Portugueses preferem andar de carro

LINDO!!! Ouvi a notícia de manhã na rádio e também percebi da falácia…

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«“No cômputo geral, o número de pessoas a utilizarem a bicicleta é residual, embora a aposta e o incremento da quantidade de ciclovias seja visível um pouco por todo o país”, é salientado. Aveiro diferencia-se um pouco na satisfação com este meio de transporte, mas, mesmo assim, surgem críticas relativamente a lacunas na rede de ciclovias e a falta de opções para levar a bicicleta nos transportes públicos.»

rede de ciclovias” em Aveiro … LOL

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Li esse artigo no Público, mas quanto à despesa de 70 euros/mês, o que está escrito é, e cito: “…Os portugueses gastam cerca de 70 euros por mês com transportes … em Lisboa, o gasto é superior, com um terço dos inquiridos a gastar mais de 100 euros”.
Não percebi que se referissem a gasto com transportes públicos.

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Yap, indo à fonte (https://www.deco.proteste.pt/familia-consumo/orcamento-familiar/noticias/transportes-publicos-ineficazes-em-6-cidades):

“Mensalidade fixa ronda os 70 euros
O custo com os transportes, privados ou públicos, é uma despesa incontornável. De acordo com as respostas que obtivemos, o montante mensal de referência são 70 euros. A exceção é a capital: cerca de um terço gasta mais de 100 euros. Um peso no orçamento e que é sintomático das sociedades contemporâneas, dependentes de uma rede intrincada de vias e de transportes públicos urbanos.”

Ou seja, a SIC fez asneira, o Público não.

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Verdade, um número significativo parece ter nascido com um isofix na peida para encaixar no assento! :rofl:

Vão acabar por ficar assim

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Não não faço …

A DECO respondeu-me, cito ipsis verbis

Exmo. Senhor,

Agradecemos o seu contacto e a oportunidade que nos dá para melhor explicarmos o objeto do nosso artigo.

Com efeito, o estudo em questão assentou num inquérito estatístico sobre a adequação dos transportes públicos às reais necessidades dos consumidores, e na tentativa de avaliar a sua perceção relativamente a novas soluções de mobilidade (alternativas ao uso de automóvel particular).

A parcela dos custos, aliás uma média obtida a partir dos valores comunicados pelos respondedores ao inquérito, não é colocada em comparação com o transporte privado, na medida em que esse não era o objeto deste trabalho.

Pretendíamos, nesta questão em particular, que os respondedores nos dissessem quanto é que gastavam por mês com os transportes públicos.

Como notará em todo o artigo, não fazemos qualquer apologia do automóvel privado, como não ignoramos, naturalmente, os seus custos e transtornos – o que tentamos, isso sim, é acrescentar pistas para que se entenda por que razão os consumidores continuam a optar massivamente por este tipo de transporte em detrimento dos transportes públicos.

E, mais uma vez – de acordo com os respondedores – o diagnóstico fica claro, tal como o afirmamos na abertura do artigo. Há um claro desalinhamento entre as soluções propostas (e o seu funcionamento) e a complexificação da mobilidade dos cidadãos.

Com os melhores cumprimentos,

Departamento de Relações Institucionais

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Contra-resposta

Ex.mos. Srs.

Apesar de compreender os propósitos da sua resposta, saliento que continuo a achar que o estudo que faz referência ao inquérito, é mesmo muito redutor. Na ótica do consumidor, entidade cujos direitos a DECO visa defender, e em todas as análises feitas pela DECO, fazem-se comparativos, da mesma forma que a DECO nos apresenta várias opções para produtos financeiros, ou todas as marcas de micro-ondas, quando aborda os temas respetivos.

Assim, se estamos a falar de mobilidade, apresentar apenas os custos dos transportes públicos, sem nunca mencionar os custos totais do automóvel particular, é, mais uma vez, parcial, sectário, redutor, e diria mesmo, intelectual e cientificamente desonesto. A SIC, na sua peça, seguiu o mesmo caminho de parcialidade, neste caso, jornalística.

Mais uma vez, rogo por favor para que veja: https://autocosts.info/stats

Cumprimentos

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Deveriam igualmente apresentar os custos suportados pelos cidadãos sob a forma de impostos na manutenção de uma rede de transportes públicos ineficiente e poluidora .

Já cumpri uns dias de folga do Three, posso permitir-me:

@Three, afinal o que é que tu desejas? Quais é a tua visão para o futuro da mobilidade?

