Apelo à CML - É preciso mais estacionamento para residentes

Exmo. Sr. Presidente da CML
Dr. Fernando Medina,
Exmo. Sr. Vereador
Arq. Manuel Salgado

Cc. AML, EMEL, JF e media

Tendo em conta que numerosos bairros​​ lisboetas ​se encontram já muito além do ponto de saturação no que respeita ao rácio n​º dísticos de estacionamento ​atribuídos vs. ​nº de ​​​lugares disponíveis, serve o presente para propormos à Câmara Municipal de Lisboa​ que inicie quanto antes os procedimentos necessários:​

  1. ​Ao refor​ço da fiscalização por parte ​da EMEL e ​da ​Polícia Municipal​.​
  1. ​À adopção pela EMEL e pela Polícia Municipal ​d​a aplicação https://towit.io (ou de uma aplicação própria semelhante, com geo-referenciação, fotografia e matrícula) como forma de aumentar a eficácia ​no controlo das situações​ ​mais graves ​de estacionamento ​reconhecidamente ​ilegal​.
  1. ​Ao aumento considerável das zonas de estacionamento reservado a moradores já existentes, umas, e a criar de raiz, outras, nomeadamente nos bairros e nos arruamentos claramente deficitários em termos de lugares de estacionamento, por força da presença de grandes-superfícies ou serviços com elevado número de funcionários e utentes que continuam a utilizar o automóvel individual em vez dos transportes públicos e a partilha de automóvel.

São exemplos evidentes deste mal-estar, locais como, por exemplo:

  • ​Praça do ​Princípe Real (​sugere-se a criação de estacionamento reservado a moradores, em volta da praça)
  • Praça das Flores (idem​ e arruamentos limítrofes num raio de 100m​);
  • Praça João do Rio​ (em redor da mesma)​;
  • Praça Afrânio Peixoto​ (idem)​;
  • Impasses (logradouros) do Areeiro; * Bairro do Arco do Cego​ (todo o bairro)​;
  • em volta do Jardim Constantino; ​
  • em volta do Jardim da Parada;
  • em volta da Praça Paiva Couceiro;
  • em volta da Praça do Alto de São João;
  • nos passeios poente da Av. Ressano Garcia​, R​. Fialho de Al​m​eida e R​.​ Ramalho Ortigão​;
  • nas transversais ​da R. Rodrigo da Fonseca (​Bairro do Liceu ​Maria Amália​);
  • em redor do ​J​ardim das Amoreiras;
  • em toda a extensão da ​Rua do Século;
  • ​​Largo ​da ​Academia ​das ​Ciências​;
  • Travessa da Pimenteira (Junqueira);
  • Transversais (“T”) da Rua Maria Amália Vaz de Carvalho;
  • Calçada dos Mestres e Rua D. Carlos de Mascarenhas;
  • Rua Silva e Albuquerque (troço paralelo ao estádio 1º de Maio);
  • Rua e Travessa do Corpo Santo;
  • Av. António José de Almeida (troço defronte à Casa da Moeda e impasses da Av. Defensores de Chaves e Rua D. Filipa de Vilhena)

​ Aproveitamos esta oportunidade para reclamar da CML a “pedonalização” da Rua Júlio Andrade e do Largo da Anunciada, medida que a nosso ver se justifica há muito e que uma vez realizada muito contribuirá para a valorização daquelas duas zonas nobres da cidade;

E para sugerir à CML que ponha termo ao licenciamento de garagens no R/C das habitações na zona histórica da cidade, designadamente em espaços que eram destinados ao comércio e, pior, que não tinham qualquer espaço aberto nas fachadas, como foram os casos recentes ocorridos na Estrela.

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Rui Martins, Inês Beleza Barreiros, Miguel de Sepúlveda Velloso, José João Leiria, Ricardo Mendes Ferreira, Luís Mascarenhas Galvão, Fátima Mascarenhas, Pedro Janarra, Jorge D. Lopes, Nuno Franco, Gonçalo Cornélio da Silva, Júlio Amorim

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Sobre isto ver o seguinte post:
https://www.facebook.com/acessibilidadepedonal/posts/902321576571591

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O estacionamento de carros não é um Direito Fundamental do Ser Humano. A CML deveria reduzir a área urbana gasta em armazenamento de viaturas privadas, dificultando a posse e uso de carro em Lisboa, de modo a incentivar o uso de transportes públicos e bicicleta.

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Também concordo. Menos estacionamentos implica menos carros a circular.

