Autocarros na A5

Tens de sair de bike na Cruz Quebrada e vais dar um passeio ao Golfe e ao Estádio e ao Ténis…

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Só conheço bem ali a zona do parque urbano onde fica o minigolf. Costumava ir para ali correr.

Há outra questão que já se me tem levantado. Em que tipo de sistema estarão aquelas cabeçinhas a pensar?
Se for uma única carreira, com início em Cascais e fim no Marquês de Pombal, poderá perder muita competitividade porque terá que sair várias vezes da auto-estrada e entrar de novo, para apanhar pessoas. Ou será antes várias carreiras directas? Uma desde Cascais, outras desde Oeiras, etc?

A mentalidade continua a mesma, centralidade em Lisboa. Os parques empresariais que ficam pelo caminho continuarão esquecidos e portanto a única forma de lá chegar será de automóvel. Para quem falou no autocarro Marquês-Tagus Park por acaso já se dignou verificar os horários? Não chegam a 1 dezena no periódo da manha a começar às 7 h. Pelas 21 h já não há nenhum. E sabe quantos são suprimidos por semana? Pois informe-se. Depois pedem flexibilidade laboral em transportes públicos, só se for para a função pública!
Quanto aos operadores, há 4 anos várias empresas da zona de Alfragide e a câmara municipal ,( zona que emprega cerca de 100 000 pessoas), entraram em contacto com a Vimeca(monoplista da zona) para aumentarem a oferta e assim reduzir a necessidade de estacionamento e o resultado foi um imediato NÂO. Nem se dignou a negociar o que quer que seja. Deviam nacionalizar os transportes públicos. Operadores privados criam carteis e uma oferta miserável. Portanto antes dos betinhos mandarem postas de pescada, informem-se!

Eu acho que a questão de nacionalizar “porque é melhor” é uma visão demasiado simplista da coisa…

Ainda bem que existe um núcleo forte nas áreas metropolitanas. É mais fácil financiar uma rede assim que uma coisa dispersa. Mas em relação ao TagusPark… dúvido muito que esse transporte que se fala na A5 não contemplasse esse parque. Em todo o caso, esse parque é o ex-libris da visão carro-cêntrica da câmara de Oeiras.
Eu não sou a favor da privatização dos transportes… mas olhe, por acaso nos países onde eles melhor funcionam é tudo com gestão privada, e o metro do Porto (que funciona muito melhor que o de Lisboa) também tem gestão privada. Não é por aí. Já pensou que talvez a câmara não tenha sabido falar com a Vimeca? Se calhar queriam que a Vimeca aumentasse a oferta e esse acréscimo de oferta fosse todo financiado pelos utilizadores! Estou a especular, mas basta o motivo ser esse, para inviabilizar o acréscimo de oferta. As empresas não existem para perder dinheiro, tal como o @Three não vai trabalhar todos os dias para perder dinheiro.

Conheço os detalhes da “conversa”. A Vimeca foi simplesmente intransigente e monopolista. O sucesso da gestão privada depende fortemente da cultura empresarial do pais em causa e em Portugal, definitivamente, não funciona! O transporte público não dá lucro em praticamente nenhum país, tem de ser encarado como uma custo necessário e enquanto assim não for, a oferta será a miséria que temos e os carros proliferarão.

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