O que tenho eu a ver com a bicicleta?

Estação de Algés, cerca das 7:40.
Comboio suprimido ou atrasado, vem mais cheio que o costume para a hora.
Primeiras carruagens cheias, pego na bicicleta e ando até à terceira ou quarta carruagem.
Há um buraco e entro.
Peço licença a um senhor que está de costas a ler uma revista e tem espaço depois dele.
Não ouve. Repito o pedido. A amiga do senhor (suponho eu) diz: olha a bicicleta.
Com voz de bruto diz ele: o que tenho eu a ver com a bicicleta?
A amiga põe-lhe a mão no braço e diz-lhe algo (para estar calmo, penso eu).
Com a mesma voz de bruto responde à amiga: eu estou sempre calmo.
Digo eu: só lhe estou a pedir espaço para poder entrar.
Virando-se, pergunta: e não tem?
Agora já tenho, obrigado.
É este tipo de gente, com esta atitude, que, ao volante de um carro e “sempre calmo” nos faz razias ou nos passa por cima, porque não tem nada a ver com a bicicleta.

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Por acaso nunca tive uma experiência dessas (ou qualquer outra negativa) com a bicicleta no comboio na linha de Cascais (também sou de Algés by the way).

Mas é certo que há muita gente que tem um odiozinho de estimação por bicicletas… mas ainda assim acho que o mais certo é teres apanhado alguém que simplesmente se está cagando para os outros, tenham ou não uma bicicleta.

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Claramente aquele senhor tinha um problema qualquer na vida dele, tendo decidido descarregar em mim e provavelmente com um monte de outras pessoas com quem se deparou durante o dia dele.
Para mim, é sorrir e acenar, sorrir e acenar. :grinning:

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