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notem que para esta proposta fazer efeito não é necessário criar mais estacionamento, basta limitar algum do que existe para uso de residentes…

também sou contra a criação de mais parques completamente gratuitos (ou quase)

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Mas por que é que os residentes devem ser positivamente discriminados? Só por causa dos votos?

Achas que o meu direito a estacionar no lugar X deve ser completamente indiferente de:

se trabalho a 100m ou a 100km do lugar X?

se moro a 100m ou a 100 km do lugar X?

eu acho que não, deve haver por ai um sistema de prioridades qualquer… não sei exactamente a melhor forma de o fazer, ou valores, mas parece-me óbvio que não deve ser igual para as 4 pessoas (2*2 hipóteses)

Discriminação positiva aos residentes é uma das formas de combater o uso do carro no dia-a-dia. Se os lugares de estacionamento que existem na rua forem acessíveis a toda a gente… haverá gente de fora, que por trabalhar por ali, se aproveita disso para ir de carro. Se forem exclusivos dos residentes, já não têm essa hipótese, nem a discriminação positiva incentiva a que os residentes usem o carro no dia-a-dia, visto que só são discriminados positivamente na sua área de residência.

Além de que, sabemos que de uma maneira ou de outra teremos sempre estacionamento na rua. Reduzi-lo ao máximo será sempre desejável, mas ao fazê-lo também é preciso atenção que os residentes desse ponto de vista têm uma necessidade maior do que quem vem de fora, e cada nível de necessidade deve ser correspondido com o que se lhe equipara. Claro que o Capitão disse, e bem, que o estacionamento não é um direito (e em Portugal age-se muito como se fosse), e nesse sentido um carro podia ser um bem muito mais taxado (ou taxar-se mais por dísticos de residente, neste caso).

Em todo o caso, uma das coisas que eu acho mais absurda e confusão me faz, é a quantidade de carros que há por agregado familiar. Assim por alto, que eu saiba, não conheço um único agregado familiar que possua apenas um carro… é absurdo, são sempre 2 ou 3! E na zona onde eu moro sinto muito isso… é uma zona onde não existe falta de lugares de estacionamento, eles abundam! Mas é na mesma um pandemónio para se estacionar porque é tudo 2 e 3 carros por casa! Depois é vê-los estacionados em cima do passeio… enfim, e estacionados das formas mais criativas que podem imaginar. Qualquer dia encontro um em cima de uma árvore!

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Quando fui viver para Lx e dirigi-me à EMEL e fiz um contrato com eles em que pagava uma quantia e eles permitiam que eu pudesse parquear o meu veículo numa determinada zona assegurando um determinado conjunto de lugares.

Com as recentes obras o número de lugar disponíveis está em redução abrupta e com tendência para decrescer.

A EMEL está assim a desrespeitar o contrato que fez comigo bem como com todos os Lisboetas que parqueam os seus veículos nas áreas de influência da EMEL.

Se a situação continuar a degenerar e eu deixar de ter hipótese de parquear em local legal vejo-me forçado a escolher o carro em vez da bicicleta pois os “marcianos” só multam durante a semana das 9:00 às 19:00…

Carros e mais carros!
Estou a ver que deviam era de fazer um parque de estacionamento no lugar do jardim do Campo Grande, outro na antiga Feira Popular, e outro na praça do Saldanha! Mandem tudo abaixo e façam lugares de estacionamento! xD é mesmo isso…

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As duas partes do contrato que se entendam.

Agora, por que é que a CML ou outra câmara deve subsidiar espaço para arrecadar propriedade privada no que deveria ser espaço público? Queres estacionar, paga o valor todo: compra uma garagem ou aluga um espaço num edifício privado.

Uma amiga minha uma vez organizou uma manif onde ela e uns poucos foram para um estacionamento ao ar livre, pagaram o ticket e fizeram um piquenique no lugar de um carro.

O espaço a superficie nao expandível: é pedir o impossível querer cada morador ter espaço para o popó…em frente de casa. O problema é o automóvel, e o espaço que ele ocupa. só há uma soluçao para quem mora nesses centros urbanos: ter a sua garagem ou…abdicar do carro.

Exemplo simples:

  • O meu prédio tem 14 apartamentos;
  • Por hipótese, admita-se apenas 1 carro por apartamento = 14 carros;
  • A frente do meu prédio tem estacionamento perpendicular ao passeio;
  • A frente do meu prédio tem ~15 metros;
  • Cada carro estacionado ocupa em média ~3 metros;
  • 15 metros disponíveis divididos por 3 metros por carro dá espaço para 5 carros!

