Dia Mundial da Bicicleta: pedalar no campo e na cidade, de norte a sul

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Dia Mundial da Bicicleta: pedalar no campo e na cidade, de norte a sul

Ecopista do Tâmega. (Rui Oliveira/GI)

Nuno Cardoso
31/05/2020

Num país versátil em ciclovias e ecopistas, basta escolher entre cenários de rio, serra, encosta, praia ou na cidade. O importante é pedalar neste Dia Mundial da Bicicleta que está à porta, a 3 de junho, e nos restantes dias do ano.

Pedalar sem perder o Norte

O Alto Minho é pródigo em vias cicláveis em cenários de rio, mar e serra. Dois dos destaques vão para a Ecovia do Rio Lima e a Ecopista do Rio Minho , moradas incontornáveis para praticantes locais. A primeira desenha-se ao longo de 46 quilómetros, atravessando os concelhos de Viana do Castelo, Ponte de Lima, Ponte da Barca e Arcos de Valdevez. Na segunda, pedala-se em paralelo ao curso de água que a batiza, entre vinhedos, campos de cultivo e praias fluviais.

Ecovia do Rio Lima. (Rui Manuel Fonseca/GI)

Ecopista do Rio Minho. (Leonel de Castro/GI)

Um pouco mais abaixo, dá-se aos pedais em 40 quilómetros de piso plano, num percurso que permite conhecer o Vale do Tâmega, a Serra do Marvão e o Parque Natural do Alvão. A Ecopista do Tâmega veio rejuvenescer um antigo caminho-de-ferro há muito desativado.

Na Invicta, é ao lado do Atlântico e do Douro que se pedala desde 2007, com a Ciclovia da Foz , que liga o lado marítimo do Parque da Cidade à foz do Douro, junto ao Observatório das Aves. Ao todo, são quase cinco quilómetros de trilho ribeirinho. Para um passeio mais afastado da confusão citadina, é seguir rumo à Ciclovia do Parque da Cidade . Dos 83 hectares do maior parque urbano do país, 10 são dedicados aos amantes de bicicletas, com sinalização e ar puro para dar e vender.

Centro: no meio está a virtude

Chegou a arder nos incêndios de 2017, mas o Passadiço do Alamal reabriu na primavera do ano passado, em Belver, concelho de Gavião, distrito de Portalegre. O pontapé de saída é feito na Praia Fluvial do Alamal e termina na centenária Ponte de Belver, somando dois quilómetros na margem esquerda do Tejo. O passeio faz-se perto de encostas abruptas, ao som de aves e das águas das ribeiras que desaguam no rio.

Outra boa alternativa a centro é a Ecopista do Dão , a antiga linha ferroviária entre Santa Comba Dão e Viseu que foi reabilitada há uma década, depois de 23 anos ao abandono. O trilho ciclável é de 10 quilómetros, parte dos 49 que constituem este caminho, entre campos agrícolas, vinhas e bosques de carvalhos, sem nunca perder o Dão de vista.

Ecopista do Dão. (Maria João Gala/GI)

Sul: a descer, todos os santos ajudam

É impossível falar-se em pedalar na capital sem pensar na ribeirinha Ciclovia Cais do Sodré-Belém , uma das mais usadas e centrais, sempre ao lado do Tejo. Ao todo, tratam-se de sete quilómetros a direito, passando por algumas zonas verdes e esplanadas, ao longo de sete quilómetros, inaugurados há mais de uma década.

Ciclovia Cais do Sodré-Belém. (Sara Matos/GI)

Estes é um dos percursos que se junta aos 90 quilómetros de redes de ciclovias na Grande Lisboa. Nestas inclui-se a Ciclovia do Tejo , inserida no Parque Ribeirinho Moinhos, na Póvoa de Santa Iria. Ao longo de dois quilómetros, passeia-se ou pedala-se em silêncio, entre vegetação rasa e altas palmeiras e oliveiras. Já a sul do Tejo, a Baía do Seixal dispõe de 14 quilómetros, que atravessam o Seixal, a Arrentela e a Amora, de olhos postos no Cristo Rei, na Ponte 25 de Abril e na mancha verde de Monsanto.

Ciclovia do Tejo. (Fotografia: DR)

Mais abaixo na geografia, vale a pena visitar, sob duas rodas, a Ecopista do Montado é um dos ex-líbris de Montemor-o-Novo, no Alentejo. Liga o centro da cidade à Torre da Gadanha, num trilho reabilitado onde passava antes a linha férrea. Aqui, passeia-se entre rebanhos, um castelo e o rio Almansor.

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