Saiu o decreto com a execução do estado de emergência:
Sobre a restrição de deslocações:
2 - Os cidadãos abrangidos pelo número anterior só podem circular em espaços e vias públicas, ou em espaços e vias privadas equiparadas a vias públicas, para algum dos seguintes propósitos:
(…)
d) Deslocações de curta duração para efeitos de atividade física, sendo proibido o exercício de atividade física coletiva
Podermos dar um passeio de bicicleta, sozinhos pela cidade, em nome do exercício físico?
O que citaste é do ‘artigo 4º - Dever especial de proteção’ (para maiores de 70 anos e outros casos especiais).
No artigo 5 - Dever geral de recolhimento domiciliário (para a generalidade dos cidadãos), é permitida a mesma coisa:
h) Deslocações de curta duração para efeitos de atividade física, sendo proibido o exercício de atividade física coletiva;
mas também:
i) Em deslocações de curta duração, para efeitos de fruição de momentos ao ar livre;
Curioso como a generalidade dos cidadãos pode sair para “fruição de momentos ao ar livre”, mas os maiores de 70 anos e pessoas doentes tenham que o fazer “para efeitos de atividade física”
Bem, isto foi escrito à pressa. E, na verdade, para a maioria das pessoas actividade física no espaço público corresponde a fruição de momentos ao ar livre, e vice-versa.
Mas se levarmos isto à letra, a actividade física não pode ser colectiva, mas a fruição do ar livre já poderá ser.
Mas o importante aqui é “Deslocações de curta duração”. Se bem q isto seja muito subjectivo.
Ciclista belga de 22 anos agredido a pontapé enquanto treinava
Alguns cidadãos belgas, preocupados pela propagação do novo surto de coronavírus, decidem fazer justiça com as próprias mãos com aqueles que preferem não ficar em casa.
A Bélgica ainda é um dos poucos países do Velho Continente que permite que os seus desportistas profissionais saiam de casa para treinar.
E o corredor belga Harm Vanhoucke aproveitou essa brecha para ir treinar, mas acabou por ser agredido, neste sábado, por um condutor.
Como relata o diário L’Équipe, Vanhoucke declarou que um condutor, na casa dos 40 anos, saiu do veículo que conduzia, para agredir com vários golpes o ciclista de 22 anos, chegando até a pontapea-lo.
A mesma publicação dá conta que alguns cidadãos belgas, preocupados pela propagação do novo surto de coronavírus, decidem fazer justiça com as próprias mãos para que assim os desportivas e restantes concidadãos belgas tenham medo de ir praticar exercício físico para o exterior.
Estive a pensar nisto, de um ponto de vista de riscos calculados…
Tendo em conta a falta de trânsito e falta de controlo pelas autoridades, o excesso de velocidade (entre outros…furar vermelhos?) deve ser mais frequente pelos condutores de veículos poluentes, aumentando o risco de acidente e, mais importante, aumentando a potencial severidade (por não ser tratado devidamente (devido à sobrelotação e/ou alocação do SNS ao Covid)). Ou arriscar-se a ser agredido como o belga…
Poder,podemos. Mas se estivermos a pedalar numa zona onde passam mais pessoas,pode haver risco de contaminação. Se alguem espirrar para o ar,por exemplo.
A sábado, 21/03/2020, 12:15, Bartolomeu Bernardes via Fórum da MUBi [email protected] escreveu:
Deve haver menos risco de contaminação nas agressões
Não sei o que passa no cérebro ou falta dele…
Transportes públicos como forma de deslocação em trabalho é mais seguro?? (contaminação covid19)
Filosofia do desconfinamento:
Farto de estar em casa, peguei na na bicla e fui dar o meu passeio higiénico. E pus-me a pensar:
A bicicleta, não será ela mesmo o símbolo máximo do desconfinamento?
A bicicleta não é um veículo como outro qualquer? As pessoas é que fazem ou não higenização a pé, mota, carro… e já agora bicicleta.
Para mim são as autoridades o símbolo máximo do desconfinamento
No próximo episódio desta “série de justiça pelas próprias mãos”, agrupamentos de peões e ciclistas colocam-se em pontos estratégicos com radares e espingardas de alta precisão a atingir automobilistas e motociclistas que excedam o limite de velocidade, que usem o telemóvel, que não abrandem na aproximação a uma passagem de peões ou velocipedes ou que estacionam em cima do passeio. Nesta operação foram usados milhares de munições e atingidos milhares de condutores que prevaricam as regras de segurança, colocando os outros em risco.