O impacto dos incentivos aos combustiveis fosseis

“Caso se eliminassem os subsídios de 2015, o PIB mundial cresceria 3,6%, as emissões de GEE desceriam em mais de 20%, as mortes prematuras por poluição do ar cairiam para mais de metade. E com menos custos de energia o bem-estar económico subiria globalmente em mais 1,8 biliões de dólares, de acordo com os autores”

“O que fazem os subsídios às energias fósseis, segundo o FMI:

  • Danificam o ambiente, causando mais mortes prematuras por causa da poluição do ar, exacerbam os congestionamentos e outros efeitos adversos da utilização dos automóveis, aumentando a concentração de gases com efeito de estufa na atmosfera;

  • Impõem custos orçamentais, que têm de ser financiados por dívida pública, maior carga fiscal ou retirando potencial financiamento público à saúde, educação e infra-estruturas;

  • Desencorajam os investimentos necessários na eficiência energética, renováveis, infra-estruturas de energia e aumentam a vulnerabilidade dos países à volatilidade dos preços internacionais;

  • São um caminho altamente ineficiente para apoiar famílias de rendimentos mais baixos: os benefícios dos subsídios de energia são tipicamente capturados, na sua maioria, pelas famílias mais ricas”

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No OE2018 já se conseguiu fazer qualquer coisa relativamente ao carvão.

“O PAN conseguiu ainda negociar a criação de 49 salas de atendimento à vítima e condições para partos na água, bem como o fim da isenção do pagamento de ISP para empresas que produzem eletricidade a partir do carvão.”

Há tanto, mas tanto para fazer neste domínio ainda…
Com o fim desses subsídios, a gasolina acabaria por ficar umas 3x mais caras. Mas a sociedade está altamente viciada…
Demorou-se muito tempo a retirar os subsídios ao tabaco e ao álcool (que na verdade ainda continuam, só não com a mesma dimensão), e mais tempo ainda se demora a retirar a algo que provoca tantos danos a nível de saúde pública, sinistralidade, e economia.

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Isto vindo do FMI. O que dirá o PEV a propósito?

O PEV concerteza que é defensor destas isenções.

Mas esta análise do FMI não me parece que esteja bem, acho que não contabilizaram todos os outros impostos e taxas (IUC, selo, portagens, etc.).

Isenções à energias “fósseis” ?? Ah ah ah ah ah ahah ahah ah deve ser alguma teoria nova… se existe sector com mais carga fiscal é o das energias ´"fósseis".

Também achei piada ao comentário da redução das mortes por poluição e ao aumento do bem estar da humanidade.Pura demagogia. Suprimir combustíveis significa suprimir o acesso de grande parte da população a cuidados médicos e medicamentos, alimentos, fertilizantes, educação, justiça, segurança, empregos, tudo com impacto directo na sobrevivência de populações. Contabiliza quantos mortos esse cenário idílico provocaria e que corresponde apenas ao regresso ao início do século XIX

Ora lá vão mais uns trocos:

“E fez questão de salientar que o investimento é todo do Estado, pois, como se sabe, Bruxelas não liberta mais verbas para betão.”

E mais outros:

Isso é a tónica dominante agora, sobretudo tendo já em vista o novo “horizonte” de financiamento 2030. Quando estivemos no fórum parlamentar da segurança rodoviária, a apresentação da estradas de Portugal, consistiu basicamente na tese que a segurança rodoviária será resolvida com as estradas de 4a geração. Depois das Smart cities temos agora as Smart roads.
Mas atendendo as declarações do presidente de câmara de Viseu, é a quarta vez que anunciam a renovação do IP 3. Será que é desta?

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Parece que vai ser desta. E é verdade que o IP3 precisa de ser melhorado.
Mas deviam também já estar a pensar em ligar Coimbra a Viseu por ferrovia.
E garantir que o custo de circular de comboio é inferior à viagem no IP3, o que provavelmente implica cobrar portagens.