Atropelamento fatal | Vigília | Ciclistas insistem em máximo de 30 km/h em zonas urbanas após acidente fatal

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Até quando se tolera estes abusos de velocidade mas cidades? Quantas mais vidas tem de ser colhidas?

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Mais uma tragédia, praticamente um ano depois desde o atropelamento da Ana no Campo Grande… e sem que nada mude.
numa recta com boa visibilidade, sem cruzamentos… enfim

dá vontade de repetir a vigilia que foi feita o ano passado em frente à CML, pela Ana e por todas as vitimas nao sejam esquecidas ate que deixem de ignorar o problema e algo mude

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Notícia no Lisboa para Pessoas:

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V.max. de 30km/h nas cidades já!

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Eu já acho que seria uma enorme vitória se houvesse fiscalização real das velocidades. A probabilidade de alguém em enorme excesso de velocidade levar uma multa em qualquer rua/avenida é quase nula. É tão inexistente a fiscalização que quem leva uma multa até se sente indignado por lhe ter calhado a ele.
Concordo com o limite de 30km/h mas simplesmente inscrevê-lo na lei sem qualquer campanha intensiva de fiscalização é totalmente ineficaz.
As probabilidades devem inverter-se, deveria passar a ser tão provável acabar multado como é hoje provável passar-se impune.

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É justamente por causa disso que falas que acho q o limite deve passar para 30km/h. Quando isso acontecer vais continuar a ver muita gente a 50km/h (infracção leve à qual as autoridades fecham os olhos), mas acima disso já começa a ser uma contra-ordenação grave e as autoridades já podem começar a autuar de forma mais musculada.

Basicamente o que tens agora é um clima de impunidade até aos 70km/h nas cidades.

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No TVI 24: CICLISTA GRÁVIDA MORRE APÓS COLISÃO COM VEÍCULO NA AVENIDA DA ÍNDIA

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Como o correio de manhã deu a notícia…

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vergonha! de Jornalismo, de respeito á vida… tudo.

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Ciclistas (e não só) fazem vigília na Avenida da Índia pelo fim da insegurança na estrada. No Público.

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Morte de ciclista grávida gera onda de indignação. No jornal de Notícias.

Portugal, um país onde se morre mais na rua do que na estrada. Abel Coentrão, Público.

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Ciclistas insistem em máximo de 30 km/h em zonas urbanas após acidente fatal

A 26 de julho, um carro atropelou Patrizia Paradiso, de 37 anos, na Avenida da Índia, em Lisboa. Patrizia, grávida de cinco meses, circulava de bicicleta. Do sul de Itália, tinha vindo para Portugal há 14 anos, onde fez o mestrado e doutoramento. Era investigadora em engenharia de metais no Instituto Superior Técnico. Patrizia Paradiso não resistiu aos ferimentos e perdeu a vida no hospital.

Para 3 de julho, está marcada uma vigília pelo fim dos atropelamentos como o que matou Patrizia Paradiso, que será assinalada em várias cidades do País. Em Lisboa, acontece no local onde se deu o acidente no dia 26. Para a Associação para a Mobilidade Urbana em Bicicleta (MUBi), a Avenida da Índia é “um troço onde a velocidade permitida por lei é infringida de forma persistente”. “A coexistência de bicicletas e automóveis em segurança é dependente do número de veículos e da sua velocidade de circulação. É da responsabilidade do gestor da infraestrutura, a CML, a garantia da segurança e conforto de todos os modos de transportes em toda a sua rede viária.” Mas até agora, responsabilizam-se os utilizadores das vias com uma “negligência política inadmissível”.

Além da MUBi, 27 outras organizações da sociedade civil organizaram a vigília. “Terá motivações únicas e pessoais para cada um dos participantes, mas repete a tristeza e pesar de forma simbólica por parte da sociedade civil. Da parte da MUBi será principalmente um apelo à responsabilização política e exigência de medidas urgentes e consequentes por parte de governos e autarquias que deveriam ter como prioridade e responsabilidade a segurança de todas as pessoas”, explica à SÁBADO fonte oficial da MUBi.

A medida mais urgente é a redução das velocidades permitidas nas zonas urbanas até um limite de 30 quilómetros por hora, frisa a associação, como é defendido pelo Parlamento Europeu, OMS e Nações Unidas, bem como vários governos que assinaram a Declaração de Estocolmo.

Ainda não aconteceu devido à “falta de coragem e responsabilidade política do Governo e autarquias”. Mas não fica por aqui. “Grande parte dos sinistros com bicicletas ocorre nas intersecções - apesar dos raros que ocorrem fora destas serem geralmente mais graves. Por isso, para além da redução das velocidades generalizada em zonas urbanas, deveríamos ter especial cuidado na proteção dos mais vulneráveis nas intersecções - tal implica medidas físicas para a redução das velocidades de aproximação e durante as manobras de mudança de direcção”, acrescentam.

Outro problema é a infração do Código da Estrada por parte dos automobilistas, “por ignorância ou falta de cuidado”, no que toca à ultrapassagem de quem se desloca em bicicleta. “Esta manobra é efetuada de forma correta quando: 1) É reduzida a velocidade e 2) É mantida uma distância de 1,5 metros do utilizador da bicicleta e 3) é ocupada a via adjacente, quando esta exista. Ora, as forças de segurança não publicam as estatísticas com o número de atuações por ano dos automobilistas que não cumprem estas regras. No entanto, há poucos anos, a GNR disse que este número nem sequer completava os dedos de duas mãos.”

