Marcha Lenta e Assembleia: "Ruas seguras, Cidades Vivas", Porto, 18/07/2021

Caros membros e não-membros da MUBi,

A secção local do Porto lançou a iniciativa “Ruas seguras, Cidades vivas”, que arrancará com uma Marcha Lenta seguida de Assembleia para sensibilizar para a necessidade de melhores condições de mobilidade no Porto, enquadrando-se na divulgação do manifesto nacional da MUBi.

Foram convidadas outras associações que defendem a mobilidade sustentável no Porto. Foram informadas as associações desportivas, as escolas e os serviços da zona onde passará a marcha (Constituição, Damião de Góis, Covelo). Resta convidar toda a comunidade que segue este fórum a juntar-se, divulgando e/ou participando nesta iniciativa.

Podem saber mais detalhes acerca do percurso, horários e outras informações em Redirecting...

Até lá, boas pedaladas,
Pl’a MUBi Porto

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MUBI Porto organiza manifestação contra a morte de ciclistas nas estradas. No Público

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Texto completo, caso não tenham acesso:

MOBILIDADE URBANA

MUBI Porto organiza manifestação contra a morte de ciclistas nas estradas

Desfile parte este domingo, pelas 10h30, da Praça do Marquês e culmina na Quinta do Covelo, com a realização de uma assembleia popular
Miguel Marques Ribeiro
16 de Julho de 2021, 19:32

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Manifestação tem início neste domingo, pelas 10h30, na Praça do Marquês, no Porto. RUI GAUDENCIO

O mote do protesto, vinca a organização, partilhada entre associação pela Mobilidade Urbana e Bicicleta, a Greve Climática Estudantil e a Cicloficina do Porto, “é a criação de ruas mais seguras e cidades mais vivas”. A manifestação, que é definida como uma “acção de sensibilização”, vai consistir numa marcha lenta, feita a pé, entre o Marquês e a Quinta do Covelo, com passagem pelas ruas adjacentes. Quem tiver bicicleta, deve levá-la na mão, ajudando assim a garantir o distanciamento social e o cumprimento das regras sanitárias.

“Queremos que as pessoas venham, tragam cartazes e se manifestem pelo direito à cidade”, diz Vera Diogo, da MUBI Porto, em declarações ao PÚBLICO. “As mortes estão sempre a acontecer. Isto tem que acabar…”, reivindica, indicando que só em 2019 faleceram 120 ciclistas em Portugal, praticamente um 1/5 do total de óbitos registados nas estradas. 79 dessas mortes ocorreram no distrito do Porto: “É um massacre”, resume a representante da MUBI, sublinhando que Portugal, neste índice, se mantém acima da média europeia desde 2000.

O ponto de partida da manifestação é alertar e consciencializar a comunidade, porque “nem sequer se fala disto. A maior parte das pessoas não tem sequer noção de que isto acontece”, constata Vera Diogo. Contudo, os objectivos não se ficam por aqui e o propósito é também pressionar as autoridades “no sentido de encararem a prevenção da sinistralidade rodoviária com seriedade e promoverem um ambiente de maior segurança para todos os utentes da via pública”, pode ler-se num comunicado da organização sobre o evento. Em última instância, a MUBI quer “criar alguma mudança” e lançou recentemente o manifesto ‘Cidades Vivas’, onde propõe 10 medidas para devolver a cidade às pessoas, entre as quais “a implementação da velocidade máxima de 30km/h, medidas físicas de acalmia de tráfego, alargamento dos passeios, passadeiras elevadas”, entre outras propostas “essenciais para proteger as vidas nas cidades”.

Quando os manifestantes chegarem à Quinta do Covelo, está prevista a realização de uma assembleia que permita “ouvir as pessoas, o que pensam das condições na cidade do Porto, que experiências é que têm e se estão disponíveis a colaborar connosco”, refere a representante da MUBI, que reconhece haver ainda um longo caminho a percorrer em termos de melhoria das condições de mobilidade das cidades: “A maior parte do espaço é reservado aos automóveis e mesmo aquele que não é, como o passeio e algumas vias, acaba por estar constantemente ocupada pelo estacionamento ilegal e tudo isso faz parte do problema”.

Recentemente, o atropelamento de uma ciclista grávida em Lisboa desencadeou uma onda de protestos pelo país que, garante a MUBI, aproximou ainda mais os diversos colectivos e movimentos do sector, permitindo gerar uma “articulação muito mais forte” entre todos. Assim, este tipo de iniciativas irá manter-se nos próximos meses: “Para que este problema e outros sejam resolvidos e se possa viver com mais paz, mais justiça, mais espaço e com mais vida nas nossas cidades”, resume Vera Diogo.

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