Carros verdes (?)

Façamos pedagogia, que vai muita confusão na sua mente

A IP (antiga Refer) também detém apenas as vias, e por exemplo a Fertagus é totalmente privada. Ninguém o impede de comprar uma locomotiva e circular na via férrea. E se comparar apenas a parte viária (excluindo os veículos) a ferrovia tem definhado a olhos vistos e a rodovia tem incrementado, essencialmente devido a opções de investimento público.

Tem fontes para os referidos 10%?

Essa da receita fiscal é o maior embuste que existe, considerando o rombo que o carro causa na economia através do défice na balança de pagamentos.

Conclui-se também que as famílias portuguesas gastam com os seus automóveis e despesas conexas, cerca de 11,5 mil milhões de euros por ano, cerca de 7% do PIB. Nesse ano, segundo a mesma fonte existiam em Portugal cerca de 3,9 milhões de famílias. Segundo a ACAP, em 2010 Portugal tinha 4,48 milhões de automóveis ligeiros e todo-o-terrenos. Feitas as contas em Portugal há em média 1,14 automóveis por família, mesmo considerando que há famílias sem acesso a automóvel.

Fonte: INE

Meu caro amigo, não se trata de criar ferrovia, simplesmente não deixar abandonar a que existe e existia; criar tem o estado criado rodovia.

Este era, há três décadas, o mapa português das ligações ferroviárias suburbanas e regionais (isto é, excluindo o longo curso):

E este é o mapa atual:

PORQUE NÃO SE INVESTE

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O gráfico é rigoroso. O gráfico não analisa poluição local nem poluição sonora, mas apenas emissões de CO2. E a indústria repete ad nauseam que os carros elétricos são zero-emissões. Nenhum transporte é zero emissões, nem andar a pé!

Lool acho piada a esta gente, que num gráfico que foi elaborado muito provavelmente com pessoas altamente qualificadas e com acesso a todo o tipo de recursos, dados e etc, virem dizer que acham que não é rigoroso!!

Lool achismosachismos everywhere.

José Miguel Ramos Modesto: agradeço que tenha por mim o devido respeito. Primeiro porque eu não sou «esta gente» mas tenho nome. Segundo porque considero-me bem qualificado para opinar sobre o assunto da Mobilidade pois fiz Mestrado na Universidade de Coimbra relacionado com o tema da Mobilidade em Bicicleta, o Ambiente e a Mobilidade Sustentável. Terceiro: porque é notório que várias vezes os dados «técnicos» ou «científicos» são apresentados segundo uma agenda ideológica ou programática que pode ser duvidosa e criticável.
Muitas vezes quando me pronuncio digo «parece», «parece-me» ou «acho» porque a realidade é muito complexa e , como tal, tenho tendência para ter alguma cautela em afirmações absolutas ou demasiado generalistas (como é generalista o seu comentário «achismos everywhere»).
Enfim, e não vou dar continuidade, pela minha parte, ao debate, apenas vou esclarecer melhor a minha posição - não duvido tanto do rigor do gráfico, o que duvido mais é de se apreciar só este gráfico em si quando notoriamente está em causa uma abordagem necessariamente mais complexa em termos de Ambiente, Produção e Consumo de Energia, Modos de Mobilidade diferentes, externalidadades, etc
Já discordei noutras situações do Aónio mas também já concordei com outras das suas posições. No entanto acho que o futuro passa também pelos veículos elétricos sobretudo se a Produção de Eletricidade for de Origem Renovável pouco impactante (Solar, Eólica, …). Acrescento: estou um bocado saturado de ciclistas jovens adultos cheios de testoterona e adrenalina com tendências machistas como o que se reflete no título deste tópico. Tenho 50 anos utilizo a maior parte dos Modos de Mobilidade disponíveis incluindo andar a pé, andar de bicicleta, andar de automóvel ligeiro e pesado, andar de comboio ou avião, e portanto acho que os veículos elétricos são importantes nomeadamente para pessoas de meia idade ou mais idosas e para distâncias maiores ou mais longas (tenho também uma bicicleta elétrica).

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Finalmente alguem se chateia com este titulo do tópico :wink: eu já lhe meti uma flag mas fui o unico. Acho que num topico aberto do forum da Mubi fica mal porque na minha opinião é de muito mau gosto. E o paralelismo mesmo que nao intencional entre verde e virgem e carro e prostituta é por si muito duvidoso. :D. Mas pronto cafe central é assim mesmo…

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Café central, conversa de café :wink:
O título é provocador, mas está longe de ser ofensivo.

Deixem-se de ser polícias da língua e de puritanismos :wink:
Que ditadura gramatical vivemos nestes dias!

@Paulo_Andrade; ninguém aqui está contra tu usares carros elétricos ou carros a combustão. 99.999% dos carros nas estradas são a gasolina ou gasóleo, logo, teria de estar contra toda a gente que conheço! Estamos a debater, e estou-te apenas a referir que em termos de CO2 emitido, o carro elétrico é pouco melhor que um carro convencional.

