Boa tarde!
Ontem recebi um novo email, desta vez da GNR de Leiria reforçando o email anterior onde dizia que o meu caso seria enviado para o tribunal de Alcobaça! Hoje recebi um telefonema da GNR de Leiria onde me foi dito que o processo tinha sido transferido para o tribunal de Leiria e que possivelmente teria de me deslocar ao mesmo para prestar depoimento!
Resta esperar que este tipo de situações que cada vez são mais recorrentes, comecem a ter outro impacto nas autoridades e não fechem os olhos a estas infracções perigosíssimas para os ciclistas! Abraço ao pessoal que tem acompanhado o meu caso e tem dado aquela força para não baixar os braços!
Força. Caso vás a tribunal, prepara-te para teres um advogado de defesa a deitar-te a baixo. Mesmo a acusação não te facilitará a vida. Se precisares de apoio, é capaz de haver aqui 2 ou 3 utilizadores do fórum que já passaram por isso (eu inclusivé). Força.
O advogado de defesa vai tentar passar a imagem que tu és o ciclista mais irresponsável do mundo, descredibilizando-te e assim fazendo cair a acusação. Espera perguntas como:
Por que ias no meio da via?
A lei diz que os veículos devem circular o mais à direita possível. Tu ainda tinhas 3cm à tua direita. Por que não ias o mais à direita possível?
Fizeste de propósito para te chegares à esquerda quando viste o condutor a ultrapassar?
Porque não abrandaste ou paraste?
Sabes qual é o limite de velocidade nessa estrada?
Qual a cor da tua roupa? Não tinhas amarelo fluorescente com luzinhas e sininhos? Como esperas que um condutor te veja quando ias a alta velocidade assim vestido?
Tinhas luzes?
Tinhas capacete? Um ciclista sem capacete, mesmo legal, demonstra falta de cultura de segurança, isto é não sabe o que anda a fazer na estrada, mete-se em situações perigosas e acusa motoristas de o fazer.
Tinhas refletores frontais, traseiros e nas rodas?
A que altura está o refletor frontal?
A bicicleta foi inspecionada pela polícia no seguimento da ocorrência?
Por que andas com câmara?
Essa câmara está registada na Comissão de Protecção de Dados?
Andas à procura de problemas para gravares com tua câmara?
Tens alguma formação para andar de bicicleta?
Tens carta?
A que velocidade ias? Não sabes? Nem sequer sabe a que velocidade vai, Meretíssimo!!!
A que velocidade ias? 25km/h? Que fique registado que a testemunha ia a uma velocidade irresponsável e perigosa.
Olá, Filipe!
Vi o vídeo. Assustador e revoltante. Já partilhei.
Fazes muito bem em denunciar. Temos mesmo que nos fazer ouvir por todas as vias.
Força!
Desculpa, só agora me apercebi que o caso vai a tribunal.
Obrigada pela coragem, pois realmente é um serviço a todos os utilizadores.
Eu já estive em tribunal, na sequência de um acidente de viação com a minha bicicleta. Mas foi por atropelamento de um peão, sendo eu a acusada.
Foi em Junho de 2013, no cruzamento entre Antero de Quental e Constituição, no Porto.
Uma senhora atravessou a rua com sinal vermelho, nem olhou, pois não ouviu nada…travei, gritei, mas não pude evitar chocar contra ela…caímos ambas.
Segundos depois de se levantar e se queixar, diz-me logo. “Mas vai-me pagar…” “Vou pagar o quê?” "O champô…"
Perante o insólito da situação fiquei pasmada, até que percebo que ela está a apontar para o saco plástico no chão, donde efetivamente se via um frasco de champô a verter no chão.
Inicialmente, pela vontade de resolver a situação, até lhe disse logo, “ok, vamos la´comprar o shampô”. Mas a senhora, depois, influenciada por um homem que surgiu do outro lado da rua a vociferar contra mim, decidiu chamar a polícia, Ficou registada a ocorrência. Quase um ano mais tarde, recebi intimação, e em sequência fomos a tribunal para um julgamento que o meu advogado oficioso classificou como “um número de circo”.
A senhora D. Rosalina pintou a história de todas as cores, alegando que estava verde quando passou, e desta feita já queria pagamento por cosméticos vários, já não era só o champô… Beneficiou-me muito o facto de ela não ter um discurso minimamente lógico. Inclusive, interrompeu o Juiz, enquanto este a interrogava! Também me beneficiou ter uma testemunha, que mesmo não tendo visto o acidente, viu a D. Rosalina entrar e sair do seu estabelecimento, imediatamente antes da ocorrência. Melhor ainda, a D. Rosalina, estupidamente, desmentiu que estivera no dito estabelecimento, quando isso não provava nada…
Bom, que sirva de anedota esta história e para pensar que há julgamentos que correm bem, para o nosso lado.
De salientar que em situações destas, convém procurar assegurar testemunhas, quanto antes. E ter muito cuidado com os peões, especialmente se levarem sacos com champô!
Espero que a abundante distribuição de estupidez humana também te favoreça!
Boa sorte!