É que já te lemos disparar em TODAS as direcções, criticar tudo e todos, mas ainda não percebi muito bem o que te move. Podes escrever um parágrafo sintético no qual explanas a tua posição?

:rofl:

Com certeza que sim.

Parece claro que a civilização não nunca poderá prescindir da mobilidade.
Para as grandes cidades e pólos empresariais a mobilidade deverá ser ferroviária, sob a a forma de comboio, metro ou TRAM. Generalizar o trabalho remoto vai ajudar a reduzir a quantidade de pessoas que necessitam de viajar todos os dias assim como aliviar a pressão demográfica em determinados locais já que trabalhando de forma remota podem residir a maiores distâncias do local de trabalho. Aqui os Recursos Humanos das empresas têm que mudar muito e o código do trabalho tem de ser adaptado convenientemente. Neste aspecto até os países de leste estão a milhas de nós.

Os movimentos pendulares de automóvel são de uma inutilidade energética extrema mas não se pode penalizar a sua posse senão por exemplo um habitante da beira alta que trabalha remotamente irá ser penalizado por absolutamente nada apenas porque os residentes do Cacém não querem usar o comboio.
Quanto aos chamados “meios suaves”, sejamos pragmáticos, existe uma distância máxima praticável para um cidadão médio, e que se situa nas 2x10 km por dia e não é fácil levar bicicleta em comboios ou autocarros se houver uma grande adesão.
Também em dias de chuva e tempestade andar de bicicleta torna-se um pesadelo por mais que queiram defendê-lo, simplesmente existem limites.
Quem o puder fazer, óptimo mas defendo vias dedicadas para segurança dos ciclistas. Nenhuma ideologia vai deter um automóvel conduzido por um louco.

Finalmente os custos. O que nós chamamos custos são os rendimentos de cerca de 20% da massa laboral de muitos países. Fabricantes de peças, componentes, integradores, concessionários, oficinas, tudo emprega gente que vive desse sector. Reduzir as deslocações terá pouco impacto laboral mas grande impacto no ambiente, já proibi-las por completo será muito grave. Não existe lugar em nenhuma actividade capaz de absorver 20% da massa laboral e já basta a redução de 10 para 1 com a robotização.

Citando o próprio:

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Quanto aos chamados “meios suaves”, sejamos pragmáticos, existe uma distância máxima praticável para um cidadão médio, e que se situa nas 2x10 km por dia e não é fácil levar bicicleta em comboios ou autocarros se houver uma grande adesão.

Eu fumei durante 20 anos. Tinha uma saúde… Comecei a deslocar-me de bicicleta. Fazia 18 km e ficava cansado. Agora, 6 meses depois, já consigo fazer (a brincar) 30 km de uma acentada só. E não moro numa cidade propriamente plana. E aposto que as pessoas que dizem isso nem se quer se esforçam porque, sendo o mais frio possível, nem querem mexer o cu. É uma questão de mudança de hábitos.

O que nós chamamos custos são os rendimentos de cerca de 20% da massa laboral de muitos países. Fabricantes de peças, componentes, integradores, concessionários, oficinas, tudo emprega gente que vive desse sector. Reduzir as deslocações terá pouco impacto laboral mas grande impacto no ambiente, já proibi-las por completo será muito grave. Não existe lugar em nenhuma actividade capaz de absorver 20% da massa laboral e já basta a redução de 10 para 1 com a robotização.

E se em vez de automóveis fabricássemos bicicletas? Já temos a Órbita e fabricamos o quadro da 540 da Decathlon. Porque não apostar neste mercado em expansão? Temos de estar mesmo dependentes apenas dos carros?

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O que explicaste parece essencialmente razoável, e francamente em linha com o que a maior parte dos utilizadores deste fórum defende.

Consegues determinar porque motivo as tuas intervenções são sempre tão violentas, extremadas, e na aparência absolutamente anti-bicicleta?

Não sou extremado, apenas me insurjo contra posturas que querem abolir por completo veículos motorizados

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Estás no fórum errado então. Aqui nunca ninguém defendeu isso. Isso são fantasmas e receios teus.

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Nunca vi ninguém defender tal coisa… Nem aqui nem em parte nenhuma.

Pode ver o tópico do sócio da Mubi, BPereira:

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Episódio interessante sobre responsabilidade das políticas públicas nas decisões individuais dos cidadãos

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