As colinas de Lisboa são um tema recorrente quando se fala de Lisboa.
Recentemente, pela força das circunstâncias comecei a utilizar assiduamente duas das carreiras BikeBus e a experiência é incrivelmente positiva.
Em particular a carreira 723, de Algês ao Desterro resolve uma boa quantidade de situações uma vez que passa no alto do Restelo, nas rotundas no cimo do Monsanto, nas Amoreiras, no Marquês e no Campo dos Mártires da Pátria.
O 724, menos versátil, resolve a situação da rota Norte - Sul de Lisboa.
A frequência de ambas as carreiras é bastante boa, cada autocarro pode levar 4 bikes, e na maioria estão preparados para isso com cintas de velcro.
Resumindo, não é uma chatice e uma suadeira ir jantar a campo de Ourique ou Campolide ou Amoreiras e deixei de chegar a casa (Restelo ou Ajuda) sem ter que ir mudar de tshirt
Boa partilha de informação Rui.
Sugiro mudares o título para ficar mais facilmente pesquisável.
Por ex: “Transporte de Bicicletas na Carris Autocarros 723 e 724 e o mito das Colinas de Lisboa”
Boa Gonçalo, aceitei no essencial a tua sugestão e alterei.
Não segui a sugestão totalmente porque não concordo com a estratégia de desvalorização da colinas de Lisboa que temos seguido:
Acho que as colinas são um mito na medida em que há estratégias para as superar, não são um mito quanto à sua existência real e uma estratégia que as desvalorize “tout court” foi e é um tiro no pé.
Conheço algumas pessoas que gostariam de usar mais a bicicleta mas para quem a simples subida da Av. da Liberdade ou da FPM é um obstáculo insuperável.
E já agora, talvez valesse a pena a MUBi patrocinar um pouco a divulgação destas duas carreiras, pela minha prática elas têm uma utilização mínima e, se não estará em causa a sua extinção, naturalmente, um uso mais massivo ou pelo menos uma consciência mais generalizada da sua existência pode ter impacto na mobilidade em Lisboa.
Talvez até em contactos com a CML se pudesse sugerir a criação de um logo BikeBus ou publicitação mais agressiva nas paragens chave como a do Marquês de Pombal.
Imagino que é possível uma utilização massiva no troço Marquês de Pombal Amoreiras para uma distribuição pela colinas da parte ocidental ou na inversa para a zona dos Anjos.
Sinalizar ao motorista, para ele abrir a porta de trás.
Entrar e calmamente usar os felcros para fixar as biclas. (O espaço em frente da porta traseira foi ampliado com a retirada dos últimos bancos e colocado o varão com as cintas).
Só depois validar o título de transporte.
O que quer dizer que depois de entrares com a bicicleta, o autocarro retoma a marcha, por vezes entras primeiro que o total dos passajeiros que estão ainda a validar o título à entrada… Se for mais que uma bicicleta a entrar é ter o cuidado de pôr do lado de fora a primeira a sair.
Reconheço que se houver 3 ou 4, haverá alguma maior dificuldade…
Da minha experiência nunca me ocorreu nas paragens relevantes encontrar os autocarros cheios, mas à saida sim. Quando pedi espaço para tirar a bicicleta ninguém pareceu agastado.
Não, não atrasa o autocarro, porque entra-se pela porta de trás, prende-se a bicicleta no sítio devido, e só depois vamos validar o título junto do motorista (e, claro, ele não espera por ti para retomar a marcha).
A única crítica que faço, é que acho o sistema de fixação das bicicletas muito pouco prático. Nunca consegui prendê-la eficazmente (só usei o serviço uma vez e acredito que ao final de umas quantas de vezes apanhemos-lhe o jeito… mas devia ser fácil à primeira tentativa), e acabei por permanecer de pé todo o caminho junto à bicicleta para segurá-la. Vocês conseguem prender bem?
Sim, consigo, mas não foi à primeira
O segredo é procurar “abraçar” a bicicleta numa boa extensão de forma a que haja um boa extensão de contacto dos velcros para que não se solte, eventualmente passar por uma das rodas para não se deslocar