Mais uma denúncia de condução perigosa por condutor da CARRIS

A Carris continua a permitir que condutores irresponsáveis conduzam os seus autocarros.

Mais uma queixa enviada para [email protected]

Exm.ºs Senhores

Venho pelo presente denunciar uma condução muito perigosa por parte de um condutor de veículo pesado de passageiros da Carris, Carreira 728, com a matrícula 34-VR-19, que sucedeu no dia 27 de Maio de 2021 por volta das 14h30 na Rua Fernando Palha, em Lisboa, sentido sul-norte.

Eu deslocava-me a cerca de 20-25 km/h. A rua está com bastantes buracos no pavimento junto aos carros estacionados, que obriga a circular a uma distância de segurança que evite os referidos buracos ou uma abertura de porta. Também existem carros estacionados em segunda fila e atravessamento de pessoas (não existem passadeiras em mais de 200 metros), sendo perigoso circular a mais de 30 km/h nesta rua.

Apesar destas circunstâncias, o vosso condutor decidiu irresponsavelmente fazer uma ultrapassagem em frente ao número 50 desta rua, sem deixar a devida distância de segurança de 1,5 metros, quase me varrendo com a parte lateral traseira do autocarro articulado e entalando-me contra um carro que estava parado em segunda fila. Para logo depois parar para entrarem passageiros na paragem “C-2216”.

Foi uma manobra desnecessária, perigosa e ilegal que me podia ter matado, em total desrespeito aos artigos 18º e 38º do Código da Estrada e acima de tudo em desrespeito à vida humana de outrem.

Artigo 18.º Distância entre veículos
Artigo 38.º Realização da manobra

::: DL n.º 114/94, de 03 de Maio

Denuncio esta situação, não só porque exige-se um ambiente mais seguro e civilizado para todos os utilizadores da via pública, em especial os mais vulneráveis (i.e. utilizadores de bicicletas e peões), mas também exige-se o cumprimento da lei, e comportamentos adequados por parte dos condutores de veículos motorizados que acarreta uma maior responsabilidade na via pública.

Gostava de ver assegurada uma via pública mais segura para todos os utilizadores, em especial os mais vulneráveis como são peões e utilizadores de bicicletas. Ninguém merece ter que sofrer estas agressões por parte de condutores agressivos e perigosos.

Agradeço que seja informado do seguimento desta queixa.

Em anexo envio fotografia tirada na paragem seguinte (C-2204), onde ainda fiquei um tempo à espera do autocarro chegar.

Terei toda a disponibilidade para me deslocar a uma esquadra para esclarecimentos dos factos e apresentar as evidências da ocorrência.

Sem outro assunto, despeço-me com os melhores cumprimentos,

Gonçalo Peres
T: xxxxx
Email: xxxxx

Entretanto, obtive uma resposta:

Caro Senhor

Gonçalo Peres

Agradecemos o e-mail que nos dirigiu.

A Carris aposta na formação contínua dos seus motoristas e guarda freios e monitoriza o serviço prestado, com vista a garantir níveis de exigência elevados e responder de forma adequada às necessidades dos nossos clientes.

Comportamentos como o que descreve não se coadunam com o que identificamos como de referência, motivo pelo qual reportámos esta situação à área de enquadramento para que a mesma possa ser analisada internamente tendo em vista a melhoria contínua do serviço prestado e a correção de procedimentos de acordo com os normativos internos e Código da Estrada.

Apresentamos um pedido de desculpas pelos transtornos causados.

Sempre ao vosso dispor, apresentamos os melhores cumprimentos.

Agostinho Antunes

Núcleo Acompanhamento do Cliente

Direção Comercial e Marketing

Departamento Comercial e Gestão do Cliente

[email protected]

Tel: (+351) 213 613 000

www.carris.pt

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@Toonman queres adaptar e enviar também a expôr a tua recente situação?

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Muito bem @gonperes, o que mais me incomoda é que esta situação se tem degradado… comecei recentemente a sentir estas falhas.
Na minha experiência, há cerca de um ou dois anos não era esta a situação, eu na altura tinha deixado de ver a Carris como fonte de risco e agora repetem-se as situações…

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Alguma resposta?

No mesmo sentido, passo a descrever o que aconteceu-me ontem e a reclamação que submeti via livro de reclamações, enfatizando como a Carris nada faz perante os alertas dos seus clientes, até que algo mais grave aconteça e chegue aos noticiários televisivos:
“Hoje, dia 03.08.2021, pelas 17h40, apanhei na Praça Marquês de Pombal, junto ao McDonald’s, o autocarro nº 753. Deixei aproximar-se o autocarro, e coloquei-me bem à frente da porta de entrada. O motorista avançou mais um pouco até ao semáforo, pelo que fui atrás do autocarro, bati à porta, ele abriu a porta, tendo-lhe indagado então se não me tinha visto, o que hoje arrependo-me profundamente de ter falado com ele. Ora, aqui o indivíduo exalta-se e começa a falar histrionicamente, gesticulando e abanando-se, num comportamento visivelmente errático, instável e perigoso. Alegou, de forma atabalhoada, que “não adivinha” e acrescentou, de forma incrivelmente insolente que eu tenho “cara de estúpido”. Isto aconteceu com o a porta do autocarro ainda aberta, com toda os passageiros na paragem a assistirem a este consternador teatro, tendo efetivamente o motorista conseguido constranger-me e humilhar-me publicamente, tudo porque lhe perguntei se não me tinha visto. Inclusive disse-lhe que não era necessário exaltar-se e perguntei-lhe pelo nome, o que ele recusou-se a dar, apontando apenas para o nº do veículo 4807. A matrícula do autocarro é 20-VQ69. Os colaboradores que conduzem veículos pesados de passageiros devem ser submetidos a testes psicológicos mas também
deve-se aferir da sua capacidade de empatia com o seu semelhante, o que neste caso em concreto é por mais evidente que inexiste.
Aquele comportamento instável e impulsivo periga todos os passageiros e é inaceitável vindo de um profissional. Solicito a identificação deste indivíduo para eventual levantamento de auto de denúncia em entidade policial pela ineptitude para a condução e requeiro ainda que me enviem informação sobre quais as diligências que V. Exas. vão tomar em relação a este vosso colaborador.
Telefonei-vos logo às 18h, por duas vezes, sendo que de ambas o atendimento foi de uma inutilidade absurda, remetendo-me para um vosso e-mail interno e sem procurarem chegar até ao paradeiro do motorista.”

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