Madonna e o estacionamento em Lisboa

se alguma tivesses procurado um lugar dedicado em lisboa saberias que é bem mais que 50 euros ao mes por carro :slight_smile:

o parque mais proximo daquele é o da EMEL em Santos (Que é no meio do nada,e por isso é dos parques mais baratos que ha). ainda assim é 65 euros ao mes. Mas claro ela nao pode ter o carro tão longe de casa .

Indo a zonas zonas com um perfii mais parecidas com a zona dela, o parque na calçada do combro é 166 euros ao mes, mas esse seria já bem longe dali. Ali pela falta de oferta o preço de um lugar a preço de mercado seria obviamente mais alto.

para nao dizer que uma pessoa “normal” nem pode pedir mais que 3 disticos por residencia para estacionar na rua, muito menos vai a CML procurar descampados perto de casa para estacionar uma frota de 15.

se tambem formos ao preço por m2 (afinal é um terreno…) dá menos de 3 euros por m/2… portanto bem abaixo do preço m2 que lisboa tem de momento.

a situacao é ainda mais ridicula por criar um precente de alugar um terreno (que nem é para estacionamento) a um privado a preço de saldo. porque se quando a madona desocupar o terreno for lá o Senhor Manel pedir para estacionar o carro a 50/mes mandam-no dar uma volta , ele que pague o distico anual

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Como é que fazem as rent-a-car? Alugam 3 a 3 ? Como empresária da indústria do entretenimento pode alugar o terreno com o faria uma empresa negociando para isso .

E o preço de aluguer não é em mercado livre ? Ou existe uma tabela de preços de aluguer de terrenos privados ?

uma empresa de rent a car é… uma empresa, e o exemplo é ridiculo ja que essas empresas em geral têm os carros em parques de estacionamento a serio.

a CML “cedeu” lhe um terreno que nao esta aberto ao publico a titulo individual apenas por ela viver ali (como vivem todos os vizinhos), nao por ter ali uma empresa.

gostava de os ver a fazer o mesmo a outros moradores por esse valor… ou tambem era giro se ela tivesse 30 carros 2 helicopeteros e 1 barco, sera que tambem lhe arranjavam espaco?

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Até já divulgaram o contrato:

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Como é hábito debitam asneiras antes de se informarem. A cãmara não cedeu, alugou. Como detentora de um visto Gold, a senhora tem vários privilégios, entre os quais descontos generosos no aluguer de terrenos e espaços de estacionamento. Portanto a CML limitou-se aplicar à tabela geral as condições do visto gold tal como foram definidas pelo governo anterior, aquele que roubou aos pobres para dar aos ricos, lembram-se ?

"Estacionar em Lisboa, mesmo para moradores, não é facilitado, nem barato, muito menos grátis. Para obter o dístico de residente, para a primeira viatura, paga-se 12 euros por ano à EMEL. Para a segunda viatura, 30 euros. Para a terceira, 120 euros. Tendo isto em conta, parece que o ponto é querer, e bem, dificultar a vida a quem queira estacionar uma frota no centro da cidade, ou não?

Por defeito, não está previsto o valor para uma quarta viatura (confesso que não sei sequer se é possível). Ainda assim, fiz as contas e a verdade é que, mantendo a proporção – e atenção que eu não tenho Matemática desde o nono ano -, o quarto carro deveria custar-lhe 300 euros / ano, o quinto 1200, o sexto 3000, o sétimo 12 000, o oitavo 30 000, o nono 120 000, o décimo 300 000, o décimo primeiro 1 200 000, o décimo segundo 3 000 000, o décimo terceiro 12 000 000, o décimo quarto 30 000 000 e o décimo quinto 120 milhões de euros por ano. O que é 119 999 280 euros a mais do que a renda que Madonna Louise vai pagar à CML."

Eu por acaso fiz as contas de forma diferente.

Cada residente paga 12 EUR por carro por ano, ou seja 1 EUR por carro por mês. Madonna pagará 48 EUR por carro por mês.

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Certo. Agora faz as contas a 15 carro para 1 pessoa. Em vez de 1 carro para 1 pessoa…

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Mas é mesmo preciso explicar-te porque é que só agora a CML disponibilizou aquele espaço para usufruto exclusivo de alguém (por sinal… a Madonna) e nunca o fez por qualquer outro morador daquela zona?

caro , nem sei porque perco tempo a responder sabendo que so estas aqui para trollar

quem debita mais asneiras certamente és tu. por alguma razao coloquei o “cedeu” entre aspas. Ceder nao significa que seja de borla e tem sido o termo usado nos media e pela propria CML.
O proprio contrato que a CML mostou usa o termo ceder, já que é um contrato de cedência.

O espaço já tinha sido alugado anteriormente. Quanto ao termo “ceder” isso já entra no domínio jurídico.

A realidade é que fundamentalistas vão implicar sempre com tudo o que tenha a palavra automóvel. Se tivessem alugado o espaço para armazenar frigoríficos por metade do preço actual ninguém se chateava.

