Avenida 24 de Julho, o que usar quando se tem pressa?

Ontem ao fim da tarde passei na 24 de Julho em direção a Cascais e optei por seguir pela via BUS dado ser a que tem menos intersecções, automóveis, pessoas e todos as outras coisas que podem ser obstáculos perigosos quando se pedala a mais de 30km/h.
Já o tenho feito à cerca de um ano sem nunca ter tido chatices, mas ontem tive o caso de um Eléctrico que se veio colar aos gritos a mandar-me para a ciclovia, e a ameaçar que me passava por cima e que eu é que ia para o hospital. Depois de ter ido à PSP onde me aconselharam a fazer queixa antes na Carris, pergunto, na vossa opinião qual o melhor trajeto a ter numa bicicleta neste local?
Com os melhores cumprimentos,
Filipe Sousa

Eu não acho que a 24 de Julho seja das piores avenidas em Lisboa. Já a fiz várias vezes pela faixa dos carros.
Acho que nesse troço, a coisa agrava-se a partir da avenida da Índia, e torna-se a agravar a partir da avenida Marginal. Dessas 3, a 24 de Julho é a mais tranquila, portanto nunca vou pela via BUS ali (até porque alguns autocarros e táxis são grandes aceleras ali).

Fizeste bem em apresentar queixa.
Nunca tive problemas com eléctricos. Da próxima, tenta posicionar-te temporariamente na via da esquerda para o deixares passar.

2 Curtiram

A via da esquerda é contra mão, levando a ter de olhar para trás, para a frente e para baixo por causa dos carris! Na 24 de Julho alem de se ter com maior frequência sinais vermelhos, tem-se automóveis parados, e automobilistas em excesso de velocidade, daí a minha inicial ideia de que o meio mais seguro seria pela via BUS.

E não foste à Mega Massa? oh?

aquela cena que não liga nada com nada? ou a “outra” à beira rio?

GearBest tem camaras de filmar a 20€ para depois mandares para a Carris e para a PSP as imagens dessas ameaças.

É possível que a faixa BUS seja mais segura. Por acaso nunca a usei mas acredito que sim. Tem muito menos tráfego, e pelo menos os motoristas da Carris costumam ser bons profissionais… e sendo uma zona onde não falta espaço porque é só de transportes públicos, os táxis conseguem ultrapassar da forma apressada que gostam sem que com isso tenham de fazer uma razia.

Devemos tentar facilitar a fluidez dos transportes, ainda para mais eléctricos que não se conseguem desviar. Na Almirante Reis já me pus na esquerda para deixar passar um que vinha atrás. Temos de olhar para trás para garantir que não vem nenhum (mesmo aí pode vir algum táxi a ultrapassar o eléctrico), e para a frente vê-se bem… diria que só ali na parte que fica em frrente à estação de Santos é que não se tem um bom ângulo de visão por ser uma curva, mas de resto.
Eu tenho um medo enorme dos carris… embora tenha tido apenas um susto e não tenha sequer caído ou batido contra nada (mas tive uma sorte dos diabos! porque o automobilista que vinha na direcção oposta vinha atento e foi simpático, parou para ver se estava tudo bem porque percebeu que fui para a via oposta porque perdi por completo o controlo da bicicleta). Pah, não sei, parece-me de uma facilidade tremenda que o pneu ali prenda, e todos os dias tenho de passar por uns e lembro-me sempre que se por acaso malhar ali, o passeio ao lado tem logo uns pilaretes muita fixes para me amparar a cara loooool.
Mas pronto… no meio disto, acho que não devemos ter muito medo disso, e tentarmo-nos guiar por aquilo que sabemos como mais ou menos funciona, que é abordar os carris da forma mais perpendicular possível a eles. Para passar da via da direita para a da esquerda atravessando carris, é fazer o movimento mais brusco possível.

eu sempre fiz pela faixa bus, sempre sem problemas. vou sempre com atenção para se vier algum eletrico me desviar para o lado esquerdo para o deixar passar.
as vezes os taxistas passam ali a abrir, mas nunca tive problemas

nao sei se agora com a ciclovia santos->cais vao tolerar menos a “invasão”… ainda assim, pelo menos no sentido alcantara->cais do sodré continuará a ser a minha escolha, até porque a ciclovia ainda não faz o percurso todo da faixa bus e é tudo menos pratico ir de alcantara até santos na estrada, a meio cruzar a avenida para o outro lado para apanhar a ciclovia e ir até ao cais onde é preciso voltar a cruzar a avenida ^^

Nessa zona só usei a via BUS uma vez. Depois das buzinadelas dos taxistas e da preocupação em deixar passar o eléctrico, desisti e sigo sempre pela via de trânsito “normal”. Os semáforos ainda são alguns mas nada de extraordinário.

