Porque faz sentido andar de bicicleta sem capacete

Patético é o título da notícia.

Dá para ver que o sujeito do carro estava completamente distraído ou completamente bêbado e que não atropelou de propósito.

O homem manteve a trajectória que seguia quando ainda não sabia que estava lá o ciclista

O modo pouco certo como seguiu a seguir leva-me a crer que se tratava da segunda opção…

Tal coloca ainda mais em risco quem tem a sua atitude uma vez que a maioria olha para o telemóvel sem ir para a berma e os bêbados têm os reflexos muito diminuídos…

Ou nunca subiu a Almirante Reis ou está a mentir deliberadamente.

Nas estradas do Alentejo, por norma os automobilistas são pacientes e cuidadosos com os ciclistas - mesmo em marcha lenta de subida - quando vamos no centro da via.
Os mesmos automobilistas começam a passar-me tangentes quando por fraqueza ou distracção me chego demasiado à berma.

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Estava a referir-me à circulação em estrada,

Sim já subi a Almirante Reis, não o faço com frequência porque prefiro circular por Monsanto pois há menos poluição, sempre do lado direito do carril e nunca tive problemas…

Alguns condutores passam a menos de 1.5 m mas sem nunca colocarem a minha integridade física em risco.

Paço a referencia que vou bastante devagar, a maior parte do percurso à volta de 15 km/h, a minha bicicleta é para o pesada, na oficina a que costumo ir chamam-lhe de tanque, o que permite desviar sem problemas de alguma porta a abrir, coisa que acontece muito raramente…

O Monsanto em alternativa à Almirante Reis?
Não é portanto um ciclista urbano, é um ciclista que nas deslocações aproveita para fazer desporto.

Na Almirante Reis ascendente costumo aplicar uma regra de boa vontade: No Martin Moniz começo mais perto da berma entre o carril direito e o passeio. À segunda tangente perigosa, passo para o meio. Nunca consigo chegar sequer ao Intendente na posição inicial…

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E pronto! Quando pensamos que o Freire não pode descer mais fundo, lá ele escreve mais um comentário infeliz: desta vez a justificar condutores ao telemóvel e bêbados, deixando entender que o ciclista é responsável por sair da frente deles…

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Trabalho na Tapada da Ajuda e às vezes tenho que ir à Baixa, dessas vezes subo a Almirante Reis, como lhe disse sem qualquer problema…

Hoje em dia quando o início da rua da Palma já está completamente engarrafada prefiro subir a rua de S. Lázaro e depois seguir pelo Paço da Rainha para evitar a poluição, além de gostar de subir (a rua de São Lázaro é para o inclinada).

Você não entende…

Já estava a contar com isso.

Paciência…

  • Escreve um disparate
  • Eu respondo a dizer que é um disparate
  • Responde a dizer que já estava a espera que eu dissese isso mesmo.
  • Facepalm.

Nem eu entendo, nem a Federação Britânica de Ciclismo, nem a maior associação de ciclistas do Reino Unido:

És um mal-entendido, Freire.

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@Freire, você quando diz que se andar na berma ou em cima do risco essas razias não ocorrem, está com a mesma atitude que alguém que diz que se as mulheres não usassem mini-saias não atraíam atenções indesejadas. É completamente ridículo!
Esta discussão começou por causa da reacção que por vezes o Capitão Bina tem em algumas razias? Então mas quando ele vai ao centro da via e leva uma razia, ele é que está mal? E não o automobilista que não se certificou primeiro das condições de segurança antes de proceder à ultrapassagem? Essa está boa…

A abordagem que o capitão bina tem em certas situações pode ser controversa, e não digo que concorde com ela, mas uma coisa é certa: transmite aos automobilistas que os ciclistas não estão cá para comer e calar, e que os seus comportamentos são mais perigosos do que a percepção que têm de dentro das suas latinhas. E a publicação, partilha e divulgação desses vídeos deixa bem assente que são práticas erradas.
Não concordo quando diz que são ciclistas com a postura de capitão bina que aumentam o desrespeito por parte dos automobilistas. Pelo contrário, acho que se houvessem mais capitães bina, as pessoas ganhavam mais consciência de que a bicicleta tem um lugar na estrada, e que não se ultrapassa uma bicicleta da mesma maneira que se ultrapassa um carro.

