No documento http://www.cm-lisboa.pt/fileadmin/VIVER/Mobilidade/ESTUDO_BUS_MOTO.pdf na página 13 indica que o IMT indicou que
"Na sequência da recomendação do IMT I.P., foi abandonada a proposta de coexistência de BUS&BICI&MOTO, i.e, a coexistência de motociclos e ciclomotores, bicicletas e transportes públicos no corredor BUS da Av. Columbano Bordalo Pinheiro. "
No entanto recebi esta resposta quando questionei o imt.
"
Exmº Senhor
A matéria relacionada com a circulação e segurança rodoviária é da competência da ANSR- Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária e das entidades fiscalizadoras do trânsito (PSP e GNR), não deste organismo.
@core, esta questão parece-me pertinente para esclarecermos as questões que impedem a criação de corredores BUS+Bici em Lisboa. Não acham que deveríamos preparar um texto para enviar a estas entidades a questioná-los sobre isso?
Perguntei sobre as vias partilhadas bus+bci ao medina há uns tempos… ele disse:
“o nosso objectivo é ter uma rede de ciclável com ciclovias ou vias mistas sub 30 em toda a cidade. É para isso que trabalhamos, melhorando a mobilidade na cidade e preservando a segurança de ciclistas e peões.”
que é não responder à coisa ^^ eu ainda tentei insistir, que mais vale ter esta possibilidade, até haver uma alternativa melhor em todas as zonas, mas já n deu pra mais ^^
A subir a Rua Braamcamp em Lisboa, que vai do Marquês de Pombal ao Rato, tenho uma via BUS e uma via não-BUS. Legalmente sou obrigado a ir pela não-BUS. Adivinhem qual é de longe a mais segura para eu me deslocar… Se houvessem ciclovias em todas as ruas e avenidas da cidade, ainda percebia o argumento de que é para não dificultar o fluxo dos transportes públicos… agora assim, é óbvio que não dá.
Depois de ser aprovado o novo CE, a MUBi enviou um parecer à CML sobre o tema das vias BUS & Bici. Nele propunhamos que se adoptasse por regra que todas as vias BUS podiam ser utilizadas por bicicletas mas não por motas.
Se se verificasse que nalguma via em particular, a presença das bicicletas gerava problemas (redução da velocidade comercial dos autocarros ou conflitos), então nessa via seria proibida a circulação de velocípedes.
A CML acabou por optar por escolher algumas para se tornarem BUS & Bici. Penso que aguarda (há muuuuuito tempo) parecer da ANSR…
Effectivamente fiquei surpreendido: na avenida Calouste Gulbenkian, frequentemente congestionada até a praça de Espanha, apareceram há meses uns simbolos na via Bus, tambem o simbolo das motos…
Conclusão: o lobby das motas é mais eficaz que o das bicicletas
A ideia do Medina é criar condições de circulação para velocípedes seguras e segregadas sempre que possível e necessário. Por exemplo, na Av. da República não faria sentido um corredor BUS+Bici porque foi criada a pista especial para velocípedes. Na Calouste Gulbenkian a ideia será semelhante porque será criado o Corredor Verde até Alcântara.
Isto para dizer que a ideia até parece ter sentido. O que não invalida que pontualmente a segregação seja inviável e se opte por um corredor BUS+Bici, mas não estou a ver isso para breve.
Nos casos onde não haja infraestrutura segregada para velocípedes, só faz sentido que as vias BUS passem a vias BUS+BICI, ou, neste caso, BUS+MOTO+BICI. As prioridades estão trocadas aqui, principalmente no que diz respeito à hierarquia das vulnerabilidades. Não se está a discriminar positivamente quem utiliza a bicicleta, nem a proteger-se o utilizador mais vulnerável.
A situação torna-se caricata quando temos um corredor para motociclos e TP’s que ignora por completo os utilizadores de bicicleta. É desresponsabilização política, ou, então, mera falta de interesse.
Aproveito este tópico para perguntar o que acham que se deve fazer quando há apenas duas vias e a da direita é uma via BUS.
Tive de andar nalgumas ruas assim e parece-me que é uma situação lose-lose.
Se me encostar o mais à direita, vou levar razias de táxis e autocarros a ultrapassarem.
Se ocupar o centro da via BUS, vou irritar os taxistas que se colam e fazem razias ao ultrapassar, e também levo razias de motas que conseguem ultrapassar mesmo comigo no centro da via.
Se ocupar a via da esquerda, vou irritar os restantes condutores que serão obrigados a circular atrás de mim durante largas distâncias pois nem sequer posso encostar-me à direita para facilitar a ultrapassagem pois à direita é a via BUS…
eu normalmente vou pelo bus, mas se estiver pouco trânsito (ou estiver tanto que a via da esquerda está quase parada) e reparar que vem 1 autocarro costumo desviar-me para a da esquerda para ele passar
ps: quando são 3 vias não sei se é muito melhor, porque ir na do meio implica ser ultrapassado dos dois lados que também não é muito agradável
Uso sempre a via do BUS e nunca tive qualquer conflito com os motoristas da Carris. E mesmo os poucos que tive com taxistas… cheira-me que é mais pelo simples facto de existir e ser ciclista do que propriamente por estar no BUS. Isto é, acho que o comportamento deles para connosco, em geral, não muda por se tratar de uma via BUS (só me aconteceu uma vez um taxista buzinar-me, e percebi que era por estar no BUS)
Ja aconteceu a alguém ser mandado parar pela PSP por circular (de bicicleta entenda-se…) num corredor BUS?
Há quase 2 anos que faço o percurso praça de Espanha - Benfica passado em frente ao jardim zoológico e seguindo pela estrada de Benfica - que é quase toda reservada a transportes públicos. Hoje, pela primeira vez, fui mandado parar por um agente da PSP que me informou que se me voltasse a apanhar ali passava-me uma multa… A conversa começou com a inevitável piadinha “está a conduzir um transporte público?” e acabou com “desta vez passa mas olhe que eu ando sempre por aqui”.
Qual seria a vossa reação nesta situação?
Alguém conhece percursos alternativos? Fazer a Av dos Combatentes e depois a Av. Lusíada não é uma alternativa que me deixe muito seguro mas aparentemente é permitida pelo código da estrada…
Já agora, perguntei ao agente qual seria o montante da multa… ele não tinha bem a certeza mas achava que era €35 (metade do que seria para um veículo motorizado). Não sei onde é que ele foi buscar essa ideia. Segundo estive a ler a multa por andar em corredores bus é de €120 independente do veículo ter motor.
todos os dias passam ai dezenas e centenas de bicicletas. Basta ver o strava heatmap para perceber isso. A alternativa é ir por fora junto à linha de comboio ou por dentro pela estrada da luz. Na Avenida Lusiada para subir é complicado, as entradas e saídas são muito complicadas e a descer mesmo que vás a 50 há carros a ir a 90, 120…ou mais. Para ir devagar penso que seja ainda mais perigosa.
A maior parte das multas para ciclistas são metade.