A CML sofre de “falta de ambição na reconversão do espaço dedicado em excesso ao automóvel e na redução da velocidade”. Por isso, a MUBi exige a criação de uma Comissão de Acompanhamento do estado da Rede Ciclável, para “evitar erros grosseiros, nomeadamente ciclovias sobre os passeios, intersecções com desenho negligente, mas também falta de fiscalização e controle de comportamentos que colocam quotidianamente em perigo utilizadores vulneráveis”.

Apesar de em fevereiro de 2019 a MUBi ter sido convidada a integrar o Conselho Consultivo do Plano Municipal de Segurança Rodoviária (PMSR), não há reuniões desde março desse mesmo ano. “Nunca mais fomos consultados. Em Maio deste ano solicitámos um ponto de situação à Câmara Municipal de Lisboa, com conhecimento para a Assembleia Municipal de Lisboa, não tendo obtido, até à data, qualquer resposta.”

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“A 26 de julho”?! WTF? Nessa revista não têm proofreaders?!

Américo Silva, antigo ciclista profissional e diretor desportivo, viu Patrizia Paradiso, de 37 anos e grávida de quatro meses, caída no chão logo após o brutal acidente na avenida da Índia, em Lisboa. “A rapariga estava no chão. Ainda estava com vida mas rapidamente me apercebi da gravidade da situação”, contou o ciclista, num relato dramático da colisão que aconteceu na manhã de sábado.

Américo Silva vinha de Cascais, de bicicleta, em passeio com um grupo de amigos. Eram 8h45. “Havia muito sangue na estrada”, recordou ao CM. Viu muitos acidentes ao longo da vida e, pela gravidade deste, anteviu o trágico desfecho: a morte. “No embate, a rapariga terá virado para trás, batido com a cabeça no vidro do carro e depois terá sido cuspida para a estrada”, explicou.

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O antigo ciclista profissional acredita que o condutor, um idoso com cerca de 80 anos e que terá ficado encadeado pelo sol, viria em excesso de velocidade. Foi Américo quem partilhou a fotografia do carro e da bicicleta nas redes sociais. “Tinha de fazer alguma coisa para consciencializar as pessoas do que é o código da estrada, porque a maior parte dos automobilistas não têm conhecimento do código”, afirmou ao Correio da Manhã.

No final de maio, também o ciclista foi atropelado por uma viatura. O carro passa, uma primeira vez, a cerca de dois palmos de Américo Silva. Depois, mais à frente e à saída de uma rotunda, voltam a cruzar-se: o o retrovisor atinge-o no cotovelo. Para não cair, o ciclista bateu com o ombro no carro. O condutor travou a fundo e virou a direção para o lado de Américo. “O condutor fez aquilo com maldade, no meu caso. São palavras dele: eu não deveria andar na estrada. Que estava uma ciclovia ao lado e que eu deveria andar na ciclovia”, referiu. O condutor não pediu desculpa. O ciclista criou uma petição para levar o tema à Assembleia da República. O objetivo é sensibilizar o Governo.

PORMENORES
Vacina para sinistralidade
A MUBI - Associação pela Mobilidade Urbana em Bicicleta defende que a “vacina” mais eficaz para a redução da sinistralidade é a redução generalizada das velocidades. Promoveu estudo que revela, por exemplo, que 95% dos carros que circulam na avenida Infante Dom Henrique, Lisboa, excedem os limites.

Avenida “autoestrada”
Considera a MUBI que cabe ao gestor da infraestrutura, a Câmara de Lisboa, garantir a segurança e conforto de todos os modos de transporte. Os organizadores da homenagem a Patrizia dizem que se deve repensar o perfil “autoestrada” desta e de outras avenidas.

AÇÃO PELAS VÍTIMAS EM VÁRIAS CIDADES
No sábado, vigílias em memória das vítimas da sinistralidade rodoviária acontecem em vários pontos do País. Porto, Leiria e Braga juntam-se a Lisboa na ação.

Família prepara em Lisboa trasladação de corpo de Patrizia Paradiso para Itália
O irmão de Patrizia Paradiso, de nacionalidade italiana, está em Lisboa para tratar dos trâmites funerários para concluir a trasladação do corpo da professora do Instituto Superior Técnico (IST) para Itália. A morte brutal abalou família e amigos, que preparam para amanhã uma homenagem. O presidente do IST lembrou-a nas redes sociais. Era “uma investigadora de enorme potencial, reconhecida, respeitada e amada por todos os colegas e alunos que com ela se foram cruzando, dentro e fora do País. O Mundo fica mais pobre”, escreveu Rogério Colaço.

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Na cidade, no campo, a bicicleta é sempre a vitima frente a engenhos que ultrapassam a tonelada, e que atingem altas velocidades.
Longe de mim de atirar a pedra ao desgraçado do smart que vai ter de viver o resto da vida com este homicidio involutário na consciência.
Em Setembro do ano passado, foi a vez do meu irmão de 46 anos e o filho de 16anos, ambos a fazer bicicleta de estrada no campo, de morrerem imediatamente.
Todos os dias passo no túnel do Rego, mal iluminado, e pergunto me quando será a minha vez…

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Julgar em praça pública não é a solução, é verdade. Mas não vejas estas pessoas como “pobres coitados que vão ficar com a consciência trucidada”. A vida é feita de escolhas e essas escolhas têm impacto em nós e nos outros. Se um tipo decide não parar ou abrandar significativamente o carro por estar alegadamente encandeado, e em virtude dessa escolha, tira a vida a alguém, não há que ter pena. Não é premeditado mas é negligência grosseira. Como é que nunca passou pela cabeça destas pessoas, que esse tipo de ação poderia ter esse desfecho?

Qual foi a consequência para a pessoa que matou o teu irmão e o teu sobrinho?

Não consigo imaginar, nem de perto, o que é uma família passar por uma situação dessas. :broken_heart:

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