E na UE, apenas 15% da mescla energética vem das renováveis. No resto do mundo o cenário é ainda pior. Repara que vento e solar no mundo, representam apenas 0,6% da energia produzida no mundo. E mesmo muita das renováveis que vês nos gráficos, dizem respeito a biomassa e hídrica, que como sabes enquanto ambientalista, está longe de gerar consenso enquanto aposta verdadeiramente ambiental.

https://www.euronuclear.org/images/eu-27-power-shares.jpg

Ditadura uma Ova! Usar as palavras «prostitutas» e «virgens» no título deste tópico é machista! Ponto! Ou então porque não usaste a palavra prostituto?! Obviamente porque tiveste a intencionalidade de referir as palavras em relação a mulheres… Não teres poder de auto análise não abona nada a teu favor nem demonstra modéstia da tua parte. Não venhas com lágrimas de crocodilo, a virar o bico ao prego. Não fui eu que criei um título vergonhoso, foste tu! O título encerra dois conceitos que, por referência a mulheres, têm um conteúdo degradante ou preconceituoso: ser prostituta é no geral degradante e ser virgem é um conceito completamente ultrapassado e disparatado. Sugiro que edites e mudes o título com rapidez… Por mim já meti uma Flag no Tópico…

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Que comentário ridículo o teu e totalmente ditatorial. Julgava que o fascismo tinha acabado e que as pessoas tinham liberdade de expressão. Não gostas de ler, tens bom remédio, não lês!

Artigo 37.º da Constituição (ouvi dizer que és jurista)
Liberdade de expressão e informação

  1. Todos têm o direito de exprimir e divulgar livremente o seu pensamento pela palavra, pela imagem ou por qualquer outro meio, bem como o direito de informar, de se informar e de ser informados, sem impedimentos nem discriminações.

  2. O exercício destes direitos não pode ser impedido ou limitado por qualquer tipo ou forma de censura.

  3. As infracções cometidas no exercício destes direitos ficam submetidas aos princípios gerais de direito criminal ou do ilícito de mera ordenação social, sendo a sua apreciação respectivamente da competência dos tribunais judiciais ou de entidade administrativa independente, nos termos da lei.

  4. A todas as pessoas, singulares ou colectivas, é assegurado, em condições de igualdade e eficácia, o direito de resposta e de rectificação, bem como o direito a indemnização pelos danos sofridos.

E se estás a pensar em evocar o n.º 3, processa-me!

Como devias saber a liberdade de expressão é um direito mas o da igualdade de género e da não descriminação é outro! Assim como o direito a não ser injuriado e difamado… Quando dois ou mais direitos estão em conflito um tem de ceder pelo menos em parte! Para que se consigam conciliar! Se sabes que eu sou jurista, não me venhas dar lições na minha área nem me insultar. Ao quereres impor a tua «liberdade de expressão» preconceituosa a outros, aproveitando um espaço de expressão público como este e como grupos do Facebook para espalhares machismo e dares a meu ver uma má ideia da Mubi… estás a meu ver, a agir mal. Pena é que haja poucos membros do género feminino na Mubi e nenhum no debate… talvez introduzissem um pouco de sensatez na tua cabeça dura. Se eu fosse ditador, que obviamente não sou, tu já não terias o texto publicado, já estarias porventura preso e torturado e porventura morto e desaparecido! É isto que subentendes na minha crítica e nomeadamente na minha sugestão de editares e alterares o título do tópico?! Tenho pena se é pois se é demonstra ignorância da tua parte. O que estou a apelar é ao teu respeito pelas mulheres… mas és capaz de ter razão: raramente conheci alguém machista que o assuma ser e se auto corrija…

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Sei, e já agora escreve-se discriminação. Descriminar é retirar o crime.

o referido título não difama nem injuria ninguém. Para evocares os artigos 180.º e ulteriores do código penal, teria o título de difamar ou injuriar uma entidade com personalidade jurídica. Se és jurista, sabe-lo bem, por isso dispenso moralismos.

o problema já está sanado. Agora podes verdadeiramente indignar-te, do fundo do coração, porque o título mudou para o género masculino. Espero por conseguinte agora não ser acusado de feminismo e misandria.