Ou seja, na frente do meu prédio só consigo estacionar 5 carros e existem 14.

Se expandirmos o exemplo para a minha rua que tem 10 prédios da mesma tipologia, chegamos à conclusão que existe espaço físico para 50 carros mas na realidade existem 140 (quase 3 vezes mais).

Qual é a solução? Esticar a rua? Mandar prédios abaixo para construir estacionamento? Estacionar nos passeios?

É assim tão difícil compreender que simplesmente não existe espaço para tudo?

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@Freire, já experimentou recorrer a um serviço de car sharing? :wink:

https://www.citydrive.pt/

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Já viu o número de carros disponíveis?

O que teria de fazer a pé até ao ponto de recolha com um miúdo tendo piscina às 9:15 de sábado?

Depois de entregar o carro a distância que teria de percorrer com as compras ou então teria de parquear o carro de qualquer maneira com um miúdo, descarregar o carro e depois com o miúdo ir entregar o carro e depois fazer o percurso a pé até casa?

Isto para não falar do custo

Atendendo ao tempo que seria preciso seriam 40€ por semana, 160€ por mês.

Até agora em combustível só precisei de 60€ e já estamos em Março e só conto colocar combustível no fim deste mês…

Não é uma opção viável de uma forma sistemática…

Mais uma razão para não se reduzir os locais existentes para moradores…

Mais uma razão para verificar que a política camarária de Lisboa é insana…

O que está a acontecer é que estão a reduzir os locais de estacionamento.

O que eu e todos aqueles que têm carro mas utilizam a bicicleta ou os transportes públicos no seus movimentos pendulares é que a câmara de Lx respeite os acordos que fez com os lisboetas.

Você já se informou acerca do car sharing? Parece que não. Neste momento estão 16 carros disponíveis para quem quiser utilizar, estão espalhados pela cidade e não nalgum tipo de posto, e pode deixá-lo também em qualquer sítio do concelho de Lisboa. Claro que eventualmente pode ter que andar um pouco até ao carro mais próximo (é um problema para si?), mas depois pode deixá-lo à porta de casa. Não tem de o entregar em lugar algum…

As tarifas, olhando para elas, parece-me que 40€ por semana já é para alguém que faz muito uso dele. Usar 1 vez por semana para levar o miúdo à natação e outra vez para ir às compras não faz esse montante. Além de que o interesse do car sharing é permitir não ter carro próprio… o que permite uma poupança colossal e menos preocupações com o estacionamento.

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Acha 16 carros disponíveis suficiente sem reservas?

Com natação às 9:15 tendo de chegar à piscina pelas 9:00 é claro que a distância a percorrer até ao carro tem relevância uma vez que vai implicar nas horas que o meu filho tem que se levantar…

O problema com o estacionamento mantém-se uma vez que é necessário parquear o carro depois de ser utilizado…

Relativamente aos custos

São 10€ por hora.

Como o uso seria das 9:00 às 14:00 seriam 4 horas semanais o que perfaz 40€ semanais e 160€ mensais…

Por ano sai-me muito mais em conta manter o meu carro que tenho mesmo entrando com IUC, manutenção do carro, gasolina e seguro…

Isto para não falar nas férias que as faço de carro…

O que é isso de “locais existentes para moradores”?

É que a CML não tem a obrigação de subsidiar estacionamento aos moradores todos.

Eu acho uma certa piada a estes argumentos. Se eu quiser comprar uma garagem gasto 500€/m^2. Largo 6000€ para ter o carro estacionado dentro do prédio. Se falarmos do preço por m^2 para habitação então os valores multiplicam por 5 ou mais. Mas depois ficamos muito indignados quando pedimos um dístico de residente gratuito para uma viatura ocupar 12 m^2 de espaço público e ainda achamos que isso é um direito constitucional como o direito à alimentação.

No caso da minha rua não há mais nada. Há estrada, há estacionamento e há passeio. Ponto! E não cabem os carros todos nos lugares disponíveis. Qual é a solução @Freire? Onde se estacionam os carros da malta que não o consegue fazer à porta do prédio?

Quando é que o uso do espaço público para criação de passeios, parques, jardins, zonas de lazer começou a perder importância face ao estacionamento? Isto do tuga típico preferir passear os putos em parques de estacionamento em vez de passeios faz uma comichão desgraçada.

Há que perceber. Em virtude do espaço público disponível é impossível estacionar todos os carros à porta de casa. O direito ao estacionamento privado não pode nem deve sobrepor-se ao direito de todos os cidadãos usufruírem desse mesmo espaço.

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