Fogos, avioes na praia.. e os popos?

O incendio de pedrogao esteve (está) nas noticias muito tempo, a aterragem da avioneta na caparica também teve direito a noticias e houve bastante discussão no facebook

e os popos? acho que li no fb de alguém daqui das bicis a falar sobre o facto de haverem mais 200 e tal mortos do que em 2016, mas nada que se compare aos 2 casos de cima, que tal aproveitar este facto para pedir/exigir que se fale neste assunto? Afinal temos per capita o dobro dos mortos na estrada que a espanha, portanto dificilmente se pode dizer que não se fala no assunto porque não há nada a fazer

a inspiração… “210kmh com carro cheio” e um smiley… jeez

O máximo que já dei foi 80 a descer com 15kg nos alforges e um raio a menos .

Sempre me fez confusão essa coisa de se falar e fazer pouco em relação a isso. Como vão morrendo aos poucos ninguém liga.

é por morrerem aos poucos, por serem tantos que deixa de ser noticia, por ser banalizado por ser um “acidente” em vez de algo evitavel

depois quando é noticia (no fim do ano) é uma noticia de 2 minutos com um numero tão alto que pouco ou nada diz às pessoas… ou entao é um ator de telenovela e ai sim é caso para noticias de semanas.

isso aliado à inação da policia claro.
é incrivel a quantidade de gente que usa o telemovel enquanto conduz… é tao banal que as pessoas já o fazem sem sequer esconder ou “a despachar”.

outro dia (De mota) parei numa passadeira para deixar uns peões passar .

antes de travar vi pelo retrovisor que o unico carro atras de mim estava a uns 50 metros ou mais de distancia. iam os peoes a meio da estrada quando atrás de mim oico travões a fundo e de seguida um cheiro a borracha queimada.

ao inicio ate pensei que tivesse sido no sentido contrário até que percebi pela cara dos peões que era atrás de mim.
um taxista, provavelmente nao me tinha visto nem a mim nem aos peões e ainda ficou a mandar vir comigo… provavelmente vinha a andar a contar trocos ou a mexer no telefone enquanto vinha a descer a rua.

incrivel como se deixou o problema dos telemoveis e dos carros em 2a fila/cruzamentos/passadeiras que cortam toda a visibilidade chegar a um ponto onde agora parece impossivel fazer alguma coisa

e incrivel como com os numeros que temos não se vêem mais campanhas nas radios/tv nem como a policia continua a ser tão tolerante em tudo o que ve… so se preocupam com radares nas nacionais, em cidade é selva.

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tipicamente só ouvimos falar de números quando na operação coelho da pascoa morrem menos 2 pessoas

Eu todas as semanas vejo notícias como esta:

Cito a parte que interessa a este tópico:
“Na área da fiscalização de trânsito, a GNR detetou 10.652 infrações,
3.910 das quais por excesso de velocidade, 580 por condução com taxa de
álcool no sangue superior ao permitido por lei, 394 por falta de
inspeção periódica obrigatória e 452 por falta ou incorreta utilização
do cinto de segurança ou cadeirinhas para crianças, além de 362 por uso
do telemóvel durante a condução”

E vejo que não há um verdadeiro alarme a este grave problema da sociedade Portuguesa. Nem prevenção nem educação eficazes e constantes.
Porque “só acontece aos outros”…
Ao contrário de outras desgraças, não sei quando é que vão realmente fazer alguma coisa para reduzir esta monstruosidade de números.
Se calhar, até se vai fazendo. Se calhar é por sermos um povo de tão brandos costumes, até mesmo nas estradas, que existem estes números todas as semanas. Ignorância? Desprezo? Falta de civismo? De educação? O inexplicável do óbvio. As pessoas estão se a cagar para os outros. Ao contrário da galinha, o meu umbigo é muito melhor (e maior) que o do vizinho. Ou melhor, o meu umbigo é… bem, só consigo ver o meu umbigo.
Por vezes parece que o civismo e a boa educação são virtudes, raridades, quase como super poderes. Haja vontade, e muita, de mudar este enigma no comportamento nas estradas nacionais.

Para terminar este desabafo, são estes trágicos números/notícias/links que apetece-me sempre colocar em comentários inconscientes e ignorantes daqueles que depreciam os utilizadores da bicicleta e todos os vulneráveis.
Mas contenho-me. O mundo da internet é ainda mais cobarde que o real.

Bom fim de semana! Boas pedaladas!

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O problema dessas noticias é que sem os números a acompanhar (e veja-se as noticias que circularam por causa do nº de mortos no incendio, se era 64 ou 65)

depois é só comentários da “caça à multa”, aposto que as pessoas pensavam mais no tema se soubessem o novo nível de mortos per capita nas estradas (o dobro dos espanhois p.ex.

Velocidade: so a repressao indo ao bolso funciona.
Em França dividiram o numero de mortos por 2 colocando milhares de radares automaticos.
A multiplicação dos radares fixos e moveis em Portugal tem vindo a contribuir. Estou confiante pois circula se bem mais devegar que nos anos 90 e 00 onde se andava facilmente a 180 nas estradas nacionais e era visto como normal.

mas cá parece que já há muitas mais mortes do que no mesmo periodo do ano passado =/

@sequeira_pedro_rc , o que a mim me parece é que tal se deve não a piores comportamentos na estrada, mas a muuuuitos mais carros na estrada. Tem havido um incremento estúpido de carros na estrada à medida que a crise se foi esvanecendo…

É verdade José, isso é algo que penso constantemente. O aparente decréscimo da crise está a levar novamente à confiança consumista do Português e em consequência a compra de mais carros.
Lembro-me nos anos da dita crise de vários stands automóveis terem fechado. Mesmo muitos. Desde à 2 anos, pós a crise, que os stands que fecharam abriram novamente e outros mais. Nota-se bem isto na estrada que vai para Sesimbra, a de Fernão Ferro. É uma estrada que faço muitas vezes (não de bicla) e foi um facto que constatei ao longo destes anos da pré-crise, da crise e pós crise.
Também durante a crise foi evidente a preocupação de mais pessoas na questão de poupar, logo fazerem contas à vida nos gastos inclusive o dos popós. Também várias famílias/empresas ficaram insolventes e terem perdido os carros e outros bens. Percepcionei sem dúvida menos carros nas estradas na altura da crise. Lembro-me de haverem grupos organizados de boleias. Continuam haver mas muito menos.

Era um estudo interessante de se fazer, comparando os anos da crise com os anos depois. Comparar os níveis de consumismo, preocupação ambiental e reciclagem de produtos funcionais e até comparar na questão de mobilidade. Em que anos é que as pessoas mais decidiram por meios de mobilidade mais suaves e sustentáveis.