Obviamente, acho boa ideia teres mudado o título mas não no sentido em que o fizeste, que continua a ser de mau gosto. Não era o que eu pretendia. Como sabes injuriaste-me a mim chamando ao meu comentário ridículo e totalmente ditatorial e a tua postura em relação à minha crítica foi e continuou a ser arrogante e de falta de respeito. Claro que não pretendo processar-te por isso… infelizmente, apenas constato que tens falta de «chá» que seria melhor teres tido a sorte de encontrar na educação que recebeste… Tens também obviamente sentido de humor (se bem que negro e algo perverso). Claro que me dá a sensação que percebeste em parte a minha crítica mas não no essencial, infelizmente. Espero que compreendas que machismo e feminismo não se equivalem pois um ainda significa essencialmente opressão: o machismo que em Portugal e no mundo fora significa muitas vezes e de proporcionalidade estatística muito desequilibrada - violência psicológica, física e até assassinatos, nomeadamente no âmbito de violência doméstica em Portugal, no âmbito de radicalismos religiosos por partes do Mundo fora, etc… Claro que em Países Ocidentais, sobretudo, com Estados constitucionais, laicos e com separação de poderes as questões de género e da igualdade de género têm evoluído positivamente nas últimas décadas mas há ainda muito a fazer, seja nas ideias e na linguagem e, nomeadamente em Portugal, seja por referência a dados como os seguintes: http://www.apav.pt/apav_v3/index.php/pt/estatisticas/estatisticas
e por exemplo http://www.apav.pt/apav_v3/images/pdf/Estatisticas_APAV_Vitimas_Violencia_Domestica_2013_2015.pdf

Paulo, eu não te respondo mais porque este debate está a tomar proporções ridículas e surreais. Como se o meu título tivesse alguma coisa a ver com violência doméstica. O debate contigo acaba aqui, lamento.

Obviamente que eu não disse que o título tem «alguma coisa a ver com violência doméstica». O que quis dizer foi que o título era machista e que o machismo tem de ser evitado quer no campo das ideias e linguagem quer em Portugal em questões como a violência doméstica. De resto, por mim também o debate sobre as questões de género do título fica por aqui.

@Paulo_Andrade, depois de ler a sua chamada de atenção, e de reler o comentário que lhe fiz, reconheci que me excedi e fui parvo na minha intervenção. Quero-lhe pedir desculpa por isso. Se o ofendi ou desrespeitei… após ler o comentário lhe fiz, reconheço-lhe razão e fico triste comigo mesmo porque realmente respeito e integridade são coisas que aprecio muito.

No Mundo de hoje, é frequente encontrarmos pessoas que pouco ou nada percebem de coisa alguma mas que agem como se soubessem muito de muita coisa. Que é aliás das coisas que mais me incomodam. Dito isto, não sendo este obviamente o seu caso, precipitei-me no juízo que lhe fiz e li mal a mensagem que queria transmitir.
Só lhe posso fazer a observação de que, embora o meu comentário menos feliz, soube-me responder sem descer o nível. Felicito-o por isso, e deixo novamente expresso que a minha atitude foi errónea e espero que me possa perdoar.

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José Miguel Ramos Modesto: Agradeço a cordial resposta com a qual, aliás, tenho a tendência para concordar. Observo que hoje com a globalização da Internet temos um grande mundo aberto ao dispor mas também temos contatos numa escala grande quanto ao número de pessoas, muitas vezes completamente desconhecidas e algumas com modos de muito má educação, pelo que, infelizmente, também há mal entendidos e incompreensões com frequência. Vejo com agrado que no seu caso, no que a mim me respeita, estamos no bom caminho… Boas «pedaladas» verdes…

Pronto, desculpas pedidas pelo @ZeM, mas @Paulo_Andrade para quê esse tom de ofendido? O titulo é de mau gosto na minha opiniao, mas a discussao sobre os graficos e o facto de o Jose Modesto ter chamado algumas opinioes de achismos não justifica na minha opinião esse tom. Ha aqui gente mais velha do que tu e não se ofendem por tanto. De repente este tópico ficou cheio de defesas de honra…acho que o forum não ganha com isso.

António Pedro Figueiredo: é a tua opinião com a qual não concordo. Faço notar que, talvez para ti seja fácil falar por que não foste tão visado, mas eu tenho o meu brio pessoal e acho que fui muito mais explícito que tu nas opiniões que transmiti e nas críticas que fiz que, aliás, parecem-me, bastante construtivas. Portanto, agradeço que não me minimizes.

A liberdade de expressão está muito bem.

O que não está bem é o nome do fórum… “café central”, que induz os forasteiros a pensar que vão até à praça da câmara ou ao adro da igreja beber uma cerveja ou um chá e falar um pouco com as figuras da terra.

Sugiro “Bordel central”.

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Malta, independentemente do resto acho que podemos mudar o titulo (mais do que colocar no masculino eheh) para focar a questão, nem vale a pena pensar nos outros temas de liberdade e tal… porque não:

Carros “verdes” poluem quase tanto como os tradicionais?
(eu vinha cá ler na mesma! ^^

e agradecer ao @ZeM pelo post que não é fácil de colocar nestas discussões

E que tal irmos todos para um café verdadeiro, como se fazia antigamente, e discutir isto e outras ideias cara a cara, olhos nos olhos, e mais importante, pô-las na prática? Isso é que era!!!
Vá lá pessoal, não se esgotem na individualidade.
Trabalho de Equipa sempre foi o melhor e o mais agradável!

Abraços a todos!

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