Comportamento da Polícia num sinistro envolvendo um utilizador de bicicleta

Não sei se já viram este vídeo do One Cyclist in Lisbon:

Ele encontra um utilizador de bicicleta que tinha acabado de ser atingido pela abertura de porta dum carro ilegalmente parado com duas rodas em cima da ciclovia da Av. Fontes Pereira de Melo.

Chamada a polícia (PSP), em vez de aplicarem a lei, registando a ocorrência e multando o condutor (estacionamento ilegal em cima de ciclovia, abertura de porta com danos físicos e materiais, etc.), convencem o ciclista a aceitar um valor ridículo em dinheiro da parte do condutor, ilibando-o de quaisquer responsabilidades pelas infrações cometidas.

Esta “negociação” parece um comportamento digno duma “Máfia” e não duma Polícia de “SEGURANÇA” Pública.

Parece óbvio que não era isso que a vítima pretendia, até pelo exemplo que deu da experiência com a a polícia inglesa, onde teriam agido de maneira completamente diferente:

“I really didn’t want to get the money. I really wanted them to get the ticket or something. If it was in London, he wouldn’t get away like that…”

Em termos de Segurança Rodoviária, todos os comportamentos que presenciei da PSP ou PM em Lisboa têm revelado uma falta de profissionalismo e desprezo pela segurança pública assustadores. Gostava de ter bons exemplos, mas apenas vejo maus exemplos quando se trata de (in)segurança rodoviária e de mudar os comportamentos de risco que assistimos diariamente…

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Não me surpreende, infelizmente.
Já pude testemunhar, na primeira pessoa, a negligência de polícias perante os ciclistas.
Num carro de serviço, três polícias passaram-me uma tangente, ao que eu fiquei a barafustar. Tendo, por peso na consciência, olhado pelo retrovisor, os polícias devem ter percebido a minha indignação e encostaram mais à frente, com o vidro do condutor aberto. Nessa situação, meus amigos, o que recebi não foi propriamente um “desculpe” mas antes uma repreensão por não circular de modo a que pudesse ser ultrapassado, basicamente. Ameaçaram-me com uma multa, vejam, por não circular no corredor BUS, o que lhes facilitaria a ultrapassagem. Notem que não circulavam em marcha de emergência.
Na próxima vez, tomarei devida nota da matrícula, pois considero que estes casos não podem suceder.

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Este tema (da atuação da polícia) é um dos que tínhamos alinhavados para as Sextas da Bicicultura deste ano (antes de se cancelar tudo por causa da pandemia).

Tive uma colisão em Janeiro ou Fevereiro de 2019 (sem gravidade nenhuma, o carro bateu na bicicleta, não em mim, embora em consequência eu tenha caído ao chão), e deu para ver, pelo comportamento da polícia, porque é que as coisas são como são.

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É assustador verificar a frequente tolerância em relação às infrações dos condutores e ao atropelo dos direitos dos outros utilizadores da via pública. Estou convicto que os agentes não têm quaisquer diretrizes superiores e, em vez de protegerem os mais vulneráveis, aplicam a lei conforme a sua sensibilidade, empatia ou cultura. Basicamente, atuam como sherifes num filme de cowboys. Só que não estamos no faroeste!

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