Metodologias de trabalho para o alcance do consenso

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O tópico foi iniciado há mês e meio e dos que se pronunciaram, ninguém se opôs.

Confesso que nunca percebi (e já vão 4 anos de MUBi), quando é que o consenso é atingido. Talvez nos faltasse um martelo como nos tribunais, que define de forma inequívoca quando uma decisão está tomada, mas como não temos juiz… :slight_smile:

Precisamos de clarificar de forma inequívoca esta temática da tomada de decisões por consenço.

Primeiro a questão do consenso, sei que o assunto não é muito claro, mas algumas regras simples já deviam estar interiorizadas (porque aliás já foram conversadas muitas vezes):

  • Em caso de dúvida (tuas ou dos outros) não avances (sei que podes não ter tu próprio dúvidas, mas pelo menos era óbvio que neste caso eu e o Rui tínhamos e mesmo assim avançaste antes de as esclarecer);

  • Para quem tem bastante tempo na “core” já devia perceber uma regra muito simples: antes de tomar decisões que afectam os associados todos e até comunicar com eles sugerimos primeiro uma forma de actuar (com um método ou um email ou o que for necessário) e se necessário uma data para feedback (o tempo dado para feedback terá que ser infelizmente do domínio do senso comum mas se continuar a haver problema podemos pensar em regras sobre isso). Isto já te foi explicado várias vezes no passado. Mas já percebi que impaciência é uma característica tua - mas têm que aceitar que é a única forma de trabalhar em grupo e horizontalmente.

  • Não haver feedback nunca pode ser uma desculpa para avançar. Até pode significar que o desinteresse pode indicar que as outras pessoas acho pouco prioritário.

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Refelti sobre o assunto.

O consenso é ótimo quando existe tempo para reflexão nas temáticas. Todavia falamos de tarefas executivas, não propriamente de linhas gerais que exijam uma ponderação muito refletida. Ao colocarmos quase todas as terefas dos órgãos executivos da MUBi no campo do consenso, quando a maioria dos seus membros não tem tempo para analisá-las com ponderação, estamos a quebrar o potencial de produção da associação. Essa é das razões principais no meu entender, pela qual a core tem tão pouca participação. As pessoas não têm tarefas claramente atribuídas (o @jpbarreto iniciou um bom trabalho nesse sentido) e exige-se consenso de todos para quase tudo.

Assim, recomendo que devíamos abolir o consenso geral e instituir o consenso temático dos grupos de trabalho.

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a minha experiência dita-me mais que é porque as pessoas não têm de conhecer em profundidade os 38 tópicos que a MUBi tem por resolver e desinteressam-se.
http://forum.mubi.pt/tags/por_resolver

Os grupos de trabalho já foram várias vezes ensaiados e não resolveram o problema porque o nível de participação é tão baixo que acaba a ser um pessoa só a participar no grupo (ver por exemplo o grupo semi-abandonado “viagens”).

Uma das questões que funciona em debater com todos quando o nível de participação é baixo é precisamente a redundância - se estamos a dirigirmo-nos a um grupo de 50 haverá sempre doi ou três que podem dar feedback. Sse estamos num grupo de 5 podemos estar a falar para o boneco.

Mas é sempre de tentar.

Se forem questões operacionais muito simples e de baixa responsabilidade concordo que não tem que passar pelo consenso (como já disse hoje respondi a dois mails sem informar a “core”).

Se se tratam de questões operacionais de maior responsabilidade (por exemplo comunicar com os 700 associados) acho que é melhor colocar a questão na “core” e dar um período de feedback (até para própria segurança de quem o quer fazer e para gerar melhores ideias). Se for algo pouco controverso podemos dar um prazo relativamente curto. Isso já te foi explicado antes e não é novidade para ti. Todos sempre trabalhamos assim e não é por isso que a MUBi tem uma relatório de actividades do ano passado com 16 páginas.

Mas de facto neste caso não é o caso um ou outro: são questões conceptuais. Será correcto que a inscrição no fórum significa uma inscrição automática na MUBi? (eu próprio disse que tinha dúvidas e tu ignoraste). Será que o fórum deverá ser só para leitura para sócios como sempre foi? (tenho de facto vontade de o fazer só para sócios e depois exigir uma discussão alargada e por consenso para que seja diferente).

Neste caso também era óbvio que havia pessoas com dúvidas sobre a tua ideia e tu decidiste avançar mesmo assim.

Eu nem me dou ao trabalho que dizer que aprecio muito o teu esforço entusiasmo porque já tivemos muitas vezes esta conversa. Muitas vezes mesmo.

mas a questão é de que as pessoas não podem estar dentro dos assuntos em profundidade, para poderem analisá-los com detalhe. Acho que a atribuição de responsabilidades (somos todos adultos) funcionaria melhor. Eu não me pronuncio sobre muitas temáticas da MUBi (como por exemplo esta) pois não tenho tempo, e não acho que a minha inação deva bloquear o processo.

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Se apenas uma pessoa mostrou interesse em participar no que quer que seja, então, no meu entender, deve ser soberana e responsável nessas tarefas, e não estar à espera que as decisões dos outros, que não mostraram interesse, bloqueiem eventualmente os processos executivos.

Eu não estou à espera que o @jpbarreto me pergunte o que quer que seja sobre as decisões do Sexta, porque desde o início nunca mostrei interesse em participar, pois (visão alemã) focalizo-me nos meus objetivos para que a MUBi cresça. Se um dia entrar no Sexta, quero naturalmente ser ouvido e que a minha opinião conte.

As pessoas entram na core e vão para o saco geral, e ninguém percebe de forma clara quais as tarefas atribuídas a cada um. Devíamos fortalecer o excel que o @jpbarreto criou e atribuir imediatamente uma tarefa a alguém que entre.

Como já expliquei poderá ser assim para tarefas de pequena responsabilidade (o que no meu entender não inclui comunicar com 700 associados). Se fosse como dizes estaríamos feitos - cada vez que alguém mostrasse interesse em fazer qualquer coisa (mesmo questões extremamente delicadas - por exemplo mandar mails para os 700 associados com opiniões pessoais) não tivesse que esperar pelo feedback da core. Como já expliquei também há formas de não deixar assuntos bloqueados - fixando um prazo razoável para o feedback.

De facto, e da forma como funcionam os grupos de trabalho, as decisões são autónomas. Isso não é novidade e não é preciso ter uma visão Alemã - basta estar com atenção como é que a MUBi funciona nos últimos anos. Mas uma coisa é certa o Barreto ou eu ou outro Membro do Sexta de Bicicleta pede sempre feedback aos membros do grupo quando tem que tomar decisões de maior responsabilidade.

Totalmente de acordo. Já propus isso mesmo há meses atrás. Até fui mais longe, quando se fizer os inquéritos regulares de participação na “core” quem demonstrar interesse em continuar a participar deverá obrigatoriamente preencher o a folha de tarefas. O mesmo obviamente para quem acaba de entrar.

Fi-lo exatamente porque não era claro que não o podia fazer, visto fazer parte do saco geral há já 4 anos. Presumo que a pessoa responsável pelo facebook ou o mail, não comunique todas as mensagens que troca com os outros, e acho bem que assim o seja, pois se assim não fosse, tornaria a gestão diária impossível.

Por isso é que até agora, tem reinado o bom senso, de não atribuir tarefas de elevada responsabilidade, a pessoas que entram.

Pois acho que fazem muito bem, mas se os outros não responderem de forma atempada devido ao “desinteresse”, jamais a inação deve ser motivo de bloqueio.

chegamos a um consenso :slight_smile:

De facto já te tinha dito isto pelo menos duas vezes. Ainda por cima avançaste com um assunto em que pelo menos dois membros da “core” colocaram dúvidas que ignoraste.

Até me incomoda estar a chamar-te a atenção para isso (tenho feito por mail particular e e até noutros fóruns) porque até pode dar ideia que a MUBi (ou eu somos meios paranóicos sobre isto e fica com receio de decidir), mas no fundo é mesmo muito simples e só tu é que demonstras impaciência e ímpeto em demasia para esperar o mínimo que seja (aliás fizeste o mesmo no processo de votação das t-shirts).

Já agora um pergunta genuína não fazes parte da matriz de tarefas?

Por acaso não é bem assim, a “core” não atribui tarefas. A “core” até agora aceita qualquer oferta dee colaboração para qq tipo de tarefa.

Isso jamais acontece pq, como já expliquei n vezes, quem propõem uma decisão para feedback e consenso pode, e se preferir deve, incluir um prazo razoável.

Boa!

Este tema ficou fechado? ou ainda está “por resolver”?

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Calma Nuro, não queiras forçar a resolução de tudo :slight_smile:
Ainda está em aberto.

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O melhor será marcar sempre uma data para se avançar. Se ninguém se pronunciar ou se opuser até lá, avança-se.

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Não havendo mais opiniões vou marcar este tópico como resolvido.

Semanalmente costumo consultar os tópicos por resolver e ver os que foram abertos por mim para tentar dar-lhes seguimento. Vou fazer o mesmo com os tópicos que o Pimentel deixou em aberto.

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