Passei só para dizer que em relação ao meu caso, fui ontem ouvido na GNR e entreguei o vídeo a pedido do Ministério Público, vinha também uma minuta que pedia que eu pormenorizar-se os acontecimentos! De louvar o profissionalismo do GNR que me atendeu que ficou assustado quando viu as imagens e mostrou total indignação com a manobra do condutor, segundo ele, quando o Ministério Público pede imagens e declarações ao pormenor quer dizer que a coisa ficou preta para o lado do condutor! Para o pessoal que já passou por alguma situação parecida, pediram algum tipo de indemnização? Sempre que houver novidades vou mantendo actualizado o post, beijos e abraços!
Como é evidente pelas respostas aqui apresentadas, os ciclistas não têm deveres, apenas direitos.Ainda não perceberam que as vias públicas são espaços partilhados e por isso têm de existir regras que todos devem seguir pelo que atitudes arrogantes e prepotentes com o falso argumento de que ciclistas não provocam estragos e por isso podem continuar anónimos e impunes apenas vão agudizar o conflito.
E pegando no exemplo, se um ciclista violar o semáforo vermelho e por consequência abalroado por um automóvel a culpa é do automobilista? Quando um ciclista atravessa uma passadeira a um velocidade considerável não permitindo que um automobilista consiga antecipar o atravessamento e consiga parar a tempo a culpa será do automobilista?
Portanto os maus ciclistas são culpa das más infraestruturas! Hilariante !
De forma análoga, os ladrões e assaltantes são culpa das desigualdades sociais e por isso não deveriam ser presos e julgados!
Outra vez o mesmo disco? Já evoluímos para a era digital. Estava na altura de largar as cassetes e mudar a conversa. É sempre o mesmo discurso dos “deveres” e dos “direitos”. Já chateia.
Sim, os condutores de veículos motorizados têm deveres e direitos. Sim, os condutores de velocípedes têm deveres e direitos. Sim, os peões têm deveres e direitos. Alguns deveres e direitos são comuns a todos os tipos, outros são bastante distintos.
Conversa da treta, pá. Parece que estamos a ensinar miúdos de 6 anos a atravessar a estrada.
Mas tu viste o video?
Deveres e direitos? Mas alguém está a exigir um previlégio, ou a exercer o dever?
Se tiveres aí videos teus a seres atropelado por uma bicicleta, então partilha, e terás o meu apoio. até lá isso é um ressabiamento que não se compreende. Tens alguma costela de taxista? bolas…
Ainda hoje de manhã um ciclista montado na respectiva atravessou uma passadeira para peões 20m à minha frente circulando a uns 20km/h surgindo não se sabe de onde e obrigando-me a travar a fundo. Se fosse eu a levá-lo à frente já era um assassino e mais outros adjectivos mas assim não tenho como identificá-lo e apresentar queixa por circular nas passadeiras montado numa bicicleta. Ressabiamento? Não me parece !
De qq forma estava apenas a responder ao “capitão” cujo argumento apresentado para ter identificação era a morte dos 5 ocupantes de um carro provocada por um ciclista, porque se fossem só 4 poderia continuar impune…
Ainda hoje de manhã passei por 3 passagens para velocípedes montado na bicicleta e por uma passadeira onde tive de desmontar. Até me dei ao trabalho de cortar o video para mostrar:
A meu ver, isto é simplesmente um não assunto. Estas travessias só existem porque a infraestrutura está mal concebida em muitos casos. Se observares, o cuidado que se tem entre atravessar montado ou a pé (passagens para velocípedes vs. passadeiras) é praticamente o mesmo: olhar, comunicar visualmente com o condutor e passar. No primeiro caso é possível atravessar mais depressa reduzindo o período de exposição ao perigo e reduzindo o tempo de paragem de quem vem de carro.
@pmmsanches nessas primeiras passagens para velocípedes, uma vez uma condutora que parou para eu passar (como era seu dever) abriu o vidro e me disse que tinha de atravessar a pé. Devem ser estes os deveres que querem que tenhamos… andar com a bicicleta pela mão para todo o lado. Se calhar é isso, não sei. Porque de resto… não estou a ver que mais falta. Será outra vez a conversa das matrículas, seguros e impostos de circulação??
Mas olha Pedro, só uma nota: essa passadeira que indicas no fim como sendo apenas passadeira, é na verdade também uma passagem para velocípedes, como podes observar nesta imagem… o problema é que está já muito gasta e imperceptível. Mas é uma passagem para velocípedes, e deve estar devidamente identificada nalguma “carta” municipal… ou coisa que o valha.
Aconteceu-me o mesmo na semana passada. Mas comigo foi um cavalheiro. Ainda o consegui apanhar no semáforo mais à frente para lhe ensinar aquilo que ele devia saber. Lá admitiu e pediu desculpa e seguiu viagem.
Esta passadeira já teve uma passagem para velocípedes adjacente como muito bem mostras no Gmaps. O problema é que há uns tempos aquilo foi repintado e esta passagem desapareceu para dar lugar apenas a uma passadeira. Até pode estar identificada numa “carta municipal”, a verdade é que à luz do Código da Estrada, não está assinalada como tal e portanto, não tem validade. É que agora nem sinalização vertical, nem horizontal.