1 Curtiu

Os taxistas da “1ª geração” dita primitiva, são o maior perigo quando andam a alta velocidade nelas.

Na via em causa, muito pelo contrário, já que devido ao seu reduzido movimento, eles facilmente ultrapassam com a devida distancia (não sei se serão os 150cm mas não são razias de modo algum) ao contrário de muitos condutores que na marginal com a via da esquerda livre, continuam a fazer razias! Dado as opiniões que vou lendo acerca deste assunto, aqui mas principalmente no facebook, enviei um email à câmara municipal de Lisboa na esperança que me esclareçam relativamente ao usar-se a bicicleta nas vias reservadas aos transportes coletivos, e depois vou ter todo o gosto de a partilhar aqui convosco! Cumprimentos.

2 Curtiram

Vais receber a mesma resposta que já outros receberam. Que a permissão de utilização está pendente de aprovação pelo IMT e que a ser efectivada, será apenas em algumas artérias pontuais. Neste caso da 24 de Julho, e com a criação da ciclovia, duvido que permitam a circulação de velocípedes na via BUS.

O mau é continuarem a criar ciclovias, com degraus maiores que a altura dos pneus -.- (das de estrada entenda-se)

Concordo. Infelizmente estas ciclovias não são a solução ideal. E não o são porque ainda existe aquele pavor intrínseco de se mexer na rodovia para não estorvar os carros. E esta da 24 de Julho até pode ser prática no sentido Cais do Sodré - Santos. Ao contrário é para esquecer… a menos que venhas ali do lado norte (assembleia e arredores). Se vieres de Alcântara é impensável usar aquilo, pelo menos para já.

Tenho em conta a intervenção profunda que apresentaram para o Vale de Alcântara, com ciclovia incluída (imagino que ao longo da avenida de Ceuta, se bem percebi), parece-me que há-de existir uma intenção clara de estender a ciclovia de Santos, pelo menos até aí.

E que fácil é fazê-lo, a avenida é gigante!

2 Curtiram

Tenho dificuldade em compreender a opção pela faixa BUS na 24 de Julho… com os carris? Isso não introduz um elemento de stress adicional?

1 Curtiu

A mim o que me causa stress são os objectos moveis, os carris estão quietinhos, na estrada os automobilistas tanto te ultrapassam a fazer razias como de seguida param à tua frente para estacionar ou outro motivo qualquer, e claro que os piscas só se ligam depois de já ter parado… Mas agora quando atropelar alguém na ciclovia, se não me tiver aleijado ou estragado a bicicleta, sigo como “as pessoas de bem” que andam atrás do volante fazem. Mas atenção que não fui eu que atropelei aquela vitima na noite de santo antónio, apesar de lá ter andado a fazer razias aos imensos piões de copo na mão.

O codigo da estrada e claro, na faixa BUS so podem circular velocipedes se existir autoriza;ao explicita no local pelo que nesse ambito qualquer queixa carece de legitimidade legal

Não existe falta de legitimidade legal.

O facto de ser ilegal circular de bicicleta ali, não invalida que não seja também ilegal a conduta de outros utilizadores face a quem ali circula, mesmo que ilegalmente. Mesmo que eu circule numa via BUS em Lisboa (que é sempre ilegal), continua a ser ilegal que alguém me ultrapasse sem dar uma distância lateral de 1,5m. Uma ilegalidade não anula a outra. São duas ilegalidades independentes, praticadas por duas pessoas diferentes.

2 Curtiram

Uma ilegalidade nao justifica outra. Podes querer penalizar a ma conduta de quem circula numa via para si reservada mas nao te livras de ser penalizado por circular onde nao deves

É precisamente isso que eu estou a dizer.

1 Curtiu