Ciclistas no passeio. Desconhecimento ou não?

Eu uso uma destas:

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Este video apareceu nos related do video do Herculano:

e mostra bem um caso em que era muito fácil haver um acidente…

os peões vão mal… a passar distraidos com o sinal vermelho, e o ciclista, como não quer ceder nem um milimetro, aparentemente nem abranda, embora apite umas vezes.

a questão é que se no ultimo apito o peão não tivesse parado, ou se tivesse o instinto de se desviar para a frente, o ciclista não tinha hipótese de evitar o embate

Desculpem lá, mas na minha opinião, este tipo não tem razão nenhuma. Ok que o peão está a passar com o vermelho, ok que o peão vai distraído, mas este tipo de comportamento não abona nada a favor da nossa causa. Isto é exactamente o oposto de condução defensiva e preventiva.

Se ele vai a ver o peão distraído à sua frente, não lhe custa nada abrandar e deixar passar ou então passar apenas quando tiver a certeza que o peão já se apercebeu da sua presença. Era muito fácil haver ali uma colisão desnecessária com consequências para ambos.

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Concordo, quem anda de bicla todos os dias pode tambem começar a querer ser “dono disto tudo” e o civismo e a segurança ficam para trás. Vao acabar estressados como um automobilista nas filas.

Hoje passei num vermelho porque me enervei : quando esta verde para mim, tinha os carros a taparem a passagem. Quando estava verde para os carros, apesar da fila ia outra vez ficar preso. Passei obrigando um carro que circulava lentamente a parar…ficou fulo. Civismo e educação, é o que falta nesta cidade.

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Acho que não faz sentido usarem-se buzinas como a que o Herculano mostrou no vídeo. O ciclista do vídeo então foi um perfeito anormal…
Mas se a mesma buzina for usada da maneira como foi usada no vídeo que o Pedro partilhou (pequenos toques sem grande estrilho, sem se pronunciar demasiado), já não vejo grande mal, embora o ciclista pudesse ter passado com mais prudência pelo peão (ainda que tenha razão), mas essa é outra questão.
Achei piada no mesmo vídeo a atenção dada aos peões que seguem pelo passeio olhando para o telemóvel. Vão mal?

Estas buzinas, se usadas como foi usada no primeiro vídeo, é um som muito intimidatório, como os que os carros por vezes usam contra nós! Essa é uma das coisas que eu mais desejo ver alteradas no nosso ambiente urbano… menos barulho, menos estrilho, e mais tranquilidade.

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Eu só uso no trânsito, nunca com peões.
Com peões uso a campainha às vezes, quando a minha passagem pode provocar
um susto, ou para avisar que vou ali.
Acho um disparate intimidar peões com buzinas ou razias a 20Km/h.

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Ontem tive uma reclamação relativamente à buzina:

Que se ouvia “bueda mal”…

Imagine-se se fosse uma campainha…

Pedro, eu acho que isso acontece porque o trânsito que vem na Duque de Ávila (sentido Gulbenkian -Arco do Cego) pode virar à esquerda na Avenida da República. talvez para os ciclistas estarem atentos a este movimento do trânsito colocam o semáforo intermitente. No entanto, em bom rigor, talvez devesse o sinal ficar verde para os velocípedes e amarelo intermitente para o tal trânsito que pretende virar à esquerda. É um palpite que disto não percebo muito.

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Também interpreto as coisas assim mas nada disto é evidente e intuitivo. Quando entramos na ciclovia da Duque de Ávila há um sinal que indica que aquela é uma via obrigatória para velocípedes (como isto se compatibiliza com a regra do CE que permite aos ciclistas optarem ir pela estrada não sei) mas quando começa o empedrado não há sinais a dizer que a ciclovia acabou. Atravessamos o empedrado e, por exemplo, atravessamos a Defensores de Chaves e aparece-nos de novo o sinal da ciclovia. Parece que a ciclovia foi, portanto, interrompida. Será que a polícia me pode um dia chatear porque não desmontei quando cheguei à parte empedrada? O bom senso diz-me que um polícia não faria isso mas sabe-se lá.

Enfim, na realidade isto para mim são pormenores legais. O mais importante seria estabelecer sinais intuitivos para peões e ciclistas para ambos saberem quem tem prioridade. Devia ser claro e intuitivo para mim enquanto peão que as bicicletas naquela via têm prioridade e, por isso, eu devo ceder passagem. Várias pinturas no pavimento dizendo “prioridade aos velocípedes”, “via exclusiva :bike” parece-me ser o alerta ideal.

Repara no seguinte… isto morre logo tudo à nascença quando percebemos que o grande problema é a ciclovia estar onde está: em cima do passeio!

Obviamente que haverão conflitos nas intersecções. Como está, só há uma forma legal de circulares que é desmontar quando chegasses ao passeio. Claro que por bom senso, nenhum polícia te vai chamar à atenção por causa disso se circulares com cuidado. Mas é surreal uma infra-estrutura ciclável terminar abruptamente em cima de uma zona pedonal. Não abona a favor de ninguém.

A solução para isto era fácil: construir uma ciclovia contínua, sem interrupções, ao nível da estrada. Eu iria ainda mais longe: a Duque d’Ávila não precisa de duas vias de trânsito! Uma chegava e ainda sobrava espaço para cargas e descargas, tomadas e largadas de passageiros, paragens de autocarros.

