A vaca-sagrada-goesa

Esta história dos parquímetros na Junta de Freguesia de Carnide, evocou mais uma vez na populaça a sua idolatria pelo automóvel, relevando a sua total irracionalidade quando se abordam as matérias de uma boa gestão do espaço público. Recordo, que no espaço de estacionamento de um automóvel, cabem nove lugares de bicicleta, e todavia veem-se nas cidades portuguesas muitos mais lugares de automóvel do que de bicicleta. E quando se veem alguns lugares de bicicleta, normalmente estão no passeio, diminuindo o já reduzido espaço do peão. Mas quanto custa de facto o espaço público? E quanto cobra a Câmara Municipal de Lisboa de facto pela sua utilização. Não se assustem com os números, mas são reveladores de que, apesar da berraria da vox populis motorizada, o automóvel continua a ser a vaca-sagrada-goesa das cidades portuguesas.

http://www.veraveritas.eu/2013/09/o-automovel-e-o-preco-do-espaco-publico.html

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Porquê goesa? O culto das vacas é mais intenso no norte da Índia e em Goa a maioria da população é cristã.

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Não é fácil mudar maus hábitos: o carro tornou se o prolongamento do corpo, tudo foi feito para ele.
Corrigir os grandes erros feitos há anos e durante anos demora tempo.
A população vê uma limitação a liberdade de circular de carro …e estacionar como uma privação da liberdade básica.
Agora que alguns, ainda poucos, mostram novos caminhos…

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Ora aqui está uma expressão fundamentalista anti-carros, como se fosse possível eliminá-los instantaneamente e deixar todos felizes e capazes de prosseguir as suas vidas de forma imperceptível… puro lirismo! Como se fosse admissível obrigar todos os cidadão a trocar o carro pela bicicleta, mas afinal é obrigatório ? Onde fica a minha liberdade de escolha ? Posso escolher o meio de transporte que quiser desde que seja uma bicicleta e não seja um carro? Mas também quero redução no IMI, afinal não é o espaço público financiado com tal receita? Se ocupo menos espaço, deverei pagar menos não é verdade ?

A questão aqui tem apenas a ver com a apropriação de espaço público para lucro privado, à semelhança das empresas que cobram estacionamento em hospitais públicos quando os terrenos foram oferecidos pela cãmara municipal

Em Paris há vários preços para residentes. Para um selo com validade de 3 anos paga-se 90€. parece-me que é o que se retira daqui http://www.paris.fr/services-et-infos-pratiques/deplacements-et-stationnement/stationnement/stationnement-residentiel-mode-d-emploi-2078#les-tarifs-du-stationnement-residentiel_15

30€/ano ou 45 € se se comprar o selo só para um ano. Mas há uma série de outras possibilidades (v. carros alugados que em lx penso que não estejam contempladas). Em Lisboa 12€. Não sei se as proporções estão assim tão erradas tendo em conta o custo de vida numa e noutra cidade.

Isso pode, incluindo de poluir e ocupar espaço publico. Mas as autoridades e municípios podem tambem (e devem) incentivar a utilizar outros. tornando mais difícil o uso do automóvel. pois é impossivel oferecer um lugar de estacionamento a cada residente …

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não é obrigatório.

apenas os fundamentalistas do popó
acham que o objetivo é proibir os carros.

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E não é o que tem acontecido? O único fundamentalismo vem da parte de quem acha que pode impor um meio de transporte que não se adequa a boa parte da população mesmo que tal se faça de forma autoritária.

Aliás não são os títulos destes tópicos deliberadamente provocatórios, ( vacas, virgens, etc…)? Alguém que provoca não se pode queixar se receber respostas ao mesmo nível. E não vão conseguir convencer ninguém pela força.

não, não é.

o único meio de transporte que tem sido impingido às pessoas, com a usurpação da quase totalidade do espaço público, é o automóvel.
quem não pode ou não quer queimar um terço do rendimento numa lata motorizada tem de poder escolher outro meio de transporte.

é disso que se trata.

apenas os fundamentalistas do popó
não veem assim a questão

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O problema levantado é sempre o mesmo. Sempre que se crítica a excessiva massificação do automóvel, os fundamentalistas do automóvel (estou a usar a sua linguagem) trazem sempre à conversa o objectivo obscuro de se querer abolir o automóvel. Nunca vi ninguém aqui falar em abolir o automóvel… sem ser talvez no centro das grandes cidades. Que no caso de Lisboa, diria respeito à Baixa, e no limite pouco mais que isso.
Creio não me enganar se disser que a maior parte dos ciclistas, além de carta tem também carro. Eu tenho carro. De vez em quando preciso dele.

De facto, há muitos percursos que, não sendo longos, estão desenhados exclusivamente a pensar em automóveis. O automóvel tem sido a opção que a sociedade tem imposto a toda a gente em certos percursos.

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Verdade, desde os hipermercados, shoppings etc, tudo é orientado para o automóvel. Mas para alguns deles não existe alternativa. Quem consegue transportar 12 litros de leite mais uns Kg, de carne , peixe e fruta e alguns congelados em tempo útil desde um hipermercado até casa de bicicleta?

Claro que cada veículo terá a sua utilização, não se pode é radicalizar a questão.

Foram muitos anos de políticas públicas erradas.
O modelo de hipermercado fora da cidade é um absurdo e que só faz sentido com milhões gastos em estradas e auto-estradas para se lá chegar. Até parece que as coisas lá são mais baratas mas é um puro engano.
Sim, é possível transportar 50 kg numa bicicleta de carga, ou num atrelado.

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Um modelo que está em declínio felizmente, pois já pouca gente tem paciencia para andar quilometros lá dentro.
Consumindo menos carne e laticineos reduz o peso da carga (e as doenças cancerosas) e assim já estamos mais perto da Bicla…de carga.

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A propósito do que se está a discutir aqui:

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mas o musk já tem solução

vai pô-los às voltas ao quarteirão
a… gerar fluidez de trânsito…
:smiley:

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Portanto a solução, para além de obrigar toda a gente a pedalar, passa também por controlar aquilo que podemos comer, portanto acaba-se a liberdade de escolha e passamos todos a comer ração normalizada como os porcos e galinhas.

Boa sorte com essa nova versão do 1984!

Como se a causa das doenças cancerosas fossem os alimentos de origem animal :D. A radioactividade, o amianto, o DDT, os asfalto, a poeira de pneus e pastilhas de travão, os escapes diesel, o BPA das embalagens, tudo isso é saudável e a culpa é da carne e do leite :D. Essa é a cassete do PAN

tens é que pedalar
para oxigenar esse cérebro

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Sabes lá tu quanto é que eu pedalo! Conheces-me de algum lado ?

um cérebro que consegue 'deduzir’
que opções são obrigações e proibições para outros
tem um gravíssimo défice de oxigenação.

pega numa bicicleta e vai pedalar

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Fundamentalismos convertem-se em obrigações quando os respectivos autores adquirem poder. Mas se continuar a insultar-me irei responder à letra e depois queixem.se de que tenho mau feitio…