Ciclistas no passeio. Desconhecimento ou não?

Não posso concordar mais!
Mas já que está assim, pelo menos ajudem as pessoas a tornar a circulação clara, intuitiva e , por conseguinte, mais segura. Em Paris, onde experimentei pedalar a semana passada, as ciclovias são, em boa parte, feitas retirando espaço aos arruamentos e não aos passeios. Quando são feitas excecionalmente nos passeios há uma série de símbolos de bicicletas pintados de x em x metros. Fiquei com a sensação de que isso ajudava os peões a perceber que aquilo são vias cicláveis e que não é seguro circular por ali.

Ontem passei na Avenida da República e reparei que onde está amarelo para as bicicletas, é em cruzamentos onde de facto os carros têm sinal aberto para virar para onde cruzam a ciclovia. Digo aberto para os carros… porque por acaso não me recordo se os carros tinham verde para virar ou se era também amarelo intermitente. Acredito que fosse também amarelo intermitente e, nesse caso, a prioridade é sempre nossa porque estamos numa passagem para velocípedes. O que não nos tranquiliza no que toca a avançarmos com alguma precaução… já sabemos como os automobilistas são ansiosos em se despacharem de qualquer forma, e naquela zona são piores ainda.

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nesse cruzamento, quem segue na republica, pelo menos no sentido norte, também não tem sinal verde (pelo que reparei) e ai não tem nada a ver com carros a virar

no outro caso dos carros a virar, tal como os peões tem sinal verde, na ciclovia devia ser igual…os carros tem o verde, mas depois ao virar tem o amarelo intermitente a indicar que devem ceder prioridade

É isso mesmo Pedro. Tive o cuidado de parar esta manhã para ver exatamente como era. Assim, “feitas as contas” parece que podemos concluir que os peões têm prioridade quando têm o sinal verde e os carros (ou bicicletas!!) a virar têm de parar. Já se forem bicicletas que circulam na ciclovia eu diria que, pelas regras gerais, têm de ceder a prioridade pois há o amarelo intermitente e os que viram se apresentam pela direita. Será? ou tenho de ir fazer um refresh a uma escola de condução? :sweat:

Não, o amarelo intermitente apenas significa que devemos avançar com precaução. Não nos tira prioridade.

Certeza? Num cruzamento em que os semáforos estão todos intermitentes e não existe mais sinalização eu diria que se aplica a regra geral das prioridades. Mas não meto a mão no fogo pelo que estou a dizer.

Uma coisa mais certa, talvez seria o sinal intermitente para quem vai virar e o sinal verde para peões e bicicletas.

Yep @Ivan

se for “empate” nos semáforos depois é uma confusão a gerir as prioridades, os carros teriam de deixar passar quem vem num sentido, mas ter prioridade sobre o outro 0o

Sim, aplica-se a regra geral das prioridades. A questão é que no local em causa estão assinaladas com as respectivas marcas as passagens para ciclistas. Funcionam da mesma forma que as passadeiras. Nesse sentido, desde que não esteja vermelho para o ciclista, ele tem prioridade, porque está numa passagem para ciclistas.

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Mas qual vermelho? O de peões?
É que se não tem semáforo para bicicletas o que é que conta?
A prioridade na passagem para velocípedes ou o semáforo verde para o trânsito na via?

(estou a derivar para um caso onde não exista semáforo de bicicletas)

É uma questão pertinente e portanto fui pesquisar.

http://www.ansr.pt/SegurancaRodoviaria/RegulamentoSinalizacaoTransito/Documents/RST-Decreto%20Regulamentar%2022-A-98.pdf
Ver o capítulo IV, que regula a sinalização luminosa.

