Descarbonizando: Do automóvel ao imóvel

‘Descarbonizando: Do automóvel ao imóvel’, artigo da Sara Campos, da Quercus:
http://smart-cities.pt/opiniao-entrevista/imovel-descarbonizar2804/

Segundo este artigo, a descarbonização dos transportes passa somente por converter o parque de veículos particulares com motor de combustão em veículos particulares com motor eléctrico!

Ao reduzir a questão dos transportes apenas às emissões de CO2 estamos a deixar mt coisa de fora. Mas, obviamente, aceito que haja estudos e opiniões que se foquem em questões particulares.
No entanto, deixar de fora da equação as formas de mobilidade activa, os transportes públicos e a intermodalidade, e a poluição resultante do processamento de baterias eléctricas e do ciclo produtivo de novos automóveis, faz com q a análise seja em grande medida deficitária e deficiente.

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Acho de facto necessário separar as duas coisas: menos carros nos centros urbanos, sim.
Os poucos que restarem, pois é preciso sempre alguns, que sejam electricos.
Convinha tambem ela falar da corrida às terras raras pelo mundo fora para obter os elementos das novas baterias, geradores e outros que são necessários para essa transição. Essa corrida tem tambem um custo ambiental.

Ainda não li, mas deve ser na mesma linha de pensamento:

https://waitbutwhy.com/2015/06/how-tesla-will-change-your-life.html

Esse tipo da Tesla é um burlão. Os problemas para o futuro são políticos, não tecnológicos e esse burlão quer passar a mensagem que o problema é de natureza tecnológica.

@Rui atenção que os carros elétricos emitem também muito CO2, mas na fonte, ou seja na central de produção de energia. Basta analisar o mix energético da Europa.

As únicas vantagens que os carros elétricos têm está no ruído e nas emissões de poluentes locais. Tudo o resto é greenwashing.

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Mais um dado interessante

A descarbonização da economia passa inevitavelmente por conseguir que estes setores deixem de ser reféns dos combustíveis fósseis e transitem para a energia limpa, assente nos combustíveis alternativos, nas energias renováveis e na eficiência energética.

Este é um grande problema. Toda a gente quando fala de eficiência energética, pensa sempre ou em lâmpadas LED, máquinas de lavar categoria A ou quanto muito no edificado, mas nunca ninguém concilia eficiência energética com transportes onde está o maior potencial de poupança.

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Penso que é preciso evitar este tipo de argumento, o preferido dos Petrol addicts e…das petrolíferas, que é muito enganador.
O fabrico de um automovel electrico é pouco mais poluente do que o fabrico de um a combustível fossil.
Se a energia utilizada para os recarregar vier das renováveis, já não é greenwashing…
Nas emissões de Co2 há problemas bem maiores, como as da agricultura e pecuária, que são as primeiras fontes de emissões de gazes com efeito de estufa.

Esta é a mescla energética mundial.

As baterias fazem pouca diferença

Eu percebo o que o Aonio quer dizer. Eu estou num grupo no facebook que segue uma determinada linha ecológica, ambientalista e de protecção ao planeta, onde por vezes as boas práticas ambientais por lá partilhadas passam por formas de lavar o carro ou materiais usados para a construção de estradas… :face_vomiting:

O segundo resultado no Google para “eficiência energética nos transportes” (em Inglês) é um relatório da Agência Internacional de Energia. E o primeiro capítulo do dito, é sobre que “tipo de pneus” que se deve usar. As pérolas seguintes são da mesma ordem de grandeza.

Vá lá, o primeiro resultado é o verbete da Wikipédia anglófona, onde fui um grande contribuidor :slight_smile:

O INE- Instituto Nacional de Estatística lançou O 𝗜𝗖𝗘𝗦𝗗 𝟮𝟬𝟮𝟬, atualizando os valores de 2010.

:house: O ICESD – Inquérito ao consumo de energia no setor doméstico tem como objetivo o conhecimento atualizado do consumo de energia no setor doméstico em Portugal.

Algumas conclusões do Inquérito ao consumo de energia no setor doméstico (ICESD):
:bulb: A eletricidade continua a ser a principal fonte de energia consumida no alojamento (43.1%).
:red_car: O transporte individual dos residentes no alojamento representou 43,8% do consumo de energia.
:moneybag: A despesa global média com energia por alojamento foi de 1 900 €, incluindo combustíveis nos transportes.

:mag_right: Saiba mais em LinkedIn

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Muito interessante para a discussão sobre a regressividade dos impostos sobre os combustíveis.

O @Aonio_Lourenco tem um bom artigo sobre isto: OE 2016 é positivo para a economia

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