Para rematar. Já o disse algumas vezes e digo de novo. Na Almirante Reis, seja a subir ou a descer, vou sempre entre carris… e todos, todos os carros que me ultrapassam fazem-no pela via adjacente.
Bem, eu consigo perceber a relutância que algumas pessoas têm de se meter no centro da via… mas sinceramente, acho estúpido, quando a mesma relutância continua a existir na presença de duas vias de circulação no mesmo sentido.
Se vai a 15 km/h ou 40 km/h, em relação às portas dos carros estacionados, é pouco relevante. A porta pode não se abrir à sua frente, pode abrir quando for a passar e levar com ela de lado e aí o tempo de reacção é zero. Ou se estiver uma carrinha estacionada, tenho a visão totalmente bloqueada para o que está depois dela, pode sair um peão lançado e lá vão os dois… os peões frequentemente andam muito mais desatentos à presença de bicicletas que à presença de carros, pelo que se não vier nenhum carro o peão pode-se sentir particularmente confiante, e ter visão suficiente para ver se vem um carro, não significa frequentemente ter visão suficiente para ver se vem uma bicicleta.

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A realidade é que os automobilistas quando vêm que eu tenho uma atitude de facilitação da vida deles eles têm a mesma atitude. Ou seja, eles ao verem que os respeito também me respeitam…

Agora, se eu estiver a andar devagar no meio da via a fazer de rolha, sujeito-me a levar as razias que o @CapitaoBina tão bem documenta e ainda por cima acha estranho…

Percebe a diferença?

Relativamente às portas 15 e 40 km/h é muito relevante por duas razões, a primeira é que a 15 km/h facilmente me desvio de uma porta a abrir principalmente se estiver a olhar a uma distância considerável uma vez que há portas a abrir quando os automobilistas saem dos carros a maior parte das vezes imediatamente a seguir a estacionarem. E mesmo que saiam depois dá a maior parte das vezes tempo de desviar. O máximo que pode acontecer é a roda bater na porta a 15 km/h o que não causa grande dano ou levar com a porta no braço.

Problema com peões só tive em ciclovias e numa vez que em Santa Apolónia ia a abrir no meio da via e aparece-me um peão pela frente, tive apenas tempo de desviar e ir contra o semáforo, foi a luz para a sucata…

Todos nós a circular na cidade temos consciência que a postura e as descrições de @Freire não tem qualquer adesão à realidade, não se confirmam no dia a dia

Talvez seja a altura de deixar @freire a falar sozinho, que é aliás o que tem feito porque repete muito e interage pouco. :slight_smile:

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Aqueles que vejo a circular na estrada e em cidade não são suicidas e circulam geralmente como eu indico não se metendo à frente dos carros

Eu não vejo ciclistas a meterem-se à frente dos carros. A regra é os carros aparecerem-lhes por detrás, os ciclistas já lá estavam.

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Penso que percebeu o que eu escrevi…

Volto a frisar, ainda bem que a maior parte dos utilizadores não circula no meio da via, caso contrário estariam a colocar as suas vidas em risco da maneira que o @CapitaoBina tão bem documenta…

Estaria bem mais seguro se circulasse na berma ou em cima do risco.

“Estaria bem mais seguro se circulasse na berma ou em cima do risco.”

Esta frase, só faz sentido na óptica do condutor de carro e não no do
ciclista.

Concordo consigo que se a estrada tiver uma berma grande para alem da faixa
de rodagem, poderá ser uma escolha acertada circular desse modo. Mas isso
só acontece nas vias rápidas ou fora dos centros urbanos.

A menos que: a faixa de rodagem tenha a largura de espaço para largura de
carro + 1,5m + ciclista, o que diz não faz sentido!

