Carros verdes (?)

Uma vergonha.

Vergonha porquê? Porque os peões e ciclistas circulam com fones nos ouvidos?

Já que esta “solução” é uma vergonha e uma tristeza, qual a solução “inteligente” proposta pelos “gurus” para o problema ?

Muito curioso.

https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1352231016308548

Vá, diz lá qual a conspiração em curso neste caso …

Innas performs innovative developments in the field of hydraulic components, hydraulic drives and combustion engines.

https://www.innas.com/fallacies.html

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Parece que o three nunca ouviu falar nos outros tipos de poluição. Sonora,luminosa,etc.

A quarta, 12/06/2019, 17:12, João Almeida via Fórum da MUBi [email protected] escreveu:

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Claro que não, a inteligência ficou toda do lado dos autofóbicos, não sabias?

E eu que estava ansioso que o motor a combustão desaparecesse por completo para eliminarmos a poluição sonora e ruído das nossas cidades… oh god… :tired_face:

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Não vais ter sorte mesmo que eliminem todos os motores de combustão

Mas se queres eliminar os outsiders basta eliminar as razões que os obrigam a ir lá. Empresas e empregos,serviços. Mas isso já não queres, pois não ? O que tu queres é uma cidade para usufruto dos residentes mas servida por escravos que se amontoam em TPs sobrelotados para lá chegarem.

Pah eu juro que não te percebo… tu ora criticas as empresas por se concentrarem todas no mesmo local, ora as criticas por se instalarem no cu do Mundo para onde não há transportes de jeito (tipo TagusPark). Como é, afinal?

Também já pensaste que é muito mais fácil financiar uma rede de transportes públicos, se as pessoas se moverem em massa para o mesmo núcleo? As próprias empresas tendem a concentrarem-se umas perto das outras, por questões de gestão, de planeamento, de logística, de partilha e diluição de custos… Porque é que existem zonas industriais? Porque é que existem zonas comerciais? Porque é que Paços de Ferreira é a capital do móvel? São fenómenos bem conhecidos e estudados.
Mas imagina que às empresas falha algum raciocínio lógico e que se espalham por aí sem qualquer tipo de ordem ou critério. Não tinhas de lutar por uma rede de transportes eficiente e de qualidade apenas entre Torres Vedras e Lisboa. Tinhas de lutar por uma rede de transportes eficiente e de qualidade entre Torres Vedras e Lourinhã, por uma rede de transportes eficiente e de qualidade entre Torres Vedras e Peniche, por uma rede de transportes eficiente e de qualidade entre Torres Vedras e Ericeira, por uma rede de transportes eficiente e de qualidade entre Torres Vedras e Sobral de Monte Agraço, por uma rede de transportes eficiente e de qualidade entre Torres Vedras e Alenquer, por uma rede de transportes eficiente e de qualidade entre Torres Vedras e Nazaré, por uma rede de transportes eficiente e de qualidade entre Torres Vedras e Óbidos, por uma rede de transportes eficiente e de qualidade entre Torres Vedras e Pombal, por uma rede de transportes eficiente e de qualidade entre Torres Vedras e Porto de Mós, por uma rede de transportes eficiente e de qualidade entre Torres Vedras e Batalha, por uma rede de transportes eficiente e de qualidade entre Torres Vedras e Alcobaça, por uma rede de transportes eficiente e de qualidade entre Torres Vedras e Bombarral… Etc etc etc etc etc.
Senão houvesse muita gente a ir de Sintra a Lisboa todos os dias, a linha de Sintra teria de ter muito menos oferta (ou passaria a ser muito mais cara já que andaria muito mais vazia), e haveria a preocupação adicional de transportar pessoas todos os dias de todos os outros locais para Sintra. Portanto a própria linha de Sintra deixaria de ser suficiente para servir Sintra, tinhas de ligar Sintra directamente a tudo o resto. O mesmo em relação a todas as outras localidades e vilas… era uma festa de investimento público em obras e infraestruturas. Havia de ser bonito. Ou então não havia nada disso e andávamos todos de carro para todo o lado porque já não haviam pessoas a deslocarem-se em massa (cada um ia para o seu cantinho, não havia um destino partilhado) e não me parece que o Estado consiga pagar um chaffeur a cada cidadão… com todos os custos sociais, económicos e ambientais que isso implica.

Mas sabes porque é que pensas assim? Porque não aceitas o transporte público como uma solução e alternativa ao automóvel particular… o teu maior problema não é teres transportes públicos de merda, o teu maior problema é o teu local de trabalho não ficar num sítio onde se ande de carro à vontade.

https://pplware.sapo.pt/motores/boom-do-carro-eletrico-na-suecia-ameaca-fornecimento-de-energia/?fbclid=IwAR1fnQUfE5YRppole2eyCjgyhkQIC981vz35k4NDsDHB7Xp32xmJkI2C6RE

Eu não critico isso, apenas estava a justificar a existência de elevados volumes de tráfego nas cidades quando a rede de transportes públicos é uma m*rda.

A crítica mantém-se, se a solução para reduzir tráfego nas cidades é colocar as empresas no cú de Judas ignorando a necessidade de TPs para esses locais então ficamos na mesma!

