Mobilidade (in)sustentável - JN, 3-1-2017

Muito à frente, aka bué da cool, nas “grandes” metrópoles do burgo:

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Tb no JN de hoje:

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Se a ideia é colocar bicicletas partilhadas no metro da Casa da Música para o pessoal se deslocar até ao Polo Universitário do Campo Alegre, estou curioso por saber qual o trajecto sugerido para chegar à Faculdade de Letras (e vice-versa).

Pode ser o primeiro passo para criar uma rede ciclável minimamente decente, mas cheira-me que é mais uma daquelas medidas de greenwashing por parte da CMP que não vai dar em nada.

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A malta de esquerda não gosta de o ouvir, mas a melhor ferramenta ambiental nas sociedades modernas chama-se austeridade.

Eh. Como parte integrante dessa tal “malta de esquerda”, gostava de uma explanação em pormenor :smiley:

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Exacto, o autoritarismo de estado, a supressão da liberdade de escolha, a repressão é que são soluções para o ambiente. Claro que esta postura é sempre defendida por quem se acha superior e está bem instalado ou vive longe do ambiente que pretende criar. Ignora por completo o “indígena” que presta serviço na cidade mas cujo salário não lhe permite lá viver e por isso só consegue comprar/alugar tecto bem longe. Afinal devem ser “cidadãos” com menos “direitos”.

Luís,

os factos estatísticos demonstram que em períodos de austeridade há menos
consumo e o maior atentado ao ambiente e à sustentabilidade ambiental e do
planeta são o consumismo, nomeadamente carros novos. Vide o caso dos EUA
que são 5% da população mas consomem 20% dos recursos. Com a retoma
económica o número na compra de carros novos subiu e isso é dos piores
indicadores ambientais que se pode ter.

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Em períodos de austeridade existe menos consumo e portanto muito mais desemprego com consequentes situações de fome e privação de necessidades básicas sendo que o maior atentado ambiental nesses períodos é a manutenção de carros e equipamentos antigos e muito mais poluentes durante muito mais tempo sem que sejam substituídos por modelos mais limpos.

Esta simplificação redutora despreza por completo os impactos sociais de tais medidas. Não somos uma sociedade agrária, quebrando o ciclo de consumo industrial, criam-se situações de fome e privação.

Os empregos criados e mantidos pelo aumento de venda de automóveis não contam ?

De acordo.

Desde que não me queiram convencer que TODA a austeridade, por definição, é virtuosa… :slight_smile:

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“Felizmente”, em período de austeridade ou crise de combustíveis, também se vêem mais pessoas a explorar alternativas ao automóvel, algumas delas caracterizadas por poluir menos ou mesmo zero.

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Luís

Eu não disse que toda a austeridade é virtuosa. Digo apenas, que paradoxalmente e tal como demonstra a notícia exposta pelo Rui, para o ambiente a austeridade é virtuosa. No domínio político-económico aplicam-se outros princípios.

PS: don’t feed the troll

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A austeridade em Cuba manteve veículos de 50 anos em circulação. A austeridade faz-te consumir carvão em vez de gasóleo. A austeridade limita-se a criar impostos sobre o que de mais básico existe para a sobrevivência da população. De que forma isso é virtuoso para o ambiente? Apenas podes argumentar alguma “virtuosidade” na redução do tráfego automóvel mas apenas porque são muitos os que perderam o emprego e deixaram de usar o automóvel e os TPs, e como estes ficam mais “folgados” já permitem que outros tantos larguem o automóvel.

Quando se denunciam verdades inconvenientes já é Troll.

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De certeza que não são pessoas que têm de fazer 100 Km/dia para chegar ao local de trabalho!

Obrigado, La Palisse. Essas pessoas necessitam de soluções de transporte público, não de mobilidade suave.

Toma lá, para te cultivares: https://pt.wikipedia.org/wiki/Falácia_Nirvana

Se fores do sexo masculino, não te esqueças de ir para a porta do supermercado protestar contra os pensos higiénicos, que não têm aplicação para metade da humanidade…

PS: desculpa, Aónio, mas dar-lhe papa ainda está mais ou menos na fase divertida :smiley:

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Ah sim, a “cultura” wikipédica …

Só falta processares a Disney por ter realizado três filmes onde os carros são “humanizados” (podendo influenciar a percepção das crianças sobre a influência dos carros na sociedade), um com aviões e nenhum com bicicletas. :smiley:

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Parece que o teu conhecimento se resume a artigos armazenados na cloud…

O que o Anónio diz é verdade, mas apenas assim é porque o paradigma é em grane parte centrado no automóvel! E num consumismo desenfreado de certos bens que não faz sentido…

Austeridade? Essa palavra nem devia de existir no dicionário de um país que nunca viveu de outra forma que não em défice…

Falou o menino que vive em Lisboa. Ops, existem Portugueses que não conseguem viver em Lisboa, sabes, ganham pouco e não conseguem habitar na capital do império, mas precisam de emprego para sobreviver, e onde é que empregos estão na sua maioria? Lisboa!

Sobre o preço das casas vs. custo do commuting:

É baseado na realidade americana, em que os carros e o combustível até são bastante mais baratos do que cá.