Acidente ou sinistro?

Esta aconteceu-me hoje: Eu não conheço os ciclistas que seguiam à minha frente, simplesmente estavamos todos a fazer um troço de estrada que pertence à “Ecopista do Vouga”:

O fulano, circulava junto ao limite central da estrada, não cedeu passagem às bicicletas que já estavam no estreitamento da faixa de rodagem (ponte), e levou um alerta para se começar a chegar para a direita em vez de apertar com os ciclistas.

Não satisfeito com o alerta, ainda nos perseguiu e encostou o grupo …

Em solidariedade com as pessoas que não foram devido ao “aviso” da polícia, e também com a organização que compreensivelmente “fugiu com o rabo à seringa”, e em co-miseração com as pessoas que foram atingidas devíamos em 2023 formar o Tróia-Sagres com a maior participação de sempre.
Nunca tive algum interesse anterior neste evento, mas estou a começar a ficar picado para ir no próximo.


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Sérgio e resto do pessoal,

o que aconteceu em Odemira é muito sério e não devíamos deixar barato. Devíamos fazer barulho é já, porque foi anunciado, de certa forma. O aviso da polícia foi uma retirada da responsabilidade, quando, em um lugar com respeito à mobilidade a polícia iria atuar para que tudo transcorresse bem. O trajeto T-Sagres já é conhecido, as pessoas querem fazê-lo e querem ter segurança para tal, e não medo. Se não fizermos barulho, o medo se espalha. Sugiro, por exemplo, fazermos passeios locais com cartazes sobre o direito de usar as estradas, enfim, com chamadas comunicativas, antes do Natal. Não só pela impunidade, mas também pela inércia do ponto de vista das políticas públicas de educação no trânsito… É preciso educar mais, ter mais sinalização e espaço em vias em que há ciclistas com frequência, mesmo que sejam estradas nacionais… Alguém ficou gravemente ferido e vários ficaram feridos. ISSO É INACEITÁVEL. Temos que fazer barulho de forma a pedir medidas protetivas, sem amplificar o medo.

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E segue a lógica do copo meio cheio, da cândida minimização dos absurdos:

O presidente da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária diz que 560 vítimas mortais em 2022, são vítimas, ora bem, mas olhando para os 25 últimos anos estamos num bom caminho… É de rir de nervoso, pra não chorar com as famílias das vítimas. 560 mortes não podem ser minimizadas. No rompimento de uma barragem morreram 270 pessoas (para não falar dos outros sinistros ambientais). O trânsito de automóvel provoca mais do que o dobro de mortes (e tem suas terríveis consequências ambientais também) e a malta anda dizendo por aí que estamos num bom caminho… Seria preciso fazer mais barulho pra evitar que gente que minimiza desastres governe a política de segurança rodoviária… Sugestões?

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Honestamente, será um trabalho de formiguinha, como a Mubi e outras associações fazem. Tentando influenciar o poder político, local, regional mas sobretudo nacional.

Acções como manifestações e afins têm um impacto muito reduzido. Isto só lá vai mudando políticos e políticas.

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Mas há trabalhos diferentes no formigueiro… E é preciso formigas que se manifestem publicamente por todos nós…

Certo. Mas nos últimos anos houve episódios que espoletaram “massivas” manifestações públicas que rendundaram em algum eco na comunicação e pouco mais.