O semáforo para peões é válido só mesmo para peões… nesse sentido, a interpretação que faço, nos casos em que a passagem para ciclistas está mesmo ao lado de uma passadeira (situação ultra comum) e apenas exista semáforo para peões, é que os ciclistas podem atravessar sempre, independentemente de estar vermelho ou verde para peões. E como está lá uma passagem para ciclistas, estes têm sempre prioridade, quer esteja vermelho para os carros ou não. Seria uma situação equivalente a haver uma passadeira sem semáforo para peões, mas que contudo se situa num cruzamento onde existem semáforos para os carros…
Se o ciclista está na ciclovia, que geralmente é completamente segregada da faixa de rodagem, acho que ele não é regulado pelos semáforos que estão na estrada. O documento é claro que os sinais luminosos regulam uma área específica. No caso em discussão o ciclista não passa sequer pelos semáforos da estrada (em geral, eu diria que a ciclovia da Fontes Pereira de Melo é uma excepção).

A leitura desse documento levanta-me dúvidas acerca da validade legal dos semáforos para bicicletas… visto que eles não estão previstos nem regulados.

Como em tudo ou quase tudo na vida, acho que deve imperar o bom senso.

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https://goo.gl/images/aKqlEc

Apenas para exemplificar como as coisas poderiam ser mais intuitivas para os peões e ajudar toda a gente.

Com os sinais verticais no início das ciclovias (cujo alcance discutimos entre nós) os peões podem não estar, e não estão muitas vezes, bem cientes do perigo.

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Efectivamente, os sinais no solo sao bem mais eficazes. E fazem falta nestas novas ciclovias.

essa via vou sempre com ela na mão, vejo muitas vezes por ali a PSP e a Marítima e chamam sempre a atenção dado que há um bons quantos que passam ali com movimento e a driblar os peões. Seria bom se fizessem ai um alternativa nem que seja passar atrás entre os bares e a linha do comboio. Google Maps digo eu. :slight_smile:

Quando não existe ciclovia circulo sim. Antes isso que levar com um carro em cima …

Por causa das docas em Lisboa a minha opinião alterou-se, ligeiramente. Antes achava que circular à velocidade dos peões que seria suficiente para garantir a segurança de todos. Da última vez que lá me sentei numa esplanada com uma criança pequenina senti que não era suficiente essa segurança. É necessário que haja também uma sensação de segurança. A ideia de poderem passar bicicletas, mesmo a velocidade reduzida, é stressante para quem está com um ser irrequieto que, a qualquer momento, salta da esplanada para o passeio a ziguezaguear. Se têm direito a prioridade nas filas do supermercado também devem ter direito a um cenário tranquilo à hora da refeição.

Quando lá estive a grande maioria dos ciclistas levava a bicicleta à mão. Mas bastaram 2 ou 3 a passar como se aquilo não fosse passeio para espalhar o pânico entre os pais.

Mais uma vez, nas Docas, o conflito existe porque a infraestrutura é deficitária. Tão simples quanto isso.

Sem dúvida. A estrutura não é adequada. Mas sendo aquilo que existe e por muito que nos custe (aborrece-me quando vou de bicicleta), a opção correta é desmontar. Acho que não se pode pensar que como está mal feito que devemos forçar o direito a pedalar.

Assim, como protestamos quando há peões nas ciclovia (e acho que com razão, caso contrário não valeria a pena ter ciclovias, bastaria dar o direito às bicicletas de andar nos passeios, juntamente com os peões e poupar uma pipa de massa na sua construção), devemos protestar quando somos peões nas Docas e passam pessoas a pedalar.

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Tambem convem ver a hora que se la passa. Ha muitos periodos onde esta deserto e da passar a pedalar.
Mas deviam sim ter feito a ciclovia passar atras dos restaurantes.

Pois… essa ligação precisa de uma atenção da parte da câmara para que resolva. Nem que pusesse a ciclovia a passar por detrás dos bares.

Eu não uso essa ciclovia apenas em lazer, frequentemente uso-a para me deslocar às minhas obrigações. Nesse sentido, como devem calcular, é muito contraproducente e tira muita competitividade face a outras opções de transporte…
Eu acho que não deve haver perigo, se o bom senso reinar. Eu não desmonto, mas circulo muito devagar e muito atento ao que se passa nos lados, em particular naquela zona que é mais estreita e se tem menos visibilidade para as esplanadas (que fica no início ou no fim, consoante de onde a gente vem).

encontrei este artigo, e lembrei-me do tópico