Claro que sim, mas relativamente aos parques empresariais nada foi foi feito em termos de TPs

Isso é uma falácia. Com a revolução digital já não existe necessidade de proximidade física para a interacção entre empresas e o custo dos espaços empresariais cresce com a ocupação.

Porque são as zonas aprovadas pelos PDMs para instalação de empresas.

Porque reune no mesma área know-how e fontes de matéria prima para essa actividade. Daqui a pouco estás a perguntar porque razão não existem pedreiras no Lagoas Park.

Pronto, já estamos a chegar a algum lado!

As empresas não necessitam de proximidade física? Isso depende, e muito, do sector como é óbvio. Além de que nem sempre tem a ver com a proximidade com as outras empresas per si, tem simplesmente a ver com o facto de serem zonas, como tu mesmo referiste, em que existe muito know-how, e também onde existem melhores transportes públicos. O transporte público tem um papel fundamental e isso tem-se reflectido por exemplo no índice de competitividade dos municípios portugueses, onde Oeiras tem caído a pique. Lisboa, por exemplo, consegue atrair gente qualificada residente em toda a área metropolitana, enquanto que o raio de acção ou de influência de Oeiras é muito mais limitado… há já muitos jovens qualificados que não possuem carro (nem planeiam ter porque são caros), o que faz a atractividade dos parques empresariais de Oeiras (podiam ser outros mas é um exemplo clássico) caírem a pique.

O problema do tráfego nas cidades não é por acumularem nelas muitos postos de trabalho. É antes a rede deficitária de transportes públicos!

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Yap, eu trabalho em alguns projectos com a A-to-Be que está no Lagoas Park e eles dizem que é muito difícil contratar alguém para ir para lá, especialmente jovens.

Há inclusivé malta a dizer que só está disposta a trabalhar numa empresa que se encontre na proximidade das estações de uma determinada linha do metro de Lisboa.

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Empresas de TI que se instalam nos parques de Oeiras não possuem qualquer necessidade de proximidade física. O tipo de actividade permite trabalho remoto perfeitamente exequível mesmo por alguém a residir em Chaves ou Bragança.

A proximidade física apenas se justifica em indústria de manufactura e transportes de bens como fábricas e transportadoras e essas não estão em Oeiras.

Concordo plenamente, é completamente estúpido obrigar a alguém a possuir automóvel para conseguir um emprego!

Foi o que eu disse!

Finalmente alguém com tomates para tomar essa posição! Façam-no todos e acabam-se as empresas no meio do deserto !

Muita gente vai sempre preferir ter um espaço físico onde trabalhar, para estar junto dos colegas e ao lado das pessoas com que integra equipas de trabalho, porque todos os trabalhos também são fortemente influenciados pelas relações humanas. Maior parte das empresas já aceita que os trabalhadores trabalhem a partir de casa muitas vezes, mas as pessoas normalmente só o fazem em caso de necessidade. Dessa forma será sempre mais atractivo se a empresa se localiza em sítio de fácil acesso. portanto a localização vai ser sempre uma necessidade.
Na minha empresa nós temos alguém a trabalhar remotamente a partir do Porto, mas vem a Lisboa em regra 2 vezes por semana. A pessoa opta por ir e vir de Alfa Pendular do Porto a Lisboa. Chega cá e apanha o metro até à empresa. Se esta empresa se localizasse no Taguspark a pessoa estava lixada… tinha de vir de carro desde o Porto, o que é mais caro, mais demorado, mais cansativo, não podia vir a dormir na viagem como vem sempre ou a despachar trabalho, e se calhar tinha de comprar um 2º carro caso precise de deixar sempre um carro no Porto para a família (esposa). É um caso exemplificativo de alguém que trabalha muito remotamente porque é de longe, mas que gosta sempre de vir pelo menos alguns dias trabalhar junto dos outros colegas, e que seria horrível para a pessoa caso a empresa fosse no TagusPark.

Não é o que está a suceder por toda a Europa nas empresas de TI. O trabalho remoto é quase regra com claros benefícios e poupanças de recursos tanto do trabalhador como da empresa. Aliás são muitas as empresas com espaços físicos dimensionados para uma fracção do total de colaboradores. No que toca a redução da pegada ambiental, este é um dos caminhos claros!

Estás a ver como percebes ?

Epa olha que tenho muitos amigos a trabalhar noutros países europeus (muitos em IT) e não conheço nenhum que trabalhe remotamente… epa podem fazê-lo um dia ou outro todas as semanas, mas não passa disso.

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Basta ver em Espanha onde várias empresas de TI possuem os escritórios dimensionados para 50 % dos colaboradores. O trabalho remoto chega aos 50% do tempo total e são vários os casos com trabalho 100 % remoto. Em particular se interagires com colegas internacionais pouca diferença faz estar no escritório ou em casa.

Claro que na mentalidade dos RH de funcionalismo público isto é um grande problema, afinal o colaborador pode andar a passear em vez de trabalhar, ui, ui. Mas estar no escritório não garante o contrário. Enfim…empresas dos anos 60

Podem ouvir aqui o som que os EVs terão que fazer abaixo dos 19 km/h.