Conversão para e-bike

Chegou hoje acho eu. Mas só o consigo ir buscar domingo ou 2a.
Estou em pulgas. Depois conto tudo :slight_smile:

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@Luis_Rocha

Tenho aqui um colega de trabalho, no novo spot, que tb anda a pensar fazer essa bricolage e montar um sistema como o que montaste.

Passado este tempo todo continuas com a mesma opinião sobre o sistema da Bafang?
Que problemas tens tido ou que dicas podes dar a quem quer montar um sistema desses numa bike convencional?

Boas Nuro. Sim continuo com muito boa opinião sobre o sistema Bafang.
Tem montagem muito simples e comporta-se como esperado.
O meu sistema é de 250w o mais baixo da gama.
Investi mais na bateria e acho que fiz bem. Normalmente faz 50/60km sem carregar e ando sempre com a assistência e luzes ligados por vezes uso o máximo da assist.
Notei que quando a carga está a 30% o sistema não funciona bem. Fica intermitente e quase inutilizavel. Portanto não consigo usar até descarregar completamente.
Agora não tenho andado muito porque estou em Lx e uso o transporte da empresa mas os miúdos adoram :blush:
Só far so good👍

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Boa noite Luís,
Depois de alguma pesquisa na internet sobre o kits de conversão para e-bike, eis, que vi o seu testemunho neste fórum.
Reparei que existem vários kits, sendo que já há lojas de bicicletas que já dispõem da opção de transformar as bicicletas, mas nenhuma das que vi faz referência ao kit da Bafang.
Baseando-me em vários testemunhos, incluindo o seu, estou a pensar adquirir o kit da Bafang, mas tenho algum receio, visto que não sei bem se os sites que vejo são de confiança.
Se possível, pode dizer onde adquiriu o seu kit? e já de agora qual o seu custo?

Muito obrigado,
Bruno Nobre

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Olá Bruno.

Aqui vai o “relatório” :slight_smile: Espero que não seja muito longo…

A Bafang é uma marca bastante conhecida. Por exemplo, as bicicletas da JUMP (Uber) que circulam em Lisboa têm motores Bafang (na roda).

O Kit que adquiri é para instalar na pedaleira e é de 250W (o mais básico da Bafang). Parece-me que os que “saem” mais são os de 350W e 500W, mas estes não permitem que mantenhas a bicicleta na classe dos velocipedes, ou seja, legalmente não são bicicletas.

Existem opções de kits que não vêm com a bateria incluída. Podes comprá-la à parte e desta forma aumentar a autonomia (mais capacidade (amperes) = mais autonomia).

Encomendei o kit na Amazon (site alemão) mas o produto foi fornecido por uma empresa chinesa (SHANGHAI LEISHUN INDUSTRIAL CO.,LTD.).

A empresa de logística foi a GLS. Não me recordo se tive de desalfandegar a encomenda e se paguei alguns impostos (penso que não), sorry…

A descrição dos itens foi esta:

36V 250W Bafang 8fun Mittelmotor Conversion Kits with LCD-TFT850C Display + 36V 15AH Tube TigerShark Frame Case iFunMobi Cell Battery with 5A Charger

O custo total foi de 839EUR à data da encomenda Abril 2018, mas atualmente mantém o preço:

https://www.amazon.de/Mittelmotor-Conversion-LCD-TFT850C-TigerShark-iFunMobi/dp/B078VJR82Z/ref=sr_1_1?__mk_de_DE=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&dchild=1&keywords=36V+250W+Bafang+8fun+Mittelmotor+Conversion+Kits+with+LCD-TFT850C+Display+%2B+36V+15AH+Tube+TigerShark+Frame+Case+iFunMobi+Cell+Battery+with+5A+Charger&qid=1588682047&sr=8-1

NOTAS ADICIONAIS:

Existem outros displays com mais ou menos funcionalidades.

A bateria de 15AH dá uma autonomia bastante boa (depende do modo de utilização). Consigo andar uns 80Kms/100Kms sem carregar, usando basicamente o nível 2 e 3 de assistência e muito pontualmente o nível 5 (max.) em subidas (curtas) muito íngremes. Normalmente não uso o acelerador, reduz significativamente a autonomia, só se necessitar de arrancar numa subida muito íngreme e por qualquer razão não estou com a mudança certa (um imprevisto do transito por exemplo). O acelerador (ilegal nos velocipedes, mas ninguém repara nisso… :wink: ) tem vantagem porque o motor responde logo, normalmente necessitas de pedalar um pouco até ligar a assistência (isso não é bom nos arranques em subida).