Como está, é só um desperdício de espaço público com carros estacionados na via (https://media-cdn.tripadvisor.com/media/photo-s/07/6d/0f/e2/hotel-principe-lisboa.jpg), ciclovia a roubar espaço pedonal, espaço pedonal inundado com mobiliário urbano e intersecções dúbias.

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Não posso concordar mais!
Mas já que está assim, pelo menos ajudem as pessoas a tornar a circulação clara, intuitiva e , por conseguinte, mais segura. Em Paris, onde experimentei pedalar a semana passada, as ciclovias são, em boa parte, feitas retirando espaço aos arruamentos e não aos passeios. Quando são feitas excecionalmente nos passeios há uma série de símbolos de bicicletas pintados de x em x metros. Fiquei com a sensação de que isso ajudava os peões a perceber que aquilo são vias cicláveis e que não é seguro circular por ali.

Ontem passei na Avenida da República e reparei que onde está amarelo para as bicicletas, é em cruzamentos onde de facto os carros têm sinal aberto para virar para onde cruzam a ciclovia. Digo aberto para os carros… porque por acaso não me recordo se os carros tinham verde para virar ou se era também amarelo intermitente. Acredito que fosse também amarelo intermitente e, nesse caso, a prioridade é sempre nossa porque estamos numa passagem para velocípedes. O que não nos tranquiliza no que toca a avançarmos com alguma precaução… já sabemos como os automobilistas são ansiosos em se despacharem de qualquer forma, e naquela zona são piores ainda.

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nesse cruzamento, quem segue na republica, pelo menos no sentido norte, também não tem sinal verde (pelo que reparei) e ai não tem nada a ver com carros a virar

no outro caso dos carros a virar, tal como os peões tem sinal verde, na ciclovia devia ser igual…os carros tem o verde, mas depois ao virar tem o amarelo intermitente a indicar que devem ceder prioridade

É isso mesmo Pedro. Tive o cuidado de parar esta manhã para ver exatamente como era. Assim, “feitas as contas” parece que podemos concluir que os peões têm prioridade quando têm o sinal verde e os carros (ou bicicletas!!) a virar têm de parar. Já se forem bicicletas que circulam na ciclovia eu diria que, pelas regras gerais, têm de ceder a prioridade pois há o amarelo intermitente e os que viram se apresentam pela direita. Será? ou tenho de ir fazer um refresh a uma escola de condução? :sweat:

Não, o amarelo intermitente apenas significa que devemos avançar com precaução. Não nos tira prioridade.

Certeza? Num cruzamento em que os semáforos estão todos intermitentes e não existe mais sinalização eu diria que se aplica a regra geral das prioridades. Mas não meto a mão no fogo pelo que estou a dizer.

Uma coisa mais certa, talvez seria o sinal intermitente para quem vai virar e o sinal verde para peões e bicicletas.

Yep @Ivan

se for “empate” nos semáforos depois é uma confusão a gerir as prioridades, os carros teriam de deixar passar quem vem num sentido, mas ter prioridade sobre o outro 0o

Sim, aplica-se a regra geral das prioridades. A questão é que no local em causa estão assinaladas com as respectivas marcas as passagens para ciclistas. Funcionam da mesma forma que as passadeiras. Nesse sentido, desde que não esteja vermelho para o ciclista, ele tem prioridade, porque está numa passagem para ciclistas.

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Mas qual vermelho? O de peões?
É que se não tem semáforo para bicicletas o que é que conta?
A prioridade na passagem para velocípedes ou o semáforo verde para o trânsito na via?

(estou a derivar para um caso onde não exista semáforo de bicicletas)

É uma questão pertinente e portanto fui pesquisar.

http://www.ansr.pt/SegurancaRodoviaria/RegulamentoSinalizacaoTransito/Documents/RST-Decreto%20Regulamentar%2022-A-98.pdf
Ver o capítulo IV, que regula a sinalização luminosa.

O semáforo para peões é válido só mesmo para peões… nesse sentido, a interpretação que faço, nos casos em que a passagem para ciclistas está mesmo ao lado de uma passadeira (situação ultra comum) e apenas exista semáforo para peões, é que os ciclistas podem atravessar sempre, independentemente de estar vermelho ou verde para peões. E como está lá uma passagem para ciclistas, estes têm sempre prioridade, quer esteja vermelho para os carros ou não. Seria uma situação equivalente a haver uma passadeira sem semáforo para peões, mas que contudo se situa num cruzamento onde existem semáforos para os carros…
Se o ciclista está na ciclovia, que geralmente é completamente segregada da faixa de rodagem, acho que ele não é regulado pelos semáforos que estão na estrada. O documento é claro que os sinais luminosos regulam uma área específica. No caso em discussão o ciclista não passa sequer pelos semáforos da estrada (em geral, eu diria que a ciclovia da Fontes Pereira de Melo é uma excepção).

A leitura desse documento levanta-me dúvidas acerca da validade legal dos semáforos para bicicletas… visto que eles não estão previstos nem regulados.

Como em tudo ou quase tudo na vida, acho que deve imperar o bom senso.

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