que na UE a 25, Portugal tem uma média de autoestradas por rede viária de 2,3% muito acima dos 1,2% da média, e que é o terceiro valor mais elevado depois da Espanha e Luxemburgo. A União Europeia tem 13 km de autoestradas por 100 mil habitantes, quando Portugal tem 17 km. Por cá existem 20 km de autoestrada por 1000 km2 de área do país, enquanto que a média da UE são 15 km. Olhando para o universo da OCDE, Portugal foi o segundo país que desde 1990 até 2006 registou a maior expansão na rede. Mais significativo são os indicadores que relacionam a extensão da rede com a capacidade económica. Portugal em 2006 já era o segundo país com mais quilómetros (8,3 km) por mil milhões de dólares de PIB, apenas ultrapassado pelo Canadá.

Considerando que o dito estudo foi feito em 2006, e que desde então houve estagnação económica, considerando ainda que houve um crescimento de cerca de 50% na rede, pode constatar-se facilmente que Portugal, por certo, deve ser o país da Europa e do Mundo, com mais km de autoestradas por área, por habitante e por capacidade macroeconómica!

3 Curtiram

Ora uma coisa positiva que vejo na construção de tanta AE é que entretanto as estradas secundárias e terciárias têm menos trânsito!
É verdade! Já apanhei vários troços, de vários km’s, nos interiores do nosso Portugal (e não só) com meia dúzia de trânsito motorizado (vulgo automóvel e afins). Uma das últimas estrada e experiências assim foi a N2, que fiz só pelos lados do Alentejo profundo (de Aljustrel a quase a Abrantes).

A última foi… bem vejam a imagem

Nunca andei em tão boa “ciclovia”!!!

Mais a sério e vendo outro lado negativo, é um impacto ambiental muito grande a construção de tanta AE, derrube de árvores, mesmo que sejam substituídas, normalmente não são por espécies autóctones (é mais eucaliptos e pinheiros bravos), construção de viadutos, pontes, portagens, etc em zonas de ecossistemas frágeis e o enorme impacto visual e espacial, a poluição sonora devido à maior velocidade, etc, etc.
As AE’s ajudam (dizem) na ligação de povoações e culturas, mas como em muita coisa na vida, há que ter conta e medida. O desenvolvimento que se quer hoje e rapidamente deve ser sustentável, respeitar todos os ecossistemas e o meio ambiente.
Não deveremos (nem querer) ser a única ou a última espécie a sobreviver no nosso Planeta.

Pode ser uma ideia no futuro e tal com têm vindo a fazer com linhas férreas abandonadas, podem fazer o mesmo em algumas estradas em Portugal onde o pouco tráfego e a existência de outras alternativas não justifica que as mesmas existam como tal mas transformá-las em ecovias/ecopistas/ciclovias ou pelo menos mais “amigas” dos pedestres e ciclistas. Repito, só mesmo algumas porque mesmo de carro é óptimo continuar a ter a hipótese de viajar pelas estradas secundárias de Portugal!

3 Curtiram

@marioalex, posso roubar a imagem para partilhar?

2 Curtiram

Onde queres colocá-la?

1 Curtiu

Na página do Facebook da Sexta de Bicicleta.

Boa página!
Estrada entre Ferrarias e Sobreiras Altas, Melides, Alentejo.

1 Curtiu

Vou partilhar então.

Um abraço

1 Curtiu

Done. @marioalex, tentei tagar-te no texto mas não consegui. Sorry for that. :wink:

Ainda bem, detesto tags!
Obrigado e bom fim de semana!

1 Curtiu