Em Espanha já é possível… Para quando cá no burgo?
Há uns anos esse foi um tópico que tentei levar a core a defender. Ficou em águas de bacalhau, com vários a defender que havia outras questões mais prementes numa proposta de alteração do CE. Não alterei a minha posição, isto é, considero absolutamente essencial permitir essa passagem do traço contínuo, como acontece com muito sucesso em Espanha.
Acho que até as entidades que defendem os automobilistas são capazes de apoiar esta ideia. É voltar ao tema!
Também acho que faz sentido, deviamos defender essa medida tal como todas as outras que achamos bem… se vamos estar a “pedir” alterações aos bocados nunca mais, e concordo com o Nuro que esta provavelmente nem levanta grandes objecções dos tipos do costume
Seria de perguntar a movimentos de ciclistas em Espanha (à ConBici, por exemplo) o q acham deste ponto da lei.
E de procurar se casos idênticos existem na lei de outros países europeus.
Mas a minha opinião é q o grande problema para a segurança dos ciclistas em Portugal no q concerne à lei não está propriamente na lei.
Está no seu desconhecimento, na falta de fiscalização, no sentimento de impunidade, na cultura de culpabilização da vítima, etc.
De acordo Rui…
Em abstracto, permitir que em certas vias um veículo automóvel passe sobre um traço contínuo para ultrapassar uma bicicleta em segurança, é uma questão de bom senso. Um ciclista que circula numa via de aclive acentuado, já esforçando pernas e pulmões para manter uma velocidade de 15 km/h tentando não atrapalhar o trânsito, deveria poder ser ultrapassado em segurança por carros, transportes colectivos ou camiões que o sigam, apesar (e por causa) de haver um traço contínuo ao longo de 2 ou 3 km.
Mas sinceramente não vejo como verter essa possibilidade para a legislação, de uma forma clara e objectiva.
Permiti-la, transferindo para o condutor motorizado a responsabilidade da avaliação subjectiva da situação - tal como se faz (mal) no Artº 90.º nº 2 para os ciclistas que andam a par - ou seja, se a via tem ou não ‘reduzida visibilidade’, ou se o ‘trânsito é intenso’ e etc, mais vale nem mexer no assunto! Obviamente há situações em que é impossível haver unanimidade a avaliar as condições de tráfego, porque aquilo que para uns condutores é ‘muito trânsito’, ou ‘fraca visibilidade’ ou ‘pouco espaço’, para outros não é.
A única possibilidade que vejo, seria permitir pisar o traço contínuo nos locais em que exista berma asfaltada por onde, nesses casos, os ciclistas, deveriam obrigatoriamente transitar.
Pelo menos seria um critério objectivo e com garantia de segurança.
basta legislar que o traço contínuo com as bicicletas é como se fosse um tracejado…
Também não me parece bom princípio obrigar os ciclistas a transitar nas bermas quando estas existam e sejam asfaltadas. É a mesma questão da obrigatoriedade de transitar nas ciclovias. Em ambos os casos, não basta que existam. Têm de ter condições mínimas para que lá se circule e essa avaliação muitas vezes também só é feita no momento.
isto não existe já em espanha? é ver se as associações lá tem algum problema especifico…
se não, é copiar, isto não é um exame não faz mal
(isso de obrigar a circular na berma não me parece nada bem… se a berma for boa e larga provavelmente os ciclistas vão optar por ir lá, se for esburacada, com raizes, suja, etc, não vão, simples
Sequeira_pedro_rc. Não veja nisto quaisquer intenções pedagógicas, mas se lesse e entendesse o que eu escrevi, provavelmente não teria escrito o último parágrafo.
Cito parte do meu comentário: “A única possibilidade que vejo, seria permitir pisar o traço contínuo nos locais em que exista berma asfaltada por onde, nesses casos, os ciclistas, deveriam obrigatoriamente transitar”.
Nuro_Carvalho: o sr Carlos Barbosa, presidente do ACP, gostou imenso desse seu à parte e vai aproveitá-lo numa próxima ‘charge’ sobre o sentido de responsabilidade dos ciclistas
é o quê?! agora em português, sff…
É legislar para tal como em Espanha… qual é a dificuldade em compreender isto?
Segue um “boneco” para entender:
«¿Sabe que en ciertas condiciones está permitido el adelantamiento a ciclistas atravesando una línea contínua? Se lo explicamos en esta animación.
Vea otras infografías animadas sobre adelantamientos a ciclistas en “Cómo comportarse ante un ciclista si hay poca visibilidad” y “Cómo adelantar a un ciclista si otro se aproxima de frente”. Puede encontrar más información en nuestro reportaje “Bicis: cómo adelantarlas bien”, “Tráfico y Seguridad Vial”, nº 228 (sep.-oct. 2014). »
É o mesmo princípio que o “Idaho Stop”:
Em certas circusntâncias/condições um sinal/sinalização tem um sentido e para uns e outros significam coisas diferentes…
Não fique obcecado pelo que escreveu no post inicial com referência a Espanha (e com o qual concordo), mas sim à sua ‘perola’: “basta legislar que o traço contínuo com as bicicletas é como se fosse um tracejado…”.
Claro que foi traído pela frase, mas o que se interpreta do que escreveu é que “com as bicicletas, o traço contínuo é como se fosse tracejado”.
Sei que queria referir “no caso de ultrapassagem a ciclistas…” ,mas tal como está, os motorizados vão achar uma delícia.
Bom dia. E não se aborreça que se faz velho. A vida são dois dias e o Carnaval são três.
li, li, mas isso era do tipo ir lá alguém meter um sinal de permissão (de pisar) e depois de obrigatoriedade de usar a berma para os ciclistas
e depois vão lá periodicamente ver o estado da berma? se está suja, se apareceram raizes, etc etc, provavelmente não
e é isso que eu dizia, não é preciso obrigar os ciclistas a usar as ciclovias… se elas estiverem bem feitas, limpas, sem obstaculos, os ciclistas vão usar, portanto a obrigação é desnecessária
se não estiverem, a obrigação é uma tret que nos tira a liberdade de escolher a melhor opção, portanto também não é grande ideia
…whatever!