O problema é que a indignação pouco tem a ver com automóveis! A notícia só surge neste espaço porque é sintomático do quão viciada está a sociedade em automóveis e do estatuto que ele ainda representa para uma certa elite (e para um certo povinho).

Podia muito bem ser uma casa de banho pública a ser cedida para usufruto exclusivo de alguém, em detrimento e todos os outros. Seria igualmente condenável!
Eu não quero saber se o espaço já foi cedido antes. Não é por isso que passo a achar correcto. Se os mídia tivessem publicado essas outras cedências, se calhar toda a gente aqui teria tido a oportunidade de também achar mal.
Mas parece que, como é para guardar carros, está tudo bem… é assim.

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De salientar que denoto em qualquer caso um problema por parte da CML, que é o contracto ad hoc estabelecido com Madona, ademais estabelecido “oralmente” diretamente com Medina Carreira. Pergunto como poderá um cidadão comum alugar espaço similar por 720€ por mês. Não terá por certo tamanhas liberalidades.

Dito isto, o que quis frisar é que o tuga lisbonês paga uma ninharia pelo espaço público, apenas, se for para estacionamento.

Um feirante de Lisboa paga 180 vezes mais pela ocupação do espaço público, que um automobilista residente em Lisboa. Já um comerciante com uma esplanada paga 160 vezes mais pelo espaço público, que o mesmo automobilista residente em Lisboa, considerando o que o dito automobilista residente paga os tais 12€/ano à EMEL pelo respetivo dístico. Falar da cidade, e não falar da valorização do espaço, é ser-se ingénuo, ou ignorante. Em cidades como Lisboa, com as suas pequenas praças e as suas ruelas, o espaço (ou falta dele) é uma questão crucial. Assim sendo é natural que as pessoas paguem pela utilização do espaço, público ou privado. Quando compramos casa, pagamos um certo preço por m2, mesmo que esse espaço seja organizado muitas vezes verticalmente, e nesse preço não estão imputados apenas custos da construção do edifício, estão também contabilizados os custos do terreno, ou seja: espaço.

Quando um comerciante ocupa uma esplanada com um café, ocupa espaço público, então naturalmente terá de ressarcir a autarquia, ou seja o erário público, pela utilização desse mesmo espaço que é público. O mesmo princípio se aplica à ocupação de um quiosque ou de uma banca numa feira. O facto de ser público não quer dizer que é para ser usado gratuitamente, tal só se aplica quando a minha utilização não impede a utilização dos outros. Ninguém paga imposto ou taxa pelo ar que respira nem pela água que bebe da fonte, pois quando respira certa quantidade de ar que lhe rodeia, não limita a utilização dos outros. O mesmo se aplica à água da fonte. Mas quando um comerciante ocupa uma praça com uma esplanada, está a impedir terceiros de usar essa esplanada, para fazer negócio, mesmo que o dito café seja um espaço público para usufruto de todos, mediante o consumo de certos produtos. No caso de um feirante aplica-se o mesmo princípio, tem naturalmente de pagar pela ocupação do espaço que ocupa e esse pagamento depende do tempo em que ocupa o referido espaço.

É assim totalmente aceitável, compreensível e racional que um carro pague estacionamento mesmo o espaço sendo público, e por três razões. A primeira é que o dito carro ocupa espaço público, que podia ser usado para outros fins, como por exemplo esplanadas, quiosques, jardins, parques infantis, etc. e cuja ocupação por parte do veículo, impede terceiros de usarem esse mesmo espaço. Se todo o espaço é pago, público e privado, porque estaria o carro isento? Segundo, é que ao contrário de uma esplanada ou quiosque, um carro parado não presta qualquer serviço público. Um café presta serviço público, pois gera um efeito de coesão no bairro pois por exemplo serve café e pão fresco pela manhã e o mesmo princípio se aplica a um quiosque quando nos vende um jornal. Um carro estacionado está no local imóvel não gerando qualquer efeito sinergético com os habitantes. E em terceiro lugar, ao contrário de uma esplanada, um carro estacionado é apenas um retângulo de metal, que está vedado a todos os restantes cidadãos, ou seja é um espaço público que foi temporariamente privatizado, sem usufruto de terceiros.

O estacionamento na rua, é tecnicamente, uma privatização temporária do erário público sem usufruto de terceiros. Por estes motivos, um carro estacionado deveria pagar mais por m2 do que um café ou uma esplanada. Todavia, feitas as contas, os valores estão assustadoramente invertidos.

in: O automóvel e o preço do espaço público

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Desculpa mas tem tudo a ver com automóveis. Mais uma vez se o espaço fosse alugado para colocar frigoríficos nem seria notícia.

desculpa mas o proprietário de um automóvel não é um terceiro ?

Na tua cabeça…

Este ainda é um país onde há pessoas que, face às instituições públicas e poder político, surgem muito antes de qualquer português comum. No meio da carneirada tu és apenas mais um em linha com esse pensamento.

Continua lá com a tua mentalidade PREC…

Eu acho que lhe devem dar o estacionamento de graça.
Se forem cavalos.