A bateria vem com 2 carregadores, um “normal” e o de 5A. Este consegue carregar totalmente a bateria num “par de horas”.

Adicionalmente, além da bike usada (OLX) comprei umas ferramentas especiais para montar e desmontar o kit e o eixo pedaleiro e consumíveis elétricos (conectores e materiais para passar a cablagem).

Vê o resultado final em anexo. :slight_smile:

Abraço.

Luís Rocha

Bruno Nobre via Fórum da MUBi [email protected] escreveu no dia segunda, 4/05/2020 à(s) 23:59:

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@mrbaptista, por curiosidade, qual o teu feedback sobre o sistema da Swytch? Estou interessado na V2 que eles estão a lançar agora.

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Encomendei um kit na primeira campanha deles de crowdfunding. Tive vários problemas com maus contactos em que a bateria se desligava a meio caminho ou que o motor soluçava. O próprio motor também fazia muito barulho e introduzia muito atrito quando não estava a trabalhar. Muito mais do que noutras bicicletas eléctricas que já experimentei.
Mandei o kit de volta e enviaram-me outro. Tive exactamente os mesmos problemas, se bem que em menor escala. Voltei a manda-lo de volta e devolveram-me o dinheiro.
Ainda perguntaram se queria trocar por um dos da 2a geração que supostamente já não sofriam desses problemas, mas não quis arriscar.

Para além disso a localização da bateria no guiador para mim não resulta. Ficas com um guiador muito pesado e com o peso muito elevado que te vai tornar a bicicleta muito menos ágil em manobras, e menos estável devido ao centro de gravidade elevado. Para além disso esse peso frontal era muito mau para transportar a bicicleta escada acima, coisa que tinha de fazer diariamente. E também interferia com o bagageiro frontal, limitando muito a sua capacidade de carga.

Dito isto, eu não o recomendo. Mas pelo que sei o @luxorman tem um e está satisfeito.

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Viva,
Estou a estudar a hipótese de instalar um kit pedelec numa bicicleta, e tenho algumas questões para as quais pedia a vossa ajuda,
A bicicleta que vou usar será uma btt dos anos 90, com quadro em cromoly, roda 26. Ainda não me decidi se será um motor de cubo ou central. Uma das hipóteses sobre a qual tenho lido é o motor central de 250w da bafgang que aqui já foi falado. A seu favor terá a maior eficiência e torque do que os de cubo, resultando em mais potência e maior autonomia, para a mesma bateria do que um de cubo.
@Luis_Rocha, que tal tem sido a experiência com o bafgang? Dado que os comentários anteriores são antigos, pode deixar algum feddback actualizado dessa utilização?
Algumas dúvidas em concreto que tenho:

  • houve alguma avaria?
  • que manutenção é que o motor precisa? E qual o intervalo de km’s para essa manutenção?
  • qual é a relação que tem na transmissão, (prato e cassete) e se sente que é suficiente? É que ao instalar o kit fico só com um prato à frente e a cassete que tenho atrás não tem muita amplitude. Pelo que andei a ler, com esses motores convém rolar leve, com mais rotação do que carga, para optimizar o motor e tb para o preservar, certo?
  • qual é o desgaste que o motor introduz na transmissão, ou seja, aproximadamente qual a frequência com que troca de corrente e cassete?
    Coloquei a questão ao @Luis_Rocha pela experiência que ele pode já ter com este kit em particular, mas agradeço todos os contributos que possam dar.
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Olá Julio.

De um modo geral, estou satisfeito com a transformação que fiz na minha Schwinn Voyager, roda 700Cx40.

Antes deste ultimo (longo) periodo em teletrabalho fazia diariamente Porto Salvo - Picoas - Porto Salvo, 1 x semana (~55Km) e nos restantes 4 dias Porto Salvo - PaçoDarcos (Comboio) - CaisdoSodré - Picoas e volta (~27Km). O meu objetivo é fazer todo o percurso de bicicleta os 5 dias da semana.

O motor tem um bom comportamento, sem avarias até ao momento, e sinceramente, não sei se precisa de alguma manutenção :slight_smile: .
Na transmissão uso o prato default da Bafang (é um 44 ou 46) e a cassete é SRAM 7v que deve ser 14-34 (o 1º carreto 34 é o que chamam de MegaRange, tem muito mais dentes do que o 2º carreto). Para ser mais rigoroso teria de ir contar os dentes… :stuck_out_tongue:
Ainda não troquei nenhum componente da transmissão.

Agora vamos à minha opinião :wink:
Motor: Tive oportunidade de experimentar outras bicicletas não transformadas, tipicamente com motores da Bosch, que me pareceram funcionar melhor, não sei se têm maior binário mas notei uma melhor resposta. Os motores da Brose, por exemplo, têm 90Nm. Este motor (BBS01 - 250W) tem um binário máximo de 80Nm, que é razoável/bom e funciona perfeitamente sem falhas e entra suavemente.
Bateria: Tenho uma bateria de 36V/15Ah. Consigo andar à vontade 60Km sempre na assistência máxima (nivel 5) usando o acelerador com regularidade nas subidas (~5Km). Ainda sobra carga na bateria, mas tenho de carregar diariamente para garantir a inexistência de falhas (perto do final da bateria é um “desatino”, o motor funciona de forma intermitente). Estou muito satisfeito com a opção que fiz pela bateria, tem 2 carregadores (um deles tem 5A, carrega 100% em algumas horas).
Travões: A base tem v-brake. Vão servindo mas… com chuva e dado o peso do conjunto… ui… ui… Na próxima disco sem duvida nenhuma!
Transmissão: Uso a que estava na base, não mudei nada, mas não gosto muito. O Megarange é muito raro usar, só se for a subir “uma parede”. O mais pequeno por vezes parece curto (talvez melhor um de 10). Acho que o ideal é fazer uma cassete à medida, com a assistência eletrica não precisamos de intervalos muito proximos nos carretos nem de muita amplitude. Quanto ao desgaste não sou o tipo certo para questionares, sou mais descontraido, uso como me apetece e me dá jeito quando necessitar de trocar, troco, ponto final! :slight_smile:
Ah! com a assistencia eletrica rodas sempre “leve” (na maior parte dos casos) o controlador doseia a assistencia de acordo com o esforço que estás a fazer, se escolheres bem as mudanças (com antecedência) não terás problemas e rotação em vez de carga, sim, foi assim que aprendi a rolar em estrada, não conheço outra forma…
Resumindo: Estou bastante satisfeito com o kit, o sistema monta-se facilmente, o motor parece ser bastante fiável e a bateria dá-lhe a autonomia adequada para a minha utilização. Sem qualquer indicação negativa.

Meu conselho: Quanto ao Bafang aconselho sem problemas. Na base é que acho que deves dar mais atenção. Para um melhor resultado final, a bike onde vais montar o sistema tem de ser adequada ao uso que vais dar. Se é para andares fora de estrada, aconselho motores mais potentes (500W ou mais). Se for para andar na estrada/commuting a roda 26 OK se for para andar 7Km/10Km. Para mais acho curta, melhor uma 700C com pneu larginho (38 ou 40), e… Travões de disco!!!

Espero ter ajudado. Se precisares podes contactar-me sem problemas.
Abraço.
LR

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Lembrei-me de outra coisa.
Nos motores de cubo o desgaste da transmissão não é problema, aliás até pode poupar os componentes porque a ajuda que o motor dá não é sobre estes componentes e por isso ajuda a diminuir o esforço na trasmissão.
Já nos motores centrais o cenário é o inverso.
Depende do que se pretende, as Gira de Lisboa têm motor de cubo e andam bastante bem (acho eu…) Não vejo necessidade de complicar mais para essa utilização.
A montagem destes kits de cubo é mais simples, normalmente fornecem a roda com o motor instalado e a caixa da bateria tem espaço para o controlador. Se colocares o motor na roda da frente (mais simples) e a bateria no quadro (portanto peso mais sobre à dianteira), como o teu peso vai ser mais sobre a traseira consegues um conjunto relativamente bem equilibrado.

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Obrigado @Luis_Rocha pela excelente e detalhada descrição. Ajudou :+1:

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Recomendam alguma loja/marca para converter uma bicicleta tipo “vintage” de uma forma discreta?

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Uma bike convertida