Castelo Branco: Ciclista morre em acidente

A sério? Alguém fez uma denúncia ao meu post por falta de “elegância”?

Se calhar fui eu que levei as suas palavras demasiado a sério. Mas descrever outro ser humano como «esgoto humano»… Parece-me um uso de palavras um pouco leviano tendo em conta que não é um artigo de opinião mas sim um artigo que relata o que lhe foi dito.

Ah, Portugal o país dos brandos costumes… Onde uma dita jornalista aproveita a notícia de um ciclista (circulando legalmente) ser albalroado e morto por um motorista que se põe em fuga para culpabilizar a vítima. A dita jornalista tem o direito de especular sobre ciclistas sem luzes (estando este ciclista legal), mas segundo tu, não se pode tratá-la por esgoto humano, porque isso é obsceno.

Para que tu percebas quão obcena esta notícia é vou fazer aqui um exercício de estilo, reescrevendo o título e subtítulo, mas em vez de um ciclista morto, utilizarei uma mulher violada.

Leviandade viola mulher
REGRAS: Humildade e recato são essenciais. Mas a lei que dá às mulheres direito de andar na rua é omissa no que se refere às horas e companhias com quem andam na rua.

Tu não chamarias “esgoto humano” a quem publicasse isto e se chamasse de jornalista?

CB

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Seria antes “Jornalista Islâmico” :smiley:

Desde desta publicação passei a entender melhor porque é que isto tende a acontecer. Não é só os jornalistas mas a cultura de estrada ao menos aqui na região. Hoje tive uma breve discussão com uma condutora. Também tenho a CC conduzo mas geralmente vou de bici para o trabalho, entre o centro e Zona Industrial.
Hoje na Av. 1º de Maio da CB (principais artérias da cidade). 2 faixas num sentido. Ocupo toda a faixa da direita. Já em trânsito lento. Para admiração há uma moça que se põe a buzinar um bom par de vezes na faixa da esquerda sugerindo para eu sair dali, apesar de eu estar em movimento lento atrás de um carro. Logo a vejo 2 Km mais à frente. Disse-me: “Que bicicleta não deve circular naquela via, e se não for possível o mais à direita”… Eu disse-lhe que estava em pleno direito segundo o código da estrada (2013) e que aquela buzinadela toda só dava direito a uma contra-ordenação. Sei a matrícula, mas provar tal sem um agente no local é fútil.
Ás vezes queixo-me dos condutores. Especialmente porque quase metade não respeitam as passadeiras, já me apitaram por ter-me desmontado da bicicleta para a atravessar… Mas como peão não apitam mas muitos não param. Já na via, tangentes diárias, quando se dá oportunidade.

Mas já observei que muitos ciclistas urbanos na cidade, dos poucos que há, eu diria que mais de 80% não cumpre o código de todo! Nem a PSP se dá ao trabalho de os avisar pelo menos. Falta do gesto na mudança de direcção quando é mesmo necessário. Circulam praticamente no dique da berma. Circulam no passeio quando tem 2 faixas no mesmo sentido ao lado para circular entre as árvores e peões, ou andar sem qualquer luz à noite é bastante comum. Já as ciclovias existentes estão basicamente destinadas a lazer de fim-de-semana em zonas não estratégicas. Falta bastante consciencialização.

Por acaso conhecia de passagem o homem que faleceu nesta notícia. Ele costumava estacionar na minha rua. Na altura fiquei um pouco chocado, já tinha reparado que ele costumava circular sem luzes à noite :frowning: e aquela avenida é zona de aceleras…

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Também já me aconteceu buzinarem-me quando atravesso a passadeira com a bicicleta pela mão.
E também já me buzinaram só por ir na estrada… assim como já me disseram que lugar da bicicleta não é na estrada.

@Rui7 é um problema que não exclusivo de Castelo Branco ou de um local específico do País. Em Lisboa é igual. E não me parece que noutros sítios seja diferente. Já era urgente que se começasse a investir em campanhas de sensibilização rodoviária.

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Buzinadelas aos ciclistas é uma praga e o que mais me irrita quando pedalo…

Tem sido comum levar buzinadelas para me avisarem que lá vêm com o carro… como se fosse possível não houver o diabo dos “queimadores de nafta” a fazer barulho :triumph:

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Houver ? Queimadores de nafta? Sabes o que é nafta ?

@Three
Deveria ser “ouvir”, obrigado pela chamada de atenção.
O termo nafta é usado, se bem que incorrectamente, para o petróleo bruto (pois a nafta é de facto um produto da refinação do petróleo), um “queimador de nafta” é, em gíria, um automóvel de mecânica Diesel.

Errado, o diesel está tão longe da nafta como a gasolina está da querosene.

Se é para ir ao pormenor e não considerar gíria, tal como disse na resposta anterior, Diesel não é um combustível, é um ciclo de funcionamento de um motor e deve ser escrito em maiúscula, visto ser uma designação proveniente do nome do seu criador, Rudolf Diesel.

Esta é uma discussão off-topic. A intenção inicial foi denegrir os automóveis com motor diesel apelidando-os de “queimadores de nafta” quando a nafta é o último dos subprodutos da refinação usada em grandes barcos de cruzeiro sem qualquer controlo de emissões ao contrário dos automóveis que possuem uma legislação apertada nas emissões e usam um combustível refinado segundo normas bem definidas.

Também não se deve esquecer que o ruído gerado pelos automóveis tem duas componentes, o motor, dominante até aos 50 km e o rolamento dos pneus na estrada que domina a partir dos 50 km/h o que significa que mesmo que fosse eléctrico continuaria a gerar ruído considerável.

Finalmente não se deve confundir a tecnologia com os seus utilizadores e demonizar um equipamento que francamente melhorou a qualidade de vida das populações que dele usufruem. O problema está na sua utilização abusiva e descontrolada.

A nafta não é o “último dos subprodutos da refinação”. Estás a confundir com as variedades de fuel-óleo pesadas (da destilação sob vácuo) e nem estas são as últimas dos subprodutos (ainda tens o alcatrão)…
A nafta é um corte bastante leve da destilação atmosférica do crude (ou de processos intermediários da refinação, como do cracking catalítico). A nafta está até mais próxima da gasolina do que do diesel.


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Continuas a desviar o tópico.

Começas o offtopic, depois acusas-me de offtopic quando corrijo o teu comentário.
Sabes o que penso de ti.

A crítica era apenas contra um fundamentalismo anti-automóvel. Muito provavelmente deves a tua existência à disponibilidade de um automóvel no momento certo mas isso não interessa quando estamos servidos!

Pela minha parte, fundamentalismo anti-automóvel, não. Já contra o desmesurado número de veículos a gasóleo a circular que fazem “meia-dúzia” de quilómetros por dia, tornando-os uma imbecilidade monetária e ambiental, aí, talvez, já seja um bocadinho, mas isso sou só eu certamente.

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Os meus pais não tinham carro quando eu nasci.
Nem a tua mãe tinha, mas o teu pai sim.

Não te reconheço qualquer autoridade para opinares acerca dos meus pais por isso recomendo-te que te restrinjas ao que conheces e não faças incursões no domínio pessoal!

E para que fique claro, o estigma relativamente ao diesel carece de sentido. A norma Euro 6 tornou-os mais “limpos” do que os a gasolina ( apesar do “escândalo” da VW que se referia apenas aos NO ). De facto colocar um diesel a circular meia dúzia de Km por dia é um desperdício mas para os proprietários porque enchem os DPF e não conseguem limpá-los, Em termos ambientais não são piores. Piores são os charutos sem DPF onde se incluem Taxis e boa parte dos autocarros da Carris e ainda os navios de cruzeiro atracados nos cais de Lisboa.
Os veículos a gasolina possuem um catalisador que demora cerca de 15 minutos até atingir a eficiencia desejada. Significa isto que os veículos a gasolina em percursos até 15 minutos andam a cuspir CO e NO à fartazana. Pior, os novos motores a gasolina turboalimentados com injecção directa emitem também partículas idênticas aos diesel sem DPF. Por isso o DPF será obrigatório nos veiculos a gasolina muito brevemente.

Em resumo convém não aderir ao estigma tradicional sem adquiri algum informação coerente e fidedigna.