Mas pode continuar a circular em cima do risco, pois se lhe fizerem uma
razia, tem um capacete, para lhe proteger a cabeça(o exterior, pois o
interior já está demasiado danificado).

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Estava a referir-me ao vídeo.

Já agora, não preciso que um carro passe a 1.5 m para que eu fique em segurança…

Já perdi demasiado tempo com isto, tenho mais que fazer.

Fui…

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Percebo que se seja democrático e se respeite que haja pessoas com outras opiniões.
Não percebo a postura do João Freire em querer defender a sua ideia apenas por ser a sua ideia e recusando-se a aceitar outras ideias e rejeitando também a evidência existente.

Existe evidência científica que andar de capacete em caso de queda protege.
Existe evidência empírica e científica que tornar o capacete obrigatório reduz o número de ciclistas.

Existe também evidência que ao haver mais ciclistas a quantidade de acidentes diminui.

O uso obrigatório do capacete pensa-se que reduza o número de lesões mas a diminuição do número de ciclistas aumenta o risco para os restantes
As pessoas não andarem de bicicleta aumenta em cerca de 20x o risco de terem outro tipo de problemas.

Estima-se que o efeito benéfico da obrigatoriedade do capacete é contrabalançado por haver uma redução do número de ciclistas superior a 2%.
Nos sitios onde foi aplicada a redução foi na casa dos 30 a 40%.

Não percebo como é que alguém com estes dados continua a desejar implementar algo que é negativo para a sociedade no seu todo.

Pertence a alguma farmaceutica que ganhe comissão a vender medicamentos para diabéticos e outros doentes ?.

O risco de sofrer lesões na cabeça é equivalente por hora andada de carro, a pé ou de bicicleta. Não percebo o motivo de ser só sobre os ciclistas que recai esta atenção.

Nem percebo porque essa preocupação não se alarga aos bêbados que são mais de 40% das pessoas com lesões na cabeça.

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Capacete de ciclismo; eu uso!

Uso sempre o capacete para ir à padaria. O tamanho XXL dá para trazer 8 papo-secos.

Quando cumprimento uma senhora, tiro-o. Os ciclistas são gente educada.

A fazer downhill, sempre que vejo uma raiz, ponho-o. Depois tiro-o. O meu é muito prático porque tem fecho rápido…

O sr. C. Barbosa não usa, por isso ficou careca com a deslocação de ar!

Cerca de 86% dos ciclistas usa capacete (inquérito feito a 23 ciclistas que dizem que o usam sempre).

O meu tem faróis de nevoeiro e buzina de ar. À noite ligo tudo e os carros até encostam à berma. Então passo a menos de 1,5m para saberem como é!

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Eu hoje caí de bicicleta, nem ia depressa, ia a uns 10 km/h

Foi numa zona empedrada com calcário daquele mais largo como acontece nas garagens.

O calcário estava molhado, parte do piso abateu um pouco durante o fds, não reparei, a roda da frente meteu-se nessa depressão, foi o suficiente para perder aderência, cair de lado bater com a anca, o ombro e o capacete no empedrado.

Com a força que o capacete bateu no chão tenho a certeza que teria partido a cabeça.

Felizmente estou apenas um pouco dorido na anca e no ombro…

O facto de com a pressa ter carregado os alforges de forma diferente do habitual pode ter contribuído para ter perdido o controlo da bicicleta

Desculpe, mas não existe evidência que a obrigatoriedade do uso do capacete causa diminuição do número de ciclistas.

No trabalho apresentado em menos de 15% indicou a obrigatoriedade do uso do capacete como causa de não andar de bicicleta, o que é residual face aos benefícios do uso.

Consegue-se mais gente a pedalar com campanhas de sensibilização para os benefícios do uso da bicicleta e com a construção de ciclovias.

Quando há um acidente e há feridos ou mortes o risco de haver feridos graves ou mortes é 4 vezes superior nos utilizadores de bicicleta do que nos automobilistas, e porquê?, Nos carros há cinto de segurança e airbags…