Notícia: A velocidade dos carros é um problema para quem anda de bicicleta em Braga

Pareceu-me que a notícia está bastante boa.

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A notícia está boa e mostra que existe cada vez mais uma abertura da sociedade para este problema. Nunca andei de bicicleta em Braga mas calculo que não seja fácil, nem para estas nem para os peões. A abertura das avenidas com passagens “aéreas” para os peões sempre me pareceu um pouco aberrante (calculo que a tentação seja grande para atravessar a estrada a correr em vez de ter que andar 200 metros (?) para chegar exactamente ao outro lado). No Porto também existem problemas graves semelhantes, principalmente na Circunvalação (onde se vêem peões a atravessar em zonas muito perigosas) e alguns dos acessos à VCI. E por vezes é impossível fazer a pé 10 metros e em vez disso tem que se andar algumas centenas de metros para chegar ao outro lado da linha do metro. A cidade, pura e simplesmente, não está a ser desenhada nem para os peões nem para as bicicletas, e já é hora de reclamarmos o nosso espaço urbano para mobilidade livre de veículos motorizados em velocidades e comportamentos aberrantes. Uma solução é a colocação de lombas (de granito ou de betão, que OBRIGUE a uma redução efectiva da velocidade) em locais estratégicos, mas isso implica uma diminuição da velocidade que leva a uma diminuição do fluxo automóvel, que não interessa a muita gente. Basta atravessar a fronteira para ver soluções de redução de velocidade dentro das localidades. E em Portugal existem em certas localidades. Mas é necessária uma uniformização destas práticas, e não serem apenas aplicadas conforme a sensibilidade dos “poderzinhos” locais.

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Lombas de granito ou betão e lombas em geral são uma expressão máxima de estupidez e imbecilidade abrutalhada. Porque razão os condutores cumpridores, (sim ainda são uns 10%) têm de destruir as suas viaturas por causa de uma maioria grunha, imbecil e selvagem que nunca deveria ter tido carta de condução na vida ? Imaginem o estado em que ficaria alguém transportado numa ambulância ao atravessar essas lombas.

O problema resolve-se com fiscalização e penalização efectiva sem perdão!

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Gostaria que apontasse então uma medida efectiva de redução de velocidade. “Fiscalização e penalização efectiva sem perdão” não vale, uma vez que é impossível num país onde as localizações dos radares são comunicadas pela própria autoridade e divulgadas nos meios de comunicação social e redes sociais como se de um serviço público se tratasse. A limitação física dos motores para não ultrapassar determinadas velocidades também não é solução pois um automóvel tanto anda em zonas de 30, 50, 60, 70, 80, 90, 100 e 120 km/h. Limitar a velocidade para 120 km/h, embora fosse bom, não resolveria o excesso de velocidade em zonas de velocidade inferior.

A colocação de lombas de pedra e de betão existe em várias artérias de várias localidades em Portugal, resultando numa limitação efectiva da velocidade nesses pontos. É pena não haver mais, especialmente onde a velocidade média é de 90 km/h e o limite é de 50 km/h e existem escolas que dão exactamente para essas “auto-estradas”. Quem cumprir o limite e passar com cuidado uma lomba não tem de temer que algo lhe aconteça à suspensão ou ao eixo.

No entanto, outras sugestões são bem vindas.

O meu irmão, por exemplo, em Portugal é multado raramente por causa do excesso de velocidade e não paga as multas. Nada lhe acontece, por isso, para quê pagar? No entanto desloca-se à Alemanha esporadicamente e já foi multado meia dúzia de vezes (quase não consegue ultrapassar os limites em lado nenhum sem der detectado) e paga, assim que pode, a multa, mesmo voltando para Portugal no dia seguinte. Quando não tem tempo para o fazer dessa vez, é a primeira coisa que faz quando lá volta passadas umas semanas ou uns meses. Mas enfim, Portugal não é a Alemanha.Se o mesmo acontecesse em Portugal, era a “caça à multa” e seriamos uns algozes. Na Alemanha, pagamos e não bufamos.

É caso para dizer que “algo está podre no reino da Dinamarca”.

Eu, francamente, olho para Portugal e sinto perfeitamente o que os países do Norte da Europa sentem ao olhar para nós. Indisciplinados, brigões, perdulários, comodistas. Se cá virmos alguém a atravessar as linhas do metro aos saltos para chegar ao outro lado mais depressa, achamos que são uns selvagens, embora isso não represente grande perigo para quem o faz. Mas por vezes acontece e ficamos todos chocados. Noutros países em que a consciência cívica é maior, as pessoas olham para quem atravessa uma passadeira com o vermelho para os peões ou quem passa de bicicleta ou motociclo (ou de um carro, cada vez mais, infelizmente) um vermelho, da mesma forma. Cá é normal e ninguém liga. Não existe um perigo imediato, mas na realidade é um acto de selvajaria e desprezo pelas normas instituídas.

Se calhar é isso que somos: uns selvagens. O que acontece é que ainda não demos por isso.

Cumprimentos e uma boa semana.

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Concordo com a maior parte do que afirma, mas boa parte das lombas são mal construidas ( existem normas) de tal forma que lombas definidas para 40 km/h fazem-nos bater com a cabeça no tejadilho mesmo a 10 km/h. Também não percebo porque comunicam localizações de radares, quem cumprir o código nunca terá problemas portanto devo deduzir que são todos uns selvagens de facto e parece que contra isso apenas a repressão funciona, tal como provado na Alemanha. Adicionalmente talvez resolvessem o problema do défice.
Curiosidade, há pouco mais de 200 anos os selvagens eram precisamente os países do norte que pirateavam e roubavam as rotas comerciais dos países do sul. O que ditou esta mudança comportamental ?

Passei por Braga esta semana (de carro) e fiquei impressionado…avenidas de 2/3 faixas em cada direção, velocidades loucas, peões que para atravessar uma rua aparecem entre os arbustos no separador central ou em alternativa pontes pedonais…achei surreal…uma cidade que tem tudo para ser agradável é completamente escrava do carro…enfim…

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Eu também detesto lombas. Em parte porque de bicicleta também levo com elas e se de carro as acha desconfortáveis… então experimente de bicicleta, sem amortecedores loool.
Acho o reperfilamento das estradas algo muito preferível. Tirar-lhes o aspecto de auto-estrada ou de via rápida, e conferir-lhes o ar de avenida urbana. Além das zonas envolventes se tornarem mais aprazíveis e agradáveis, estas acções já deram também provas de funcionarem muito bem!

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Eu acho as lombas a solução menos má, e então se for lomba com passadeira tvz seja mesmo a melhor solução. Acho-as preferíveis a empedrado, semáforos ou rotundas de 50 em 50 metros.

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Isso, sem dúvida.

Para bicicletas e motociclos são um autêntico crime, o ressalto da roda traseira pode levar muito rapidamente ao chão a velocidades muito baixas. E depois de deformadas pelos camiões ficam ainda piores.

Lomba com passadeira chama-se plataforma, mas se foram mal feitas como é hábito conseguem ser piores do que as lombas individuais. Nos Olivais quando as colocaram não tinham sinalização nem pintura e portanto era invisíveis. As porradas nos carros eram terríveis a 30/40 km/h.Parecia um lancil de passeio transversal. A inclinação da subida era exagerada e acredito que de bicicleta era capaz de voar uma dezena de centímetros. Depois disso andaram a aplanar as extremidades das plataformas.

Infelizmente tendo em conta o perfil das estradas desta cidade, para mim não é surpresa.
Surpresa é não morreram mais peões e ciclistas…

Acalmia de trânsito:
http://mubi.pt/2014/12/11/acalmia-de-trafego

O que a ANSR consagra são Lombas Redutoras de Velocidade, que também podem ser passadeiras.

https://www.google.pt/url?sa=t&source=web&rct=j&url=http://www.ansr.pt/SegurancaRodoviaria/InformacaoTecnica/Documents/LRV%20atualizado.pdf&ved=0ahUKEwj-7d--m_fUAhWBVRoKHbojCnoQFggcMAA&usg=AFQjCNF9-lxogLfiV_BnLUtRuKkzrWjFkg

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Não percebi. Tenho lombas redutoras de velocidade corretamente implementadas na zona onde círculo de bicicleta e de mota e não me causam um transtorno assim tão grave.

As antigas “lombas” que ainda existem um pouco por todo o país são uma aberração, mas as novas (ver link anterior) são benéficas para a redução de velocidade sem causar um grande transtorno aos veículos de duas rodas.

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Depende das lombas e do seu desenho. Há lombas que são pacíficas para uma vicicleta a 20-30 km/h e devastadoras para um carro a mais de 50 km/h. Essas são boas. A minha única reserva relativamente às lombas, são a passagem de veículos prioritários, nomeadamente ambulâncias. Penso que a melhor solução seria uma caixa negra com GPS e com uma ligação directa à polícia e à conta bancária do proprietário. Já é tecnologicamente mais que possível, mas nunca houve intere$$e em fazer isso.

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Só falta mesmo a coragem, já que os carros novos a partir de março são obrigados a trazer GPS e GSM para automaticamente alertar o INEM de acidentes.

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É só mais um passo para alertar a PSP ou a GNR em caso de velocidade excessiva. Sabendo-se a localização do carro, sabe-se o limite de velocidade aí aplicado. Em caso de atropelamento e fuga, o culpado pode ser imediatamente identificado. Só falta mesmo a coragem. O problema é o atropelo que estas medidas fariam às